Darkness Without You

XXV- Hora da Verdade

Eu e Thaise levamos Louise para casa. Na hora que ela chegou, acabou desmaiando no sofá.

— Eu não sei você, mas estou começando a estranhar ela — Thaise solta quando entramos na cozinha.

— Talvez seja exaustivo namorar o Alec — ela me olha sério e percebo que não teve graça — Ok, vamos ficar atentas. Não deve ser nada demais.

— Como foi com o Jeremy?

— Foi mágico. Finalmente passei um dia dos namorados, namorando. Ele me deu um anel de compromisso — falo animada mostrando minha mão e suspiro lembrando do momento. Ela ameaça gritar de surpresa, mas lembrou de Louise e tampou a boca — Como foi com o Cam?

— Mesmo com tanto tempo de namoro, ele consegue surpreender.

É tudo que ela diz, então comemos qualquer besteira que tinha na geladeira e fomos dormir.

Algo me incomoda no meio da noite então resolvi levantar e ir ao banheiro. Escuto um cochicho, então paro para ouvir.

— Ele terminou comigo... Não, não tem jeito... Como eu conseguiria fazer isso? — era Louise — Olha Anne, eu não posso dar garantia que vá funcionar.

Anne? Nossa professora?

— Não se preocupe, logo Rachel não será mais nosso problema. Mas e quanto a Katherine? — tomo um susto quando meu nome é citado e acabo fazendo barulho —Tenho que desligar, mantemos contato em breve.

O que está acontecendo? Volto para cama e demoro a dormir.

— Kath, acorda! Você não é uma princesa, não estamos em um conto de fadas e temos aula — e a cortina se abre.

— Muito obrigada por sua delicadeza, Thaise — digo colocando o travesseiro na cara.

— É sério, Kath. Não quero me atrasar.

Levanto com muita preguiça e vou me arrumar.

— Louise está aqui?

— Não, ela falou que precisava ir antes.

— A gente precisa conversar — sussurro e pego meu casaco e minha bolsa.

— Por que está falando baixo?

— Me encontre hoje na frente da biblioteca depois da aula.

Fecho a porta e fomos andando. Obviamente ela me enchendo de perguntas, mas eu não podia responder ali.

— Thaise, mais tarde.

Por fim chegamos à faculdade, as horas demoravam a passar e meu coração acelerava. Eu estava perdendo a coragem de contar para Thaise, mas então vejo algo, ou melhor, alguém.

— Que demora, Kath. É bom ser algo importante, porque está me matando de curiosidade.

— É sobre a tatuagem — digo, a puxando para o café perto da biblioteca.

O tempo estava frio e, se ficássemos no lugar de costume, iríamos congelar.

— Nós combinamos que não falaríamos mais sobre isso — ela reclama quando sentamos em uma mesa isolada.

— Eu preciso falar — e depois fico quieta porque um garçom veio nos atender — Primeiro sobre Alec.

Um sorriso surge em seu rosto.

— Finalmente! Vai admitir?

— Não é o que você está pensando.

— Você está corada, Katherine. Não minta para mim.