Um Pedido para Watson [Manhã de Visitas-Parte II]

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Quantas atualizações, hein! 😮 #AdoGooo 

Divirtam-se! *-*

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– Não admitirei que esteja apaixonado. – Holmes falou por fim desgostoso.

– O que você quer dizer afinal? Que está ou não está apaixonado?! – Watson ficava impaciente – Espere! – Watson falou num sobressalto para em seguida começar a rir – Esta é uma verdade espelhada?! Não acredito nisso. Então você acaba de confessar que está caidinho pela Rita?!

Holmes sentou-se na cama aflito, com seu olhar agitado.

– Preciso de um cachimbo! Aliás, não pensei que fosse se lembrar desta minha velha brincadeira com meu irmão Mycroft... Costumávamos escrever em código: se iniciássemos um relato com uma consoante, todo o texto significaria o contrário do que estivesse realmente escrito... – Sherlock falava vagamente distraindo-se com seu pensamento, mas logo despertou e falou indignado:

– Não estou caído por ninguém.

– Ah, claro que não. Olhe só para você. Mergulharia pelado no rio Tâmisa se ela mandasse. – Watson abriu um jornal que estava em cima da mesinha.

– Isso não é algo que lhe interesse, certo?

– Gostaria de deixar claro apenas, que não precisa se preocupar com suas questões emocionais, Holmes. Apenas sinta-as e não se comporte como um adolescente medroso.

Sherlock pigarreou incomodado.

– Não insulte minha inteligência. Não estou me comportando como um adolescente medroso.

Watson continuou como se o amigo não tivesse falado.

– Sua mente ágil continuará pronta para qualquer caso, meu caro, o mais grotesco deles, o mais complexo para resolução.

Watson falando isso se levantou e empurrou sem muito cuidado o Sherlock de forma que ele deitasse na cama.

– Au! Seu--

– Desabotoe sua camisa. – Watson falou sério - Preciso trabalhar Holmes, não vou ser seu psicólogo... Até porque você não ouve ninguém. – Watson colocou uma luva e abriu o curativo com cuidado - Hum, parte do ferimento está cicatrizado, mas os pontos ainda não podem ser removidos... Esta área ainda está inflamada. – Falou passando o dedo levemente – Isto dói? – perguntou pressionando suas costelas.

Sherlock fez uma careta e respondeu com a voz rouca:

– Sim.

De pronto, Watson limpou o ferimento e o local da cirurgia. Pôde perceber que um líquido morno ainda escorria e refez todo o curativo. Pegou sua prancheta, fez algumas anotações e falou:

– Não posso dar alta à você, Holmes. Não está cicatrizado ainda. Há áreas inflamadas e suas costelas não estão boas. Precisa de mais repouso. A bala atingiu fundo.

Sherlock revirou os olhos.

– Não suporto mais ficar aqui enclausurado! Preciso de meu violino, minhas anotações, minhas fórmulas e meu cach--

– Nada de fumo e até mais Holmes. Por estes dias, será incerta minha presença aqui, mas estará em mãos de médicos confiáveis.

– Espere Watson. – Holmes falou sentando-se lentamente na cama.

Watson virou-se para ele e o detetive falou.

– Preciso que me faça um favor.

Watson arqueou uma sobrancelha.

– Não tenho tempo agora Holmes.

– Vá até a mansão de Pablo Valdéz e investigue tudo por lá. Quero confirmar minhas hipóteses. Preciso saber se existe algum indício da caixa.

Watson o encarou.

– Farei o possível. Mas não lhe garanto nada.

– E não destrua as pistas, por favor.

– Tomarei cuidado!

– Ah, então irá!

– Eu não disse isso. – Watson respondeu entre dentes.

– Você afirmou que tomará cuidado o que indica obviamente que fará o que lhe pedi.

– Não afirmei nada Holmes! – Watson falou exasperado jogando um travesseiro no outro.

– Mas deve concordar que se for, tomará cuidado. – Sherlock pegou o travesseiro com um sorriso de lado.

– Não concordo!

– Ah, então é mera escolha de termos...

– Não sei!

– Você mesmo disse isso!

– Certo. Concordo, mas não afirmo nada. – Watson ficava vermelho de raiva, porém não iria se dar por vencido.

– Ora, isso não tem lógica alguma. Ou você concorda, o que o leva automaticamente a afirmar, ou você não concorda, negando o fato obviamente.

– Holmes, vá se ferrar. – Foi a última coisa que Watson pronunciou antes de deixar o local, fumaçando de raiva e pisando mais firme do que o normal com sua perna manca.

Sherlock sorriu após a saída de Watson, mas logo voltou à sua seriedade, pensativo. Olhou para o travesseiro que segurava e jogou-o de lado; deitou-se na cama com as mãos por baixo da cabeça e passou a encarar o teto. Esperaria agora por notícias sobre a investigação na mansão, pois sabia que seu amigo iria ajudá-lo.


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Achei melhor dividir para não perder o foco das coisas... heheh

O que acharam? 

Estão gostando? 

No próximo capítulo teremos novidades!!

Preciso de vocês~ 🤧

Sherlock Holmes e o Sumiço da Caixa EspanholaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora