— Isso é tão incrível, é inacreditável que estamos indo para Paris! — digo comemorando baixinho e olhando para fora da janela do avião. É a primeira viajem que fazemos juntos que não seja à trabalho.
— Paris é linda mesmo. — responde me olhando rapidamente e voltando a atenção ao celular.
Estraga prazeres.
— E ainda bem que combinamos de não usar o celular. — ergo a sobrancelha de forma sugestiva.
— Verdade. — concorda sem tirar os olhos do celular, nem entendendo o que eu disse.
— Acho que vou abrir a porta e pular para sentir a brisa e ver se os passarinhos me dão atenção. — ironizo.
— Concordo. — começa a digitar rapidamente.
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— Chega! — puxo seu celular e ele levanta assustado.
— Ei! — tenta pegar mas coloco no bolso traseiro da calça. — S/n, me devolve.
— Você não me da atenção. — faço biquinho. — Eu disse que ia pular do avião e você concordou! — esbravejo e ele ri.
— Tá, desculpa baby. — posiciona as mãos na minha cintura e deixa meus olhos vidrados nos seus. — Roubei! — puxa o celular do bolso em um ato rápido, mexendo nele com os braços erguidos para eu não alcançar.
— Vesgo filho da puta, me devolve! — pulo para tentar pegar.
— Que isso! — começamos a rir quando eu percebi o que havia dito. — Agora você me magoou.
— Por favor, amorzinho lindo, gostoso e maravilhoso da minha vida, desliga o celular? — envolvo seu corpo e olho para cima para conseguir encarar seus olhos.
— Eu não sei o que você faz para me convencer das coisas. — desliga o aparelho e guarda no bolso.
— Tenho meus truques, querido. — fico na ponta do pé e dou um longo selinho em seus lábios.
