⚠ Aviso ⚠ Cenas de violência explícita, se for um leitor sensível aconselho a tentarem não lerem os pormenores.
Pov. Yasmin
Enquanto via o homem que me ameaçou a sair apressado daquela sala não conseguia parar de tremer. Será que ele realmente era tão poderoso assim?
Saí sem me despedir de ninguém. Não fui buscar o meu carro. Comecei a vaguear pela cidade, apesar de Los Angeles ser uma cidade bastante movimentada, não se encontrava ninguém nem nenhum carro naquele sítio. Vi um pequeno parque e decidi subir para o escorrega que se encontrava lá. Sentei-me no topo e permiti-me chorar.
Ele era perigoso. Ele avisou-me e eu não prestei atenção naquilo que ele me disse. Peguei no meu telemóvel e marquei o número da pessoa que eu tinha a certeza que iria aparecer. Depois de alguns minutos Noah apareceu em cima do escorra e sentou-se à minha beira. Eu abracei-o e chorei mais alto.
- Ele ameaçou-me Noah! Ele disse que me matava só porque não acreditei nele... Ele é periogoso Noah, muito perigoso.- enquanto as palavras saiam desesperadas pela minha boca ele fazia carinho no meu cabelo tentando acalmar-me.
- Anda vamos para casa já está na hora. Precisas de descansar.- Noah ofereceu-me a sua mão depois de se levantar para que me ajudasse e eu aceitei a sua ajuda e saímos os dois dali de cima. Ele levou-me até ao meu carro e fui a conduzir calmamente até ao meu apartamento. Enquanto ouvi-a uma música triste (coloquem a música da mídia). Os momentos desta noite passaram-me pela cabeça.
Lucca parecia uma boa pessoa, talvez só me disse aquilo por estar magoado. Talvez o que o irmão lhe fez é mais grave do que aquilo que eu penso. Ou talvez seja mesmo mau, cruel. Eu pensava nisto enquanto estava deitada na minha cama a olhar para o teto.
Passei a noite em claro, rolava na cama mas sem sucesso a encontrar uma posição confortável para adormecer. As palavras que Lucca me dirigiu repetiam-se incansavelmente na minha mente. "Posso matar-te e ninguém dar por nada." O olhar de ódio puro na sua expressão ficou marcado nas minha memórias.
Na manhã seguinte decidi tentar esquecer aquilo tudo. Realizei algumas tarefas diárias enquanto Noah estava a trabalhar. Reparei que tinha de ir às compras. O supermercado ficava a cerca de 200 metros do meu apartamento.
Saíde casa e comecei a caminhar em direção da loja. Comecei a sentir que estava a ser perseguida porém quando olhava para trás não via ninguém. Continuei a andar e cada vez mais senti que estava a ser observada e seguida por alguém.
Tentei ter calma talvez fosse só uma paranoia qualquer. Quando entrei no supermercado expirei de alívio. Fiz as minhas compras e sai do supermercado para ir para minha casa. Comecei a andar e de repente sinto uma mão na minha boca e perdi os sentidos.
Acordei sentada numa cadeira e amarrada, a minha visão estava atordoada e não conseguia ver as coisas muito bem. Com o tempo a minha visão começou a melhorar e notei a presença de dois homens sentados à minha frente. Fitavam-me mas não diziam uma única palavra.
Depois de algum tempo começaram a falar uma outra língua, talvez espanhol ou até italiano mas eu não percebi nada. Os dois dialogavam até que um deles saiu. Minutos depois o homem que saiu voltou mas desta vez um outro homem entrou também. Ele era lindo. Não havia outra palavra para o definir a sua aparência física sem ser perfeição.
- Olá minha querida, espero que estes brutamontes não te tenham tratado mal.- o homem falou com um sotaque bastante carregado, parecido ao de Lucca.
- Quem és tu e o que é que eu estou a fazer aqui?- olhei-o com raiva e com o maxilar travado disse as palavras com fúria.
- Tem calma meu amor! Não preciso tanta agressividade. O meu nome é Lorenzo Santoro e estás aqui por pura vingança.- o homem rodeava-me dizendo as palavras com uma calma agonizante.
- Mas eu não te fiz nada! Eu não faço mal a ninguém!
- Claro que não fizeste nada mas talvez conheças alguém chamado Lucca Moratti, bem podemos dizer que ele me arruinou a vida e eu quero vingