Saímos do supermercado, e pedimos um Uber, para caminho de volta.
Entramos no carro, aonde na radio toca: The Rasmus - In the Shadows
- Quem foi a garota, e o que houve entre os dois? - Pergunta os dois curiosos.
- Nem sei, apenas uma qualquer, em que derrubei as compras dela. A abençoada, devia estar na TPM, estava muito estressada, falava mais palavrão, que os rappers. - Respondo.
- Hummmmm. E você sentiu algo? - Perguntam curiosamente.
- Eu senti uma vibração, um negócio estranho, sei lá! Nunca senti antes. - Respondo.
- Tenho duas noticias para você. - Fala Henrique.
- Boas ou ruins? - Pergunto.
- As duas. - Respondo.
- Joga a boa logo. - Falo..
- O que você sentiu, se chama amor, porém... você nunca mais, verá essa garota novamente! - Fala ele.
- Eu, apaixonado? Jonathan, fala para ele, que isso não existe em meu vocabulário. Pelo jeito, você ainda precisa saber melhor sobre mim. - Dou uma risada. Embora pudesse acreditar, no que diz.
- Na verdade, isso é um sintoma de paixão, sim... - Diz Jonathan e o interrompo.
- Impossível, eu não posso me apaixonar. Nem sei, como funciona isso! - Exclamo desesperado.
- Simplesmente, não é uma fórmula certo, para dar certo, ou errado. Mas, pode acontecer, sim. - Fala Henrique.
- Fala o que pode dar errado, então.
- Por exemplo, você gostar de uma garota, e ela namorar, ou ser lésbica, o que eu vou falar agora, Jonathan já deve ter passado! - Fala Henrique.
- O que tem eu? - Pergunta Jonathan.
- Já gostou de um garoto hétero. - Responde Henrique.
Não me contento, e dou uma enorme gargalhada.
- Disso, você tem razão! - Falo, enquanto rio.
- Que abusados! Mas já, ainda faço, não vou negar. - Diz Jonathan.
- Gente, tá tudo bem, se eu me apaixonar, tudo bem, mas acredito, que não seja a hora... - Jonathan me interrompe.
- E quando vai ser a hora? Essa mesma história desde 2013. - Pergunta ele, revirando os olhos.
A música acaba, e começa a tocar Lana Del Rey- Summertime Sadness.
- Nossa, me deu uma bad aqui com essa música! Vontade de morrer. - Respondo, tentando mudar de assunto.
- Amo essa música, e a cantora que canta. - Fala Henrique.
- Impressionante! Você gosta de Lana Del Rey?- Pergunta Jonathan.
- Qual, o problema? Ela é uma ótima cantora, talentosa, e super bonita. - Responde Henrique.
- É meio estranho, um hétero gostar da música dela... - Fala Jonathan, e Henrique o interrompe.
- Estranho, é achar, que música tem gênero. - Fala Henrique ironicamente.
- Poderia, ficar sem essa, hein! - Falo provocadamente.
- Chegamos, deu 13 reais. - Diz o motorista do Uber.
Pagamos-o, e subimos até ao nosso apartamento, com nossas compras.
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Em Meu Lado Profundo
ActionBernardo Lambertini, durante a época do colégio, sempre foi aquele garoto quieto, e introvertido, preferindo se dedicar aos estudos do que socializar com as pessoas da sua idade. Sempre motivo de orgulho de seus pais por sua educação, e dedicação. H...