Capítulo XII

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Merda, merda, merda! 

Ele não me atende!

Oh, ele me bloqueou no whatzapp!!!

Desligou na minha cara.

Olho para celular em minhas mãos incrédula.

"Carolllll???"

"Já acabou de falar com a perdição do seu chefe são quase uma da manhã?"

" Sim, ele me bloqueou."

" Por que?"

" Por causa disso."

Copio e colo a mensagem 

" Isabella! : o : O :o Que merda!!!"

" Eu sei."

" Tu tá ferrada."

" Eu sei."

" E agora?"

" Não sei."

" Envia uma cesta de café da manhã  com uma carta bem bonita com baita pedidos de desculpas para ele, talvez te perdoe."

" Vou fazer isso. Obrigada Carol, boa noite vou tentar dormir."

" Beijo e boa sorte!"

Assim que chego no trabalho ligo para o serviço de cestas especiais, peço para entregarem na casa do Felipe, ele me envia a cesta de volta, com um bilhete bem malcriado. 

Ele não vem trabalhar hoje, fui acompanhar o pai em alguns exames. Mordo uma das maças vermelhas brilhante frustada, ele me odeia mais do que ontem.

O tão esperado coquetel chega não houve expediente hoje, a festa ficou marcada para iniciar às 18hs . Sinto meu estômago embrulhar, estou tão nervosa. Respiro fundo várias vezes, repito centenas de vezes o meu discurso. Uma batida na porta da minha sala me faz pular.
- Podemos entrar ?
- Pode!
É o senhor tijolinho está calça social, terno e gravata preta e blusa branca cara pela primeira vez na semana eu  vejo que tem ombros largos e que me cumprimenta um breve aceno de cabeça e junto o poderoso chefão.
Sr Renato me dá um abraço apertado.
- Isabela, minha querida quanto tempo!Você está deslumbrante. 

Aliso o vestido tubinho rosa.

- Muito obrigada! O senhor que está muito elegante. Um gato. - pisco um olho
- Ah, tenho que está, hoje é o dia de passar o meu sonho para meu filho.
Sorrio e olho para o Felipe que mantém queixo contraído.
- Isabela, o Felipe me falou sobre a negociação no banco, e a sua atuação na empresa.
- Espero que tenha sido bem.- Sorrio tentando quebrar o gelo.
- só confirmou que eu não poderia ter colocado alguém melhor do que você no cargo. Sinto te fazer de babá, mas meu filho tem muito a aprender sobre o mundo dos negócios.
Fico vermelha sem sentido.
- Que isso, em breve o senhor Felipe estará dirigindo a empresa de olhos fechados. Não mesmo Felipe?
- Sim, tão bem quanto eu dirigia a de engenharia. Diz com um desgosto na voz. Uma nuvem preta paira sobre nós sinto a tensão no ar. Tenho a impressão que discutiram diversas vezes sobre a empresa. Troco de assunto rapidamente.
- Bem como vai a sua saúde senhor Renato?
- Daqui a dois meses vou colocar outra ponte de safena.
- Sinto muito. Meu coração se aperta. Deus te projeta.
- Ele tem me protegido minha filha. Vaso ruim não quebra.
- Eu prefiro trocar a frase por:Vaso bom não quebra. E algumas lágrimas brotam do fundo meu olho. Pronto, o clima que estava pesado fica melancólico
- Vamos para nossa apresentação oficial?
- Sim, sim. Claro.
Entramos no elevador e vamos para o último andar onde será realizado o coquetel. Fico boquiaberta transformaram o lugar que era vazio num salão de festas.Lustres enormes luxuosos pendem debaixo do teto branco , diversas mesas e cadeiras de madeira estão espalhadas pelo salão com toalhas brancas com detalhes dourados, rosas vermelhas tulipas e orquídeas completam a decoração, há diversos garçons servindo comida e bebida, fizeram até um palco improvisado com um telão de fundo. E é lá que vou está daqui alguns minutos fazendo o meu discurso. Tento me concentrar e pego uma taça de alguma bebida borbulhante e bebo tudo num gole só.
- Vai ficar bêbada rápido se continuar nesse ritmo.
- Vou dá uma volta Felipe. Tchau!
Que cara chato. De longe avisto a Megan que  desfila até a mim. Está com um decote tão profundo que quase vejo o seu umbigo. Lá vem bomba. Ela me olha de cima em baixo.
- Oi querida!
- Oi como vai?
- Você viu o Felipe por aí?
- Você já está o tratando pelo nome?
- Ah sabe como que é eu pego intimidade rápido com as pessoas. 

Seu SorrisoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora