Capítulo VI

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... Entro na Casa

Pedro está chutando com violência  a cabeça e barriga da Carol que está descordada. Não penso duas vezes,  pulo em cima dele e começo a esmurrar suas costas com força, parece não surgir efeito, bato com mais força ainda. 

- Para!!! Seu cretino covarde!!

Ele se dá conta gira corpo e agarra meus pulso com força, me pôe contra parede e os seguram com uma única mão, seu corpo está comprimindo o meu, sua outra mão está percorrendo todo o meu corpo.

- Que bom que você veio até mim,  bombozinho... Temos contas para acertar. Sempre te achei mais interessante que a vadia da sua amiga. Vou te mostrar o que é um homem de verdade, aquele engomadinho do seu namorado é um borracha fraca.- Sua voz é rouca e sinto seu halito de cigarro e álcool, fico enjoada. Ele desce a mão e tenta subir o meu vestido. Cuspo em seu rosto.

- Me solta seu merda. Empino o queixo 

- Sua vaca! - Pedro limpa o rosto e aperta com mais força, agora ele está me machucando, ele consegue subir o meu vestido até minhas coxas, rapidamente alcanço um vaso ou uma garrafa, não tenho certeza e acerto sua cabeça. Ele desmaia pesadamente no chão. Tremendo vou até minha amiga que continua desacordada o local onde se encontra sua cabeça está com uma poça de sangue, o seu vestido rosa longo o paetês está tingido de vermelho na parte inferior do seu corpo. Respiro fundo e começo orar, coloco o dorso da mão em suas narinas,sinto sua respiração fraca.

Graças a Deus ela está respirando. Dou leves tapinhas em rosto. 

- Carol por favor, acorda! Por favor! Carol! - Procuro por um telefone, mas não vejo nenhum. Vou até os meninos, penso.

Uma mão agarra meu cabelo e sou jogada contra o chão com brutalidade, Pedro  monta em cima de mim aperta meu pescoço. Imploro por ar, seguro seus pulsos e vejo em seus olhos prazer a medida que me enforca. Me debato debaixo do seu corpo, quanto mais me mexo, mais força exercesobre mim, agora seus olhos estão vazios. Não tenho mais fibras, não  consigo respirar. Isabella, você precisa ter  resistência não pode acabar assim falo comigo mesma em pensamento. Fecho os meus olhos como um sono pesado que vem  te domina e você simplesmente dorme. Espero acordar na Eternidade como minha mãe descrevia quando estava doente. - Mamãe, vou me encontrar com senhora!

De repente o peso estava sobre mim, não existe mais. Cadu o tira de cima de mim e o joga contra o piso frio da sala  está esmurrando o rosto de Pedro com tamanha violência que me assusto. Tenho um ataque de tosse, respiro com dificuldade que chega a doer, recupero um pouco de folego,engatinho até a Carol que está pálida e fria. Henrique chega minutos depois puxa Cadu de cima do Pedro que está com os dentes quebrados e o rosto desfigurado em meio a tanto sangue.

- Chega cara, ele já teve o que mereceu. Henry diz.- Posso ver que Cadu está com os nós dos dedos ensaguentados e bufando. Tento pegar a Carol no colo, mas ela é muito pesada para mim.

- Gente, me ajuda aqui! Grito Cadu a pega no colo como se fosse de papel, seus braços e pernas pendem e sangue escorre da sua cabeça e entre suas pernas. Henry me ajuda levantar.

- Você está bem? Henry pergunta tocando no meu pulso roxo.

- Sim, o que vamos fazer com ele? Pergunto aterrorizada apontando para o Pedro.

- Depois eu termino com ele. - Avoz de Cadu soa tão fria, que uma sensação gelada  percorre minha espinha.

Carol está meia acordada, colocamos ela no banco de trás do carro com cuidado. Carlos se senta no banco do motorista, Henry no banco do carona e eu vou no banco de trás com a cabeça da Carol apoiada em minhas pernas, seguro sua mão e murmúrio orações. Ela está gemendo de dor  e com contrações.

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