Capítulo 25

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Segunda-feira novamente. Sentimento que me representa? Tédio! Estamos todos em sala de aula ouvindo a chata da professora de História falar sobre como as outras turmas são mais esforçadas e blá blá blá...

Tipicamente muitos achariam que estou numa fase chamada "Puberdade", mas estão enganados. Já que não tenho nada a fazer falo para a professora que estou passando mal, e ela me deixou descansar no pátio.

Sento num pequeno banco que fica em frente a porta da sala e me rendo à uma bagunça em pensamentos.

Mudança, bullyng, meu irmão, morte, amigos, mas nenhum deles supera Éric. Desde que o conheci coisas além do que eu sou começaram a vir à tona. Após sua entrada repentina descobri milhares de coisas que talvez nunca chegaria a conhecer.

Não sei se considero isto uma ironia do destino. Só sei que estou confusa.

Keniton... Este homem, causou tanto mal, e não faço ideia de seus motivos para isso. Por que comigo? Por que com Éric? E sabe-se lá quem mais. Não entendo. Um dia eu era uma garota que se mudou para Michigan, na qual seus pais tinham como principal característica o desentendimento, uma menina que mal sabia se um dia teria um futuro menos doloroso.

E olha eu aqui, uma jovem de 17 anos, com quase dois anos de moradia em uma cidade que ainda se permanesse desconhecida, com um passado que foi desinterrado às pressas, com amigos que a amam, mas o prazer de ser amada não se encontra nela!

Deixo uma lágrima rebelde cair de um de meus olhos. Vocês podem até achar besteira mas... Eu fiquei triste! Triste por ter um psicopata solto destruindo milhares de famílias pelo mundo com o prazer de ver o sangue escorrer pelas feridas de suas pobres vítimas, vítimas como o meu irmão, vítimas como o Garoto Misterioso.

(...)

Fui liberada, literalmente eu passei mal. Saí da escola e resolvo ligar para Éric, não estou me sentindo bem e quero desbafar com alguém.

Liguei para o mesmo que atendeu e prometeu que já estava à caminho.

Passou-se uns 20 minutos e finalmente pude ver ele correndo no final da esquina.

- Você correu oito quarteirões? - Pergunto quando ele chega.

- Minha moto está no conserto e tive que vir andando... Correndo! - Fala ofegante.

- Vamos pegar um táxi, você está quase morrendo aí! - Comento e ele confirma.

Algum tempo se passou - tempo suficiente para Éric beber um copo d'água e descansar -, chegou o táxi.

- Para onde meus jovens? - Perguntou o taxista barbudo, aparentando estar na casa dos cinquenta anos.

- Vamos para... Mellanie Murell. - Fala o nome da rua e o taxista segue em frente.

Estava fixada em Éric, que não parava de comer um saco de jujubas que comprou antes de vir ao meu encontro.

- Quer? - Ele pergunta estendo o saco.

- Quer... CUIDADO! - Grito tarde demais. Um caminhão veio em cima do carro o empurrando fortemente, trazendo uma série de cambalhotas.

Antes de fechar os meus olhos cansados vi que Éric estava adormecido e com sua testa a sangrar, graças a Deus estávamos de sinto de segurança e o pior não aconteceu. Pena que não foi o mesmo para o motorista, estava sem sinto e parece que foi atirado para fora. Consegui abrir a porta do carro e me desvencilhar do sinto de segurança, fazendo o mesmo com Éric, tentando o possível e o impossível para leva-lo comigo. Parei uns centímetros longe do carro, e com a vista embaçada vi um homem parando a minha frente, falo minhas últimas palavras:

- Quem... É... Você? - Falo o máximo que posso.

E antes de apagar completamente, vi um sorriso se abrir no rosto do mesmo, e não aguentei, deixei meus olhos descansarem...

Talvez para a vida toda...

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E aí, o que acharam do capítulo? Especial a todos vocês, espero que tenham gostado!

Não esquece de comentar o que achou (crítica ou elogio, sem formalidades) e deixar o voto.

Bjs da autora!

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Garoto Misterioso (EM REVISÃO)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt