1. Importante Demais Para Uma Puta

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Wade tinha 15 anos quando um divisor de águas aconteceu na sua vida. Um medicamento para sarampo, causou danos irreparáveis a sua pele, os pelos caíram, e a pele aderiu uma consistência grossa e marcada, como se ele tivesse sido colocado em óleo quente por alguns segundos.

Os pais sem saber lidar com aquilo o confinaram em casa, o limitando em suas interações , a mãe dizia que ele era peculiar, o pai por outro lado era mais claro, dizendo que ele era um monstro.

Mas Wade era inteligente, investiu o valor que recebeu de indemnização e se tornou muito, mas muito rico. Aos 35 anos existiam apenas duas certezas em sua vida, ele nunca seria pobre, e ele nunca seria amado.

Era sábado à noite, e Wade se sentia completamente sozinho, ele pegou o telefone de acompanhantes e ligou pedindo um garoto aleatório. Esse era o único jeito de apaziguar pelo menos um pouco da solidão que o consumia diariamente.

Então ficou nu, respirou fundo e apagou todas as luzes, seria possível um dia não ser necessário fazer isso? Essa pergunta sempre rodava na sua cabeça, as vezes que tinha tentando manter a luz acesa, o garoto ou a garota tinha desistido, então ele aprendeu, ele fazia o que tinha que fazer, e se fosse ruim, acendia a luz e deixava a pessoa ir embora, se fosse bom deixava apagada e contratava ela de novo posteriormente.

Peter tocou à campainha ouvindo uma voz rouca e grave pedindo pra ele entrar, respirou fundo colocando a mão na porta e entrando no lugar, ele precisava de coragem pra ir adiante. Assim que ele entrou o ambiente estava completamente escuro e ele apoiou na parede procurando um interruptor.

- Você não tem autorização para acender a luz.

A voz era dura e impositiva, e fez Peter sentir um arrepio na base da coluna.
Ele caminhou alguns passos tateando o chão com os pés, tomando cuidado para não esbarrar em nada, mas obviamente, como desastrado que era, logo ele tinha trombado no que pareceu um puff. Ele ouviu um bufada impaciente, e temeu que o cliente fosse agressivo.

- Só tira a roupa, por favor

A voz parecia mais perto, e os pelos da nuca de Peter se eriçaram, quando o cliente pegou Peter de surpresa o puxando pelo cabelos e prensando seu rosto contra uma parede. Ele ficou assustado com a premissa do que ia acontecer ali. Principalmente quando sentiu um tapa muito forte sobre a nádega esquerda. Aquilo ardeu tanto que Peter sentiu uma lágrima escorrer enquanto fechava os olhos com força.

- Eu disse, tira a roupa.

Peter começou ainda prensado contra parede, tentar tirar a blusa quando uma risada ecoou no seu ouvido, e o cara puxou sua calça pra baixo bem rápido, apertando sua bunda, e cintura com vontade, e o garoto que já tinha roxos na região, gemeu de dor.

- Eu nem meti em você e você; já tá  gemendo? É uma vadia mesmo né?

Peter se sentia sujo ouvindo aquilo, e uma lágrima solitária rolou pelo rosto enquanto ele se controlava pra aguentar aquela merda toda até o final.

Ele sentiu a boca na sua nuca, e um chupão ser plantado ali com toda agressividade que era possível, sem aviso ou sem pedir licença, ele sentiu a ereção do cara tocar sua bunda e a invadir com força, ele era grande, muito grande, e Peter gritou a surpresa e a dor que o tomaram imediatamente, parecia que ele ia quebrar ao meio.

- A Putinha nunca viu um pau de verdade?

O cara só podia ser um sádico, e Peter entre lágrimas não sabia o que fazer, e a explicação saiu sem que ele conseguisse conter

- É a minha primeira vez, desculpa.

Wade saiu do garoto na hora, o pau se encolhendo de vergonha, soltou ele dando alguns passos pra trás.

Quando Faltam as PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora