✦Capítulo 8- O verdadeiro Henrique [ Parte I ]✦

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Bernardo

[ 3 Horas depois ]

O treinamento, havia chegado ao final, após 4 horas. Agora teria que voltar aqui, durante mais dois dia da semana: quarta e sexta. Mas, até que está light, apesar da cobrança excessiva de João.

Apesar disso, não tenho do que reclamar, afinal pelo o dinheiro, exige sacrifícios.

Alguns são um tanto exagerados, e a norma n° 4 de meu contrato, não permitiria, que eu tenha algum namoro, ou relação sexual fora do trabalho. Pois, além de perder a vaga, seria exposto na internet, coisa que eu não quero que aconteça.

Morar em uma metrópole, é algo bom, porém novo. Uma experiência, na qual estou gostando.

Saio da agência, e percorro até a estação da Liberdade, aonde pego um metrô, em direção a Vila Mariana.

(...)

Ao chegar em casa, percebo silêncio no apartamento.

Será que não havia ninguém?

- Meninos, cheguei! - Falo em tom de voz mais alto.

Porém ninguém me responde.

Decido então checar meu celular, aonde havia uma mensagem de Jonathan.

'' Não espere por mim, conheci um boy maravilhoso, e já até fomos para cama ''.

Sempre admirei ele, por ser mais avançadinho.

Uma enorme vontade de ir ao banheiro bate em mim, e não havia como segurar. Quem tem intestino regulado, tem dessas.

Tento abrir a porta, e estava trancada.

Decido dar intimidade a Henrique, e decido esperar.

Seguro a vontade por mais trinta minutos, até que decido bater na porta com força, e nada.

Eu realmente estava ficando preocupado, decido então arrombar a porta.

E lá estava Henrique, completamente desmaiado, com um pedaço de lâmina na mão, e pulsos que não paravam de sangrar.

Começo a chorar desesperadamente.

- Por favor, você não pode nos deixar. - Grito, enquanto tento o acordar.

Uma tentativa bem idiota da minha parte.

Pego então meu celular, e ligo para a emergência, que em 15 minutos chega em meu apartamento.

(...)

- O que houve aqui? - Pergunta um dos enfermeiros, do corpo de bombeiro.

- Eu acabei de chegar do trabalho, e simplesmente vi ele caído, e me apavorei. - Respondo.

- Certo, você é o quê do rapaz? - Questiona ele.

- Sou amigo. - Respondo.

- Certo, Bernardo né? Então, o que seu amigo fez hoje, é uma atitude de alguém que pode ter depressão.

Depressão! É sério, isso?

Logo alguém como Henrique, totalmente sorridente, palhaço, de bem com a vida, que já me fez sofrer um dia, acho que esse homem está louco.

Ou será, que ele está certo?

- Acho que é mais possível, eu ser depressivo. - Falo ironicamente.

- Depressão pode não parecer, mas as pessoas que menos aparentam são as que mais sofrem, algumas utilizam de falsos sorrisos, para esconder a sua dor. Creio, que seu amigo, deva ser assim.

Em Meu Lado ProfundoWhere stories live. Discover now