N°28

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Todos os dias penso, será que fui muito denso?
Ou será que foste só tu que te quiseste afastar
Posso ter sido muito intenso, mas o clima era propenso
E eu só te queria amar

Talvez tenha sido eu, que tenha apressado o que aconteceu
E que te tenha sufocado
Mas quis dar-te o que é meu, e se a vida não o concedeu
Não sou eu que tenho de ficar chocado

Queria dar-te o mundo antes da mão, tentei ser a tua paixão
Mas no fim ficámos pelo talvez
Não sou eu que tenho a razão, nem és tu que tens a indecisão
Foi o clima entre nós que se desfez

Desculpa não ter sido o certo, mas eu precisava de ti por perto
E enfiei tudo o que queria em ti
Mesmo assim deixo tudo em aberto, e no fim eu te alerto
Nunca te esqueças do que eu senti

Continuas a ser a minha alegria, a ser tudo o que eu queria
Mas no fim não te posso ter
Porque o que sinto e sentia, não se trata de magia
E só te posso esquecer

Agora choro sem pausa, os arrependimentos têm causa
E a culpa não ta posso apontar
Quis uma relação com cláusula, prender-te numa cápsula
Quando tu só querias voar

Mas tu tens liberdade, iluminas toda a cidade
E fazes-me compreender que o erro sou eu
Independentemente da idade e de toda a adversidade
No fim não posso ser teu

Só me resta desejar-te o melhor,  que nunca te falte amor
E que te voltes a sentir desejada
Alguém que te faça o favor, de te dar um mundo maior
E te acompanhe nesta estrada.

Poemas SoltosWhere stories live. Discover now