3º Capítulo

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Chega a um momento em que todos morreremos...

Uns mais novos, outros mais velhos, mas todos morreremos. Sabem o que me assusta mais? Saber que os que ficam, ficam a sofrer por aqueles que vão...

Acho que é por isso que amo tanto vampiro! Sou apaixonada por séries de vampiros na verdade... Eles simplesmente são imortais, nunca ficam doentes, são super-rápidos, não dormem, nem precisam de comer... Na minha opinião, são absolutamente fascinantes!

Já devo ter visto aquela saga de vampiros, a Twilight, umas 300 vezes mas nunca me canso de voltar a ver novamente, "é só mais esta vez" é o que costumo pensar para mim mesma, mas quando vou a ver já tenho visto os 5 filmes todos e se for preciso no dia seguinte volto a fazer tudo de novo.

Como disse, os vampiros fascinam-me!

Como é óbvio eu sei muito bem que eles não existem, mas isso não quer dizer que não possa ter aquele desejo de ser como eles, certo? Nem é muito bem por serem imortais ou não comerem, é mais porque, como na série "Diários de Vampiro", eu gostaria de não sentir.

Não seria absolutamente maravilhoso se simplesmente pudéssemos evitar todo o sofrimento porque passamos?

Bem, pelo menos agora, não tenho motivos de que me possa queixar... Todas as dores no meu corpo desapareceram e sinto-me realmente bem, mas sei que isso é apenas o efeito de todos os sedativos que levei.

Não sei quando tempo tive "a dormir," mas sei que da última não foi tão grave e demorei umas boas oito horas a acordar novamente, então tenho medo de quanto tempo tenha sido desta vez!

Já devo estar acordada à uns bons 5 minutos, mas não abri ainda os olhos porque consigo ouvir os fungos chorosos vindos das pessoas presentes no quarto. Será que algum dia vão descobrir a cura para o sofrimento?

Não um sofrimento qualquer, mas sim aquele que jamais poderá ser compensado pelo amor....

Abri lentamente cada um dos meus olhos e vi que a minha mãe estava abraçada ao meu pai enquanto ambos choravam. Olhei para eles como se fosse a última vez que os iria ver porque, estando como estou, nunca sei quando será o meu último dia de vida.

Nunca sei quando será o meu último minuto a sorrir ou até o meu último segundo a chorar, então apenas tenho de aproveitar tudo da melhor forma possível e rezar para que depois de eu morrer os meus pais continuem a viver as suas vidas como se eu ainda estivesse do seu lado todos os dias, para os apoiar.

"Quase que parece um discurso maternal!"

Eu: Olá?! - disse incerta se deveria falar ou não

Mãe: Rose!

Eles vieram logo os dois abraçar-me e se não fosse pelo conforto que sentia nos seus braços eu ter-me-ia queixado pela falta de ar que me estavam a provocar, durante todos aqueles segundos de aperto.

É uma coisa evidente, mas eu sinto-me mais fraca... Como se a cada um daqueles ataques o meu corpo fosse perdendo mais e mais energia e estivesse quase a alcançar o seu limite. Tenho medo de que volte a acontecer, mas sei que não o posso evitar!

Pai: 4 dias, Rose! Não nos voltes a pregar um susto destes tão cedo- disse a chorar enquanto me abraçava

Eu: Desculpem, sabem que eu não consigo controlar estes ataques- lamentei enquanto dava um beijo a cada um

Mãe: Como te sentes?

Eu: Enquanto os sedativos estiverem a atuar não terei dores- disse encolhendo os ombros

Younger ➵ h.sOnde as histórias ganham vida. Descobre agora