Capítulo XVIII

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- Isabella....- Caroline choramiga do outro lado da linha.

-Oi Carol - falo desanimada, porque a barata cascuda da Megan tinha que ligar logo agora e porque raios o Felipe vive no cio?

- Preciso que você venha até aqui em casa me buscar, estou com um problemão!!!

- O que aconteceu? - a questiono preocupada, ela funga do outro lado da linha.

- Eu... Eu...

- Fala logo! Carolinne, você está me deixando nervosa!

- Eu tenho um preservativo entalado! - solta de uma vez

- Entalado aonde? - É uma pergunta óbvia, mas não consigo deixar de perguntar.

- Na minha Sheron!

- Que sheron, mulher?...na sua xoxota?

- Isso na minha vagina!

- Por que raios você não puxa?

- Não é tão simples assim, está lá bem no fundo do meu útero!

- Como você conseguiu essa proeza?

- Bom... Eu e Cadu estávamos fazendo a posição borboleta paraguaia, sabe aquele que fica de...

- Carol não quero saber dos detalhes, tenta relaxar talvez se solte. Aonde se meteu o Cadu? - digo com tranquilidade.

- Não dá pra relaxar, Isa! Tem uma camisinha sabor menta no fundo do útero, como que você quer que relaxe??? - ela está entrando em desespero. - O Cadu me trouxe um pagador de salada para tentar tirar a camisinha presa, daí eu pedi sair do apartamento porque ele só sabe o "ponto G"você foi a única pessoa que eu pensei...

Pois é amizades são assim: na alegria, na tristeza, na saúde ou na doença, nas camisinha presas nos úteros das amigas que fazem posições anatomicamente impossíveis e até a morte nos separe. Lá vou eu.

- Está bem, estou indo pra aí.

- Tá amiga, não demora.
....

Chego na casa da Carol, ela abre a porta da casa e se senta com roupa de exercícios, no sofá de couro claro com um rolo de papel assoando o nariz vermelho, eu me aproximo.

- Olha, amiga...- ela abre as pernas para que eu veja o buraco negro.

- Carol, não vejo nada.

Ela chora mais ainda.

- Vamos ter que ir ao um médico. - digo

- Está doida?

- Carol, não sou ginecologista. Não consigo enxergar nada nesse buraco negro. Na verdade a sua vagina é uma buraco negro engolidor de camisinha estelares.

- As de menta. - fala com tristeza.

- Carol, vamos?

Nos encaminhamos até o táxi são quase duas da manhã e amanhã eu trabalho, porém não reclamo. Carol caminha lentamente até o táxi com pernas abertas e levemente fletidas, diria que está parindo ou com cocô nas calças.

O motorista do táxi abre a porta para que a gente entre, e comenta baixinho.

- ela está dando a luz?

- Não moço, prisão de ventre.

- Caramba, meu tio-avó morreu disso aí ou foi gripe? eu não lembro muito bem... mas que tinha esse trem ele tinha, aí um belo dia, tiveram que colocar o dedo no ...

- Moço, nos leva para o pronto- socorro mais próximo por favor de Jeová!

Estácionamos no hospital, auxílio minha amiga a descer do carro.

Seu SorrisoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora