DORES ÁTONA;

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Tinha noção de que o real motivo da Milena querer ficar a sós com a Hollyn, além de trocar os seus curativos, é claro, era falar sobre o que havia acontecido.

E pra falar a verdade, eu tinha medo de como seria a sua reação.

Viver isso já é um grande pesadelo, não imagino como pode ser a dor. Não só física, como mental. A notícia de que viveu, então. Imagino que ela irá ficar totalmente desestruturada.

— Bradley Will? – não duvido muito que a recepcionista desse lugar me reconheça, já que esses dias em que Hollyn está internada, eu praticamente moro aqui. — Alguns policiais estão procurando por você na recepção, pode me acompanhar?

— Claro. – meu coração apertava dentro do peito a cada passo que eu dava até aquela recepção. Sabia que era algo em relação aos homens que fizeram tudo isso com ela, e por mais que eu quisesse, não conseguia ter uma boa impressão.

— Boa noite, sou Bradley. – me apresentei já que a última vez que vi alguns policiais goi quando estava prestes a vir até o hospital e falei por alto o que estava acontecendo e como eu a encontrei.

— Bom, como deve saber nós pedimos que fizesse alguns exames pôs qualquer suspeito que estava na cena do crime deve ser avaliado, e como só tínhamos você, era para ser feito. – assenti, sabia o que deveria ser feito e não me senti ofendido por exigirem alguns exames ou depoimentos da minha parte. Eu fui o único que estava presente quando eles chegaram. — Os exames constaram que você não é o culpado, então continuamos procurando e felizmente, encontramos um deles.

— Apenas um? – querendo ou não, aquilo era decepcionante. Tudo bem, só haviam se passado três dias, mas quanto mais demoravam a encontrar o culpado, mais ele poderia estar longe. — Pelo menos existem suspeitos?

— Não, não tem. Sentimentos muito.

— Não tanto quanto eu sinto, acreditem – é claro que eu estaria um poço de nervos, nem ela e nem ninguém merece que esse tipo de coisa aconteça. E saber que o culpado está andando por aí livremente e quem sabe cometendo mais crimes me deixava possesso. — Me desculpem por isso, mas eu não posso aceitar que esse infeliz ainda esteja impune andando por aí.

— Sabemos que se importa com ela garoto, mas tem que entender que nem tudo é como nós queremos na hora que queremos. – tocou no meu ombro — Acredite, eu tenho uma filha e temo pela vida dela todos os dias e não quero em hipótese alguma que ela passe por esse tipo de situação, porque se acontecesse, eu iria querer matá-lo sem sombra de dúvidas. – ele tirou sua mão de mim e suspirou virando ao lado oposto em que eu estava, dando a entender que iria embora — Eu valorizo o seu carinho por ela, continue a protegendo, nós faremos o mesmo tentando encontrar o responsável.

— Obrigado por isso, espero que o achem o mais rápido possível.

— Nós também. – após isso ele e seu parceiro foram embora, me fazendo soltar um suspiro longo demais até. Gostaria que isso tudo fosse apenas um longo e triste pesadelo.

Sinceramente, a minha vontade era de protegê-la de tudo e todos os que ao menos olhassem pra ela de uma forma tosca. Mas sei que isso não seria saudável, eu não sou algum tipo de guarda costas e sabia que ela não iria querer um cara andando 24 horas atrás dela.

— Bradley – Milena apareceu no meu campo de visão, parecendo estar atordoada — Eu te procurei por todo lado.

— Eu estava conversando com alguns policiais sobre o caso, mas foram só alguns minutos. O que aconteceu? 

— Como já esperávamos a reação dela não foi nada boa, só que é além disso. Ela se quer conseguiu ter algum tipo de ação em relação a isso.

RECONHECER; [REVISÃO]Where stories live. Discover now