Pensei ter-te visto recentemente
mas fiquei apenas pelo pensamento
Era como uma miragem turva
Uma projeção do meu descontentamento
Foi longe demais esta obessessão
Criei demónio que jamais irei destruir
Tinha tudo para funcionar
E a minha estupidez fez de tudo para a destruir
Chorei uma perda platónica
Nunca foste minha nem nunca serás
Foi um jogo tão bem jogado
E eu, derrotado, ainda fui atrás
Qual era a minha ideia?
Nem sequer eu sei qual seria
Talvez a ideias de que esse amor platónico
Pudesse funcionar um dia
Como fui estúpido, fraco
Nem depois de derrotado entendi
Não foi o amor que desapareceu
Fui eu que te impedi
Mas impedi de que?
Impedi-te de seres livre e voar
Tentei cortar-te as asas
E fui eu que caí do meu pequeno altar
Pensei que era o teu dono
Mas nem o meu pensamento controlo
Perdi-me sem perceber
E já nem tenho consolo
Porque será? Desconfio
Talvez pelo meu falso altruísmo
Todos me viam como alguém bom
Mas tu sabias que eu era quase um Cataclismo
E agora aqui estou eu
Só e com remorsos do que fiz
Pensei que te tinha na mão
Mas nas mão só tinha uma atriz
Boa atriz já agora
Quem se prendeu fui eu
Morri sem dar conta
Uma morte que nem doeu
Foi tão rápida, tão repentina
Não chorei, nem sequer senti
Chamei por Deus para me ajudar
Mas Deus sabe que só te quero a ti.
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Poemas Soltos
PoetryApenas alguns poemas soltos escritos durante o meu curto período de vida