Capítulo XVII

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Estacionamos próximo a pracinha da Cidade de longe avisto o parque de diversão, diferenetes sons enchem o ambiente, um mistura cores e sons de risadas, gostosas e gritos, cheiro de pipoca doce, maçã do amor e brigadeiro preenchem o ar, apesar de ser final de inverno o ar está morno o suficiente para tirar o meu casaqueto.

- Há muitos anos que venho aqui. - comento- Sei lá tipo, desde quando eu tinha uns 17 anos.

- Eu costuma vim toda vez que o parque estava na cidade até meus 15 anos.

- Sério? Que mundo pequeno. A minha vida toda foi nessa cidade.
Como que a gente nunca se esbarrou? Quer dizer, eu nunca sequer te vi na empresa, apenas uma foto sua de quando era criança na mesa do seu pai.

- No meu primeiro dia da empresa, eu estranhei muito o fato de a senhoria como me tratou, com muita desconfiança. - ele solta uma risada curta . - E depois o que foi aquela confusão toda? Me confundiu com estagiário, mandou procurar o A.A. , foi muitobem   recepcionado por você- diz .com mistura de ironia e brincadeira.

- O senhor pediu bebida álcoolica, antes da 10hs e blusa amassada? Voce bebeu na noite anterior?

- Confesso que bebi no sábado, e pra cassete, não me lembro bem da noite, algumas coisas vagas e vergonhosas passam na minha mente... só que falta alguma peça importante no quebra cabeca. E para curar a ressaca eu bebi no domingo também.

- O que você fez de tao vergonhoso?- pergunto curiosa.

Pela penumbra vejo ele emburrecer.

- Dancei em cima do balcão do bar. No dia seguinte acordei com dinheiro na minha cueca.

Tento ficar séria, mas meus lábios me traem e começo a gargalhar, lágrimas escorrem do meu rosto, minha barriga dói de tanto ri. Felipe está com o rosto vermelho de vergonha.

- Eu. Não. Consigo. Parar
De imaginar. A cena. - falo entre uma risada e outra.

- Se quiser eu te mostro ao vivo. - ele desabotoa dos três primeiros botões da camisa.

- Não! Grito histérica. - Vamos comprar pipoca doce, gigolô.

Paramos em frente a roda gigante, ficamos olhando ela girar

- Foi nessa roda gigante que dei meu primeiro beijo de verdade. Tinha quinze anos.- digo saudosa

- Com quem foi?

- Um rapaz mais velho do terceiro ano, ele tinha os dentes igual do Ronaldinho, foi legal, não foi o melhor beijo do mundo, mas foi melhor do que eu esperava. - solto uma risada curta. - Sua vez. - digo.

- Ah, vamos ficar relembrando passado?

- Eu te contei algo pessoal, agora é a sua vez de falar de você.

- Meu primeiro beijo, foi aos doze anos atrás do muro da casa da menina que eu gostava na época, ambos usávamos aparelho, batemos muito dente. - ele ri. - Daí o seu cachorro doberman fugiu e avançou em mim, sai correndo feito louco pela rua abaixo perdi um dos pés meu tênis novo, fiquei de castigo duas semanas por causa do tênis caro, nunca mais beijei a Dudinha.

- A sua história é a melhor! -falo rindo

- Eu gosto de aventuras.Você namorou esse rapaz?

- Não. Ficamos mais algumas vezes e depois terminei.

- E você? Quantas namoradas já teve? Já foi casado? Tem algum filho em Dubai? 

- Vamos mudar de assunto, está ficando íntimo demais. Quer uma maçã do amor?

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