Beautiful Goodbye

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Kara, a pessoa mais doce que já conheci, prometeu me proteger de todo mal.

Lena sorriu para sua boba gentileza, lembrando como ela segurou Lena em seu escritório naquele dia.

Com Kara, Lena esqueceu sua escuridão. Mas com a Supergirl, ela tinha alguém com quem compartilhar.

E depois havia o jantar.

Era um encontro? Não, claro que não! Kara estava apenas me chamando para ir jantar e assistir a um filme. Muito comum entre amigas. Mas ela disse que queria cozinhar. Para mim. Por que ela iria querer cozinhar para mim? Não é um... 

Lena suspirou em frustração.

Estou pensando demais nisso de novo. É  a Kara. Ela não quis dizer isso como um encontro. Ela obviamente não fez.

Sua mente continuava circulando ao redor de Kara Danvers enquanto se levantava da cama e se dirigia ao banheiro para tomar um banho e se preparar para o trabalho.

Quando ela saiu do banheiro depois de secar o cabelo, ela encontrou sua cama ocupada por uma certa super loira deitada de barriga para baixo, com o braço esquerdo pendurado no lado da cama. Lena sorriu para a noção de que Supergirl voltou depois de seus deveres heroicos. A heroína aparentemente havia se despido do terno confortavelmente como ela havia feito na noite passada. E Lena não se sentia envergonhada de jeito nenhum ali, com nada além de um roupão curto que mal cobria suas coxas. Os olhos de Supergirl continuavam fechados. Lena amarrou o cabelo em um coque bagunçado para mantê-lo fora de seu pescoço, e caminhou até a heroína, sorrindo enquanto se aproximava para empurrar o cabelo loiro para trás da orelha.

"Manhã ocupada?" Ela perguntou abafada.

Supergirl não abriu os olhos, apenas decide resmungar sonolenta, “Mhmm. Roubo de jóias. Às 5 da manhã. Quem se levanta tão cedo?” Ela gemeu. “Então um prédio em colapso. Depois houve a Marmelada.”

"Desculpe?" Lena riu em descrença

Supergirl fez uma cara de irritação, os olhos ainda fechados, “Marmelada. Este gato laranja que se recusou a ser salvo. Ele caiu em um grande canteiro de obras e não conseguiu voltar. Mas quando eu fui lá para pegá-lo, ele apenas assobiava para mim. Eu estava andando em círculos perseguindo um gato que se recusava a ser salvo.” Supergirl levantou uma sobrancelha, sua versão de um revirar de olhos com os olhos ainda fechados. Ela bocejou adoravelmente: “Tem um vídeo no YouTube. Eu tentando pegar o gato.” Supergirl resmungou sonolenta,“ Mmm, você cheira bem.” Até o sorriso dela estava com sono.

Isso fez Lena pensar. O fato de que a Supergirl passa as manhãs cedo salvando as pessoas e impedindo-as de serem prejudicadas, e para que elas acordem no dia seguinte sem saber que talvez não teriam acordado se não fosse por ela. Isso fez com que Lena se perguntasse como Supergirl dá tanto para ajudar os outros sem pedir nada em troca. Lena se perguntou sobre isso porque sua mente achava difícil de compreender. A ideia de dar e não esperar algo em troca. O altruísmo.

No final, ela sempre será um Luthor.

Ela foi ensinada a ser uma Luthor. Ser egoísta. Cautelosa. Duvidosa. Viçosa. Estava em sua natureza. Ela não pôde evitar. Quando as pessoas mostravam sua bondade, sempre havia um propósito por trás disso. Algum tipo de desculpa. Um motivo oculto. Foi assim que ela foi criada.

Mas a Supergirl de alguma forma não esperava nada em troca. Ela salvava as pessoas e às vezes ia embora antes que eles tivessem a chance de agradecer.

Não havia nada por trás de sua bondade.

E Lena se viu lutando para entender completamente tal coisa.

Paranóia  (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora