Todas as vezes (quase sempre), que ela visitava seu sobrinho Ramone que criou desde que ele -Meu noivo-tinha apenas seis meses de vida, o cachorro do nosso vizinho o sr. Silva, sempre uivava. E era todas as vezes em que ela falava, ou seja, até ela ir embora deixando para trás uma dor de cabeça e um vizinho irritado.

Enfim, fiquei feliz que tinha deixado no viva voz, já pensou se atendo o telefone próximo a minha orelha? Acidente na certa!

--Não, estou saindo.- murmurei

--Ah! Mas são 17:20, tá tão cedo! Ramone disse que você sempre chega do trabalho umas sete para as oito! Mais não importa fico feliz que está livre, queria te fazer umas perguntinhas, e aí já decidiram aonde vai ser a lua de mel? E qual cor do guardanapo você escolhe para as mesas? Eu escolhi pêssego, mas a pecadora da sua amiga disse que bege era sua preferência. É verdade?  Tenho certeza que pêssego é melhor, combina com o pôr do sol!

O que diabos o pôr do sol tem a ver com meu casamento em uma igreja?

--Sim, eu prefiro bege.-- disse

--Tsc, tcs- escutei ela estralar língua em reprovação como sempre fazia quando não gostava de algo, ou seja, tudo que se refere a mim e como sempre ela começou. - Ah, mais bege é tão sem graça, meu sobrinho ele adora o pôr do sol! Por que não escolhe algo que o lembre disso? Você não quer que ele seja feliz em um dia tão especial para ele? Afinal, ele vai casar.
É um dia especial para mim também, ou esqueceu que é comigo que ele vai casar sua velha caquética? ,- quis dizer mais mordi a língua.

-O que me leva a perguntar, porque mesmo você aceitou aquela pecadora lesbiana como madrinha de casamento do meu bebê? Está louca? Acolher uma pecadora...

Antes que eu possa perder minha paciência por ela ofender minha melhor amiga, peguei o celular de onde estava dizendo.

--Ah! Não estou te escutando o que disse?

--Porque...

-Quê?  Ah não te escuto! Ligo depois. -- desliguei o celular e o joguei no banco traseiro.

Ignorei o celular que não parava te tocar, assim que cheguei em casa desliguei o carro peguei o celular e o desliguei, esperando que a velha achasse outro para atormentar, pus dentro da bolsa e sai do carro a passos rápidos, louca para chegar o quanto antes na privacidade do lar.

Abri a porta e a fechei sem fazer nenhum barulho, tirei meu blazer e estava pronta para me libertar do maldito sutiã quando escutei aquele som característico de sexo selvagem vindos do meu quarto.

Meu corpo paralisou, mas logo em seguida relaxou, lógico que esses gemidos deviam ser dos pornôs de Ramone, ultimamente ele se tornou viciado em assisti-los desde que eu fiz o acordo de pureza até o casamento.
Ele resmungou? Sim. Foi contra? Sim, mas o corpo é meu e ele teve que aceitar a contragosto. Resultado? Muito lubrificantes, e um canal de sacanagem assinado, que ele achava que eu não tinha consciência desse tal canal, mas eu sabia.
Um sorriso sapeca repuxa meus lábios, tiro meu sutiã por debaixo da blusa e caminho fazendo o mínimo de barulho possível, afinal não posso perder a oportunidade de tirar uma com a cara dele, já imaginava ele sem graça ao ser pego no flagra.

O som ficou ainda mais nítido assim que me aproximei do quarto, minha porta estava entreaberta, a primeira coisa que vi através daquela brecha foi: A  televisão instalada na parede do meu quarto estava desligada.
Segundo, no chão da minha porta tinha uma blusa feminina, uma blusa extremamente familiar.

--Ahhh você é tão gostosa..... tão apertada....- disse Ramone.

--Ramon...- a mulher gemeu

Não precisei abrir a porta para confirmar quem era a mulher, tudo o que fiz foi girar sobre meu calcanhar e caminhar até meu escritório, movida pela força do ódio fui até a mesa abri a terceira gaveta, tirei o fundo falso, puxando em seguida minha amiga RUGER LCP, verifiquei se as seis balas estavam lá.

Rapidamente prendi meus cabelos em coque e andei novamente em direção ao quarto, parando apenas para pegar um vaso feio que dona Ivone havia me presenteado a seis meses atrás com gravuras de mulheres nuas.

Hoje testaria a teoria se vaso ruim quebrava ou não.

Caminho a passos largos abro a porta abruptamente, o baque da porta se chocando contra a parede ecoando pelo quarto, Ramone chegou ao clímax junto com Amanda que chamou por seu nome. E naquele período em que Amanda minha irmã mais nova me viu, o vaso que eu segurava se soltou de minhas mãos e por sorte -para o desgraçado - aquele bendito vaso errou a cabeça dele, se chocando na parede, caindo na cama, e rolando para o chão.

Minha irmã gritou seus adoráveis olhos azuis arregalados, rapidamente ela chutou meu noivo e saiu de sua posição constrangedora - de quatro- e rolou para o outro lado da cama tentando em vão se cobrir, Ramone ainda meio confuso olhou para o vaso e depois voltou-se em direção a porta aonde me viu erguendo minha arma e mirando em sua direção.

--Oi querido.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora