06. knots

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josh passou o resto do dia se sentindo ansioso. sua mente não conseguia se desligar em momento algum, sempre formando teorias sobre o que poderia ter acontecido.

ele preferiu não contar a ryan e brendon sobre o bilhete, não até que tivesse uma resposta sobre isso. os dois meninos passaram o almoço discutindo sobre o penteado de brendon, enquanto josh mal podia esperar para que as três horas da tarde chegassem.

o colégio de josh tinha matérias extra curriculares na grade, você era obrigado a escolher pelo menos duas. josh sabia que o clube de jardinagem era apenas as terças feiras, então o jardim estaria vazio nesse dia.

assim que saiu de sua aula de biologia, se separou dos amigos que iriam para seus respectivos clubes. josh se dirigiu ao jardim da escola, passando por inúmeras roseiras.

"então foi daqui que ele as pegou...", josh pensou, lembrando de tyler deixando as flores nas portas alheias.

o menino continuou a caminhar entre as roseiras, até achar um corpo agachado, cercado por terra.

- debby? - ele perguntou, vendo a menina se virar rapidamente.

- oh céus... - ela olhou o relógio de pulso, se levantando. - me perdoe, eu não vi o tempo passar.

- o que você faz aqui? achei que o clube estivesse aberto somente de terça. - ele perguntou, vendo ela limpar as mãos no macacão sujo.

- eu sou a presidente do clube, estou aqui todos os dias após a aula.

- mas... você só está no primeiro ano...

- e dai?

- primeiranistas não podem ser presidentes dos clubes. ou podem?

- bem, não podem, mas meu irmão me indicou quando ele se formou, então eu fui tive esse benefício.

- ah sim... - ele disse, coçando sua nuca. - então, o que você precisava falar comigo? você parecia estranha no corredor...

- ah... eu peço perdão, eu não queria que ninguém ouvisse e... ah, esquece. josh, preciso te perguntar uma coisa, mas você tem que prometer não me achar doida.

- acredite, não sou ninguém para julgar o que é doido ou não. pode falar.

debby respirou fundo e concordou com a cabeça. josh já havia prestado atenção nela algumas vezes nesse último ano. apesar de ser jovem, sua beleza era clara. e ela também era muito inteligente, segundo alguns amigos que eram da sala dela.

- você conhece alguém chamado tyler? tyler joseph?

o ar escapou dos pulmões de josh ao ouvir o nome. ela se lembrava.

- você... lembra dele? como?

- oh céus, você também lembra? eu estava ficando maluca! ninguém...

- ... parecia se lembrar dele! - josh completou a frase dela, colocando a mão em seu braço. - eu sei! eu... eu não sei o que houve. você sabe?

- não, e eu preciso de ajuda para descobrir.

- você não acha que ele possa... só ter ido embora? fugido?

- ele me avisaria, eu acho... éramos melhores amigos. mas... - debby parou no meio da frase, mordendo o lábio apreensivamente.

- mas o que?

- ele estava agindo meio estranho a algum tempo. mais estranho que o normal. - ela disse, parecendo desconfortável - ele teve que começar a frequentar esse centro de ajuda e nós meio que paramos de sair tanto juntos. ele passava muito tempo lá e no forte, e eu aqui.

o cérebro de josh deu um nó com tantas informações disponíveis agora.

- calma, calma. que centro?

- é um centro de ajuda para pessoas com distúrbios, ele começou a frequentar depois da mãe dele achar uma corda com nó de forca em baixo da cama dele. - a voz de debby transbordava tristeza ao lembrar dessa situação

- o-ok... você sabe o endereço de lá?

- sei sim, eu posso te passar mais tarde.

- tudo bem então. - josh disse e o jardim foi preenchido por silêncio durante alguns segundos. - bem, eu deveria ir. obrigado, debby. se eu descobrir algo, te aviso.

- tudo bem. obrigada, josh. - ela deu um sorriso amigável e se virou para continuar a cuidar de suas plantas.

josh dera apenas alguns passos para longe antes de se virar novamente.

- ahn, debby? - ele a chamou e ela se virou novamente - eu... eu não tenho seu número.

- o-oi? - as bochechas sardentas de debby coraram, tão vermelhas quanto as rosas atrás dela.

- sabe, pra você me mandar o endereço... - ele disse, se aproximando com seu celular esticado pra ela.

- ah, claro. - ela pegou o celular do menino e digitou seu número lá, devolvendo-o em seguida. - pronto.

- ok, muito obrigado. - ele disse e se afastou novamente.

caminhando até sua casa, josh pegou seu celular e digitou uma mensagem para brendon.

[16:56] jishwa: brendick
[16:56] jishwa: descobri muitas coisas
[16:56] jishwa: vem pra minha casa assim que sair do clube
[16:56] jishwa: traga o ryro junto

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so...... its been a while...

the boy who cried wolf  ᤴ  joshlerWhere stories live. Discover now