- Pelo visto a gente se dará muito bem. - Dou uma risada.
- Se sobrevivermos do João. Eu tenho tanto medo do que ele é capaz de fazer. - Diz Giovanni apreensivo.
- Eu estou pouco me fodendo pra ele.
- Minto.- Tudo bem, machão. - Ironiza Giovanni.
- Besta, mas você e o Léo não eram só amigos né? - Pergunto curioso.
- A gente era, e eu sabia quem ele era ... A profissão dele sempre impediu de termos algo a mais, se eu pudesse voltar no tempo, eu teria contado tudo o que sentia a ele. Mas, tudo acabou. - Responde Giovanni.
- Então você gostava dele? - Pergunto curioso.
- E não era pouco. - Responde ele. Se eu te dizer que eu ainda tenho esperanças dele estar vivo, você acha isso loucura? - Pergunta Giovanni.
- Agora que você me falou isso, não, não é loucura, as vezes eu tenho a mesma impressão, mas como isso seria possível? - Respondo.
- A gente não viu o corpo dele, dizem que já estava em estado de decomposição devido a demora, e não se esqueça que naquele mesmo dia, no mesmo local houve aquele acidente. - Diz Giovanni.
- Eu lembro bem, o que você está querendo insinuar com isso? Aonde o Godoy entra nessa história? - Pergunto confuso.
- João teria se aproveitado desse acidente, e ter fugido com nosso amigo para ganhar tempo. E algo me diz que esse acidente tem dedo podre dele no meio. - Responde Giovanni.
- Como ter forjado? Ter furado algum pneu? - Pergunto.
- Exatamente. - Responde Giovanni.
- Ele seria muito sangue frio, matar duas pessoas em um mesmo dia? Eu esperava qualquer maldade dele, mas isso parece ser exagero. - Digo inconformado.
- Para alguém que já fez matar o próprio filho, se é que me entende, isso não é nada. Você é muito inocente, a maldade humana é capaz de tudo.
- E o que podemos fazer? - Pergunto preocupado.
- Eu ainda não sei, mas essa missão eu não estou sozinho, tenho meu aliado Bernardo para me ajudar. - Responde Giovanni.
(...)
Leonardo
Vejo luzes e pessoas ao meu redor, mas não sabia ao certo aonde estava.
Minha consciência começa a se lembrar aos poucos. Mas ainda sim com muita dificuldade.
Alguém percebe isso, e conversa comigo.
- Olá, se sente melhor? - Pergunta a pessoa simpaticamente.
- Aonde estou? Em um hospital? Por quê não consigo me lembrar de nada? - Pergunto completamente confuso.
- Em um retiro espiritual, aqui fazemos prática de filosofias de vida, reflexões, e auxiliamos pessoas que precisam de ajuda. - Responde uma moça simpaticamente.
- E como vim parar aqui? - Pergunto confuso.
- Provavelmente um acidente, encontramos seu corpo jogado perto de uma mata, enquanto fazíamos trilha e sem nenhuma identificação. Não chegamos a fazer nenhuma busca, pois em nosso mantra espiritual se conectamos apenas com a natureza, e com a fé. Não existe internet, televisão ou algo do tipo aqui. Então decidimos esperar você acordar para ver se lembrasse de algo. Ah, e antes que me pergunte, meu nome é Lívia. - Responde Lívia.
Eu havia me recordado sobre o que havia acontecido, João havia tentado me matar.
E se isso fosse um novo plano dele?
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Em Meu Lado Profundo
ActionBernardo Lambertini, durante a época do colégio, sempre foi aquele garoto quieto, e introvertido, preferindo se dedicar aos estudos do que socializar com as pessoas da sua idade. Sempre motivo de orgulho de seus pais por sua educação, e dedicação. H...