Dia 20 de Março (continuação):

Não sei o que é mais estranho: o que nos aconteceu no dia de hoje ou escrever duas entradas no mesmo dia em um diário... Eu ainda não consigo acreditar em tudo o que aconteceu.

Estava tão ansioso para começar a explorar que, assim que terminaram de montar os equipamentos do recinto de escavação, fui correndo falar com Longhorn (o que explica meu término repentino na última entrada, que escrevi quando chegamos).

Finalmente pude dar uma boa olhada nas ruínas: eram cinco, sendo quatro delas perfeitamente alinhadas com os pontos cardeais, e uma delas no centro exato entre elas.

Longhorn nos permitiu entrar, admirado com nossa disposição, iriamos em um grupo de cinco: Eu, Jim, Miss Catherine, prof. Gisborne e um mineiro, que eu não conhecia, e não falava o inglês. Por sorte, o professor de Oxford sabia espanhol, e podia conversar com o homem.

Quando nos aproximamos, percebi duas cruzes, uma a cada lado da porta. Estavam gravadas diretamente sobre as pedras da parede, e como sofreram menos com o tempo, acredito que sejam mais recentes que a ruína, talvez tenham sido esculpidas pelos Cavaleiros Hospitalários.

"Impressionante.", Gisborne comentou, "Como se sentem sendo os segundos a pisar nesse lugar?"

"Segundos?", perguntei

"Sim, porque o primeiro serei eu.", o professor falou rindo

E então, em espanhol, ele pediu para o mineiro abrir a porta.

O homem usou a picareta como uma espécie de alavanca e puxou com força, e a porta de pedra, que dava impressão de ser pesada, se abriu facilmente.

Cruzamos para uma sala muito escura, mas pequena o bastante para ser bem alumiada pelos dois lampiões que trazíamos. Num primeiro momento, pensamos que fosse um beco sem saída. Havia um esqueleto com uma armadura de malha e um manto bastante puído, que certamente era de um cavaleiro da Ordem de Malta.

"Espere... Parece que tem algo escrito ali...", Jim comentou

"Nunca vi isso em toda a minha vida!", comentei, "Deve ser uma civilização totalmente nova! Que descoberta fizemos!"

"Estranho... Tenho a sensação que já vi isso...", Miss Catherine comentou

Peguei uma caderneta e copiei os símbolos:

"É o contorno de uma porta!", Gisborne disse animado

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"É o contorno de uma porta!", Gisborne disse animado

O mineiro cravou a picareta e tentou forçá-la, como fizera a pouco, mas seu equipamento quebrou.

"Droga!", Jim falou, "Usamos dinamite?"

"Só como última opção.", o professor falou

O mineiro comentou em espanhol algo que se parecia com lhabe, mas eu não entendi. Gisborne, então, rindo gritou:

Terror em MaltaWhere stories live. Discover now