Bernardo
(...)
- Foi muito bom ter feito o trabalho com você ontem. - Digo isso a Giovanni e retorno a minha carteira.
Enquanto ouço as explicações do professor, meu celular não parava de apitar.
Coloco no vibratório, até que decido finalmente ler.
Se tratava de uma mensagem desconhecida.
Desconhecido: Temos que se encontrar, preciso te mostrar algo sério. 21:27
Decido responder, embora aparenta ser suspeito. Poderia ser apenas um cliente.
Bernardo: Aonde você quer me encontrar? . 21:28
Desconhecido: Esteja nesse local assim que sair da faculdade. 21:29
Bernardo: Como você sabe que eu faço faculdade? Por a causa você me conhece? 21:30
Desconhecido: Apenas esteja nesse local, tenho coisas serias para resolver com você. 21:32
Bernardo: Ok. 21:33
Guardo meu celular completamente assustado.
Giovanni de longe nota minha reação, e ele me manda uma mensagem.
Giovanni: O que acha de passarmos o intervalo juntos? Podemos falar sobre o que está acontecendo agora com você. 21:36.
O ignoro.
Ao chegar no local as 22:15 se tratava de um bar na Rua: Augusta em São Paulo. Sento em um banco, e em menos de 6 minutos a pessoa chega.
Não poderia ser quem eu estava imaginando, ou eu estava vendo assombração.
— Leonardo? É você mesmo. — Ainda assutado, lhe pergunto.
— Sou eu mesmo, Bernardo, e eu não estou morto como dá para perceber, eu descobri vários podres do João, e ele tentou acabar comigo. — Responde Leonardo.
— E que número é esse? Como você conseguiu voltar para cá? — Pergunto confuso.
— Fui encontrado em um suposto hospital perto do interior, fingi um suposto esquecimento, e enquanto uma médica veio dar um medicamento forte, não cheguei a engolir o remédio, e num minuto de uma ida ao banheiro, Lívia deixou sua bolsa, e seu celular, e consegui acessar ele através da mancha na tela com ele desligado, e em sua ida ao banheiro, peguei a carteira e seu celular e consegui fugir. — Responde Leonardo.
— Quem é Lívia? — Pergunto confuso.
— Uma suposta ex do João, o que chega a ser bizarro, já que aquele homem é puro gay, de todas as vezes que eu o comi, ele nunca parecia ter nada de hétero! Enfim, eles são uma máfia. — Responde Leonardo.
— O Giovanni necessita saber disso tudo... — Leo me interrompe.
— A última vez que estive com ele, ele havia me pedido em casamento, mas eu nunca estive disposto a manter uma relação, ele nunca seria capaz de me amar se soubesse o que eu sou. — Diz Leonardo envergonhado.
— Ele te ama da maneira que você é, e ele está disposto a se vingar do João por sua causa. Foi uma coincidência a gente ter se conhecido, mas agora eu entendo, e antes que você pense, não ele não é meu cliente, se conhecemos na faculdade. — Dou risada.
— Fico feliz, é normal eu ter sentido ciúmes de alguém que não é nada meu? — Pergunta Leo.
— Normal não é, mas é normal pois você quer ter algo com esse homem. Enfim, o plano de vingança irá começar, mas agora vai atrás do seu homem, mostre que o que você sente por ele ainda está vivo, literalmente! — Respondo enquanto lhe dou um abraço.
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Em Meu Lado Profundo
ActionBernardo Lambertini, durante a época do colégio, sempre foi aquele garoto quieto, e introvertido, preferindo se dedicar aos estudos do que socializar com as pessoas da sua idade. Sempre motivo de orgulho de seus pais por sua educação, e dedicação. H...