Olá Hoje tem Bônus

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- .. eu... pode levar se quiser- ela diz relutante.

- Obrigado! - passo a mão na caixa antes que a menina mude de ideia.

Eu me sentindo um colegial pedindo em namoro sua primeira namoradinha.

Quando adentro na sala Isabella tem o semblante triste. Ela não me olha, me ignora, tá legal eu mereci, mas como vou pedir desculpas para alguém sem que me olhar? Como saber da verdade? Quando eu peço que me olhe, ela levanta o rosto relutante. Eu nunca vi caber tanta raiva dentro de um coração tao pequeno. Cruz credo! Mas isso nao faz com que recue. Não pensei muito no que falar, as palavras fluiram de forma espontânea,  sem que eu perceba acabo soltando sobre o roubo da empresa, estava me consumindo há meses, não conseguia dormir direito, de alguma forma o peso sai das minhas costas, Me sinto aliviado. Isabella, me observa por um minuto, talvez ponderando se eu estava dizendo a verdade, ou se deveria me desculpar.

- Felipe, há quanto tempo isso vem acontecendo?

- há uns tres meses.

- Merda! Bem debaixo do nosso nariz. Ela fica olhando para as flores murchas e a meia caixa de bombons.

- Érrr... são pra você! - ela segura os presentes desconfiada. - É um presente de pedido de desculpas. - acrescento rapidamente junto com um sorriso amplo.

- Acho que devo dizer obrigada, pelas flores murchas de cemitério e esses bombons meio comidos que você surrupiou de alguém.

- Não sou muito bom com essas coisas. Desculpas aceitas?

- Felipe, estou magoada com palavras de mais cedo... Eu acho que devemos dá tempo ao tempo.

- Entendo.

- mas não vou deixar te ajudar.

- Eu pensei que você fosse me questionar, duvidar da minha palavra, achar que estou mentindo, me xingar de incompetente, sei lá...- o que??? ela não me xingar? eu esperava gritos e un tapa na cara. Mulher é um ser que deve ser estudado pela NASA.

- Eu sei que não está mentindo. - fala com serenidade.

- Eu não sei como lhe agradecer. -as palavras saem sem jeito, depois da forma que me comportei e ela me oferece ajuda. Não pretendia contar a Isabella sobre o tal acontecimento, mas as palavras que estavam gritando dentro de mim.

- Não agradeça, estou fazendo mais pela empresa do que pra você,é por mim também, afinal sou a vice não é mesmo puxa saca?

- Escuta eu pedi desculpas, cabe a você aceitar. Vamos manter a paz, afinal vamos trabalhar esses últimos quatro meses juntos! Depois voce nem precisa fazer questão de ver a minha cara. - digo com desgosto.

- Ok, cara pálida! Bandeira branca. - ela faz o símbolo da rendição. - vamos pegar os arquivos mais antigos para descobrir desde quando isso vem ocorrendo, tá legal?

Ambos descemos até a sala arquivos, eu sei nós poderíamos ver os registros no computador escaneados, mas preferimos colocar a mão na massa mesmo, cehgamos a conclusão que os registros podem está modificados. Depois da Isabella espirrar umas duzentas vezes seguidas por conto do cheiro de papel velho, finalmente consigamos avançar em alguma coisa, porém não encontramos nada demais, apenas eventuais percentuais e erros no somatório aqui ou acolá, mas nada que virasse um rombo na empresa, me sinto frustrado, são quase 19hs e não comemos nada ainda.

- Isabella, você está com fome? Querpedir um japonês?

- Não obrigada.

- Talvez um pizza?

Ela me olha com quem diz - " fecha a  boca "

- Acho que eu deveria pedir algo mais fitness, tipo alguma comida vegana?

- Felipe, vou comer em casa, tá?
- Está bem. - está evitando contato comigo. Sei que está.

- Vou naquele café comprar uns croassais, não vai querer?

- Não! 

