III- Me desculpa, eu só... me apaixonei por você

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— O que aconteceu? — perguntei.

— Nós que perguntamos isso — Mary diz. — Você demorou a aparecer!

— E Alec também não apareceu, então eu vim para cá — fala srta. Rachel com uma cara maliciosa.

— Eu estava com ele — digo me sentando e elas se aproximam, sinto que não deveria ter contado isso — Parem de me olhar assim, não aconteceu nada.

— Não acredito! Qual o problema do meu irmão? Preciso conversar com ele. Boa noite — fala Rachel irritada e sai batendo o pé.

— Você também é muito bobinha, Kath. Vejo com facilidade na sua cara que você está gostando dele — diz Bea, passando as mãos pelo meu cabelo.

Bea as vezes era como uma mãe para nós. Ela era jovem e linda, cabelos ruivos e um corpo invejável. Era cortejada em nossas terras, mas nunca a vi com um real pretendente.

— E ele é lindo! E se ele me desse essa atenção toda que você ganha, eu já teria beijado ele — fala a baixinha e eu ri.

— Mary Holly! O senhor Alec é da Kath, tira os olhos — grita Bea e fico corada, mas todas rimos.

Mary, apesar de ser a mais nova, era a mais assanhada, capaz de aparecer grávida em breve. Ela não ficava para trás em relação a beleza, tinha os olhos verdes e cabelos castanhos claros com as pontas douradas e levemente ondulados, puxou nosso pai.

— Vocês são loucas, eu acabei de conhecer ele! — exclamo.

— E vocês se encontram perdidamente apaixonados — diz Bea.

— Não exagera — reviro os olhos.

— Então você assume que sente algo por ele? — Mary me provoca.

— Parem com isso! Coisas de mais para um dia só, vou dormir — digo e com a pequena iluminação da lareira, me arrumo para dormir.

— Está fugindo do assunto, que feio! — Bea me provoca e ri. — Boa noite — e com isso pegamos no sono.

🏹

No dia seguinte à rotina continua, porém logo cedo nossa mãe passou em nosso quarto.

— Beatrice posso falar com você? — Bea olha para nós e damos de ombros. Elas saem do quarto e Mary se aproxima dá saída do quarto, eu fico encarando ela.

— O que foi? Vai me dizer que não está curiosa? — pior que eu realmente estava. Ela viu que ia ceder, afinal é sempre isso que acontece, e abriu um sorriso. Nos aproximamos de onde elas estavam.

— Eu não vou fazer isso! — gritou Bea.

— É a tradição! — fala nossa mãe.

— A tradição deles, não a minha. Eu não vou fazer isso! — Bea rebate.

— Pare de ser malcriada. Evitei isso todos esses anos para seu bem, mas você sabia que um dia iria acontecer.

— Eu não quero! — Bea estava nervosa.

— Não tem querer, Beatrice. Já está decidido, eu sou sua mãe portanto me respeite — mamãe também estava aos nervos.

— Você não me respeitou ao mentir sobre minha nacionalidade. Não respeitou nem a mim, nem as minhas irmãs ao mentir sobre tudo, e agora quer respeito? — Bea provocava e nossa mãe deu um tapa na cara dela. Mary olhou assustada para mim.

— Nunca mais fale assim comigo, quem você pensa que é? Está decidido, fique pronta que virei te buscar mais tarde.

Quando percebemos que a conversa encerrou, corremos para o quarto. Bea vem logo em seguida.

Darkness Without You Where stories live. Discover now