Desço até a cafeteira e me lembro que a Onça adora capuccino e mesmo que tenha dito não vou levar. 

Faço o pedido enquanto aguardo na mesa, no reflexo do vidro espelhado vejo minha aparência de frustração, no reflexo aparece outra aparência com curvas que eu conheço muito bem, Megan.

- Oi. 

- Oi, Felipe. Fiquei preocupada com você, a sua aparência não está das melhores. - ela puxa a cadeira do meu lado.

- Problemas.

- Eu posso fazer você esquecer todos eles. - ela apoia a mão na minha coxa, eu a retiro rapidamente.

- Megan, escuta. Já conversamos e não é nada sério o que rola entre nós.  Nosso relacionamento é aberto. - digo relacionamento com os dedos fazendo aspas. 

- Você gosta de outra pessoa, por isso vem me ignorando.

- Não é bem isso. Na verdade eu estou cansado dessa vida de galinhagem. Estou querendo ficar sozinho, para me conhecer melhor.

- Então fica sozinho e usa os cinco dedos das mãos! - ela se altera, levanta e vai embora com raiva. Algumas pessoas olham para nós. Finjo demência e faço cara de paisagem. Pago o lanche e retorno a empresa

- Oi, eu trouxe croassaus e capuccino -. Digo levantando as sacolas.

- Está bem. - ela nem liga pra eu disse, se concentra na papelada, mastigo alguns pedacos do pao e faço o mesmo que ela. Sao quase meia noite, meus olhos ardem, minhas costas e cabeça doem, Isabella disfarca um bocejo.

- Por hoje já chega. Podemos continuar outro dia. - sugiro.

- Ótimo, amanhã continuamos. Estou cansada, quer dizer toda essa história de roubo e tal, acabou comigo. Espero do fundo meu coração que isso seja apenas alguns erros de impressão... mas eu sei que não é. Felipe, eu sinto muito que isso esteja acontecendo, de qualquer forma eu também me sinto culpada, em vez de procurar implicando com o filho do chefe, eu deveria esta tomando conta da empresa, devo boa parte da minha carreira a ela. - ela solta um suspiro longo vejo tristeza em seus olhos. - Tenha uma boa noite. - ela passa a mao em sua bolsa, e sai com os saltos fazendo barulho seco no piso de madeira na empresa vazia. Eu me apresso e a encontro na porta do elevador. Tenho vontade de lhe falar algumas coisas, do tipo como sou grato por tê-la como referência, por nao me deixar ou julgar nesse momento delicado, mas as palavras nao saem. Sou um cara orgulhoso, e um tanto pretensioso. A porta do elevador se abre eu faço um gesto para que ela entre primeiro, uma sombra de um sorriso aparece em seus lábios, ambos adrentamos no cubiculos e parecemos dois estranhos. Quando chegamos no térreo fazemos um gesto de despedida e cada segue pro seu caminho.

Chego em casa quase uma da manhã. Isso é insano! Combinei com a dona encrenca de combinarmos sempre após o expediente  para revisar as contas.  Me afundo numa noite profunda lutando com sonho, pessoas, a mídia  divulgando a maior quebra das maiores empresas do Brasil em pouco meses, nas notícias  aparecem palavras como: Plaboy, mimado, moleque... Levanto banhado de suor. Subconsciente é uma bosta, cara. Os seus medos escondidos expõe  sem pedir licença. Sento me na beira cama passo a mão  na testa molhada e olho  a hora no celular 4:45hs como não  vou conseguir  voltar a dormir, tomo outro banho preparo  um pré  treino que como rapidamente  dirijo até a academia que abre as 5hs e malho até não  sentir meus músculos.  Uma hora e vinte depois  estou em casa me preparando para ir trabalhar. Respiro  fundo e sigo em frente. Eu vou encontar a peça  que está  faltando do quebra-cabeças.

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⏰ Última atualização: Jun 09, 2019 ⏰

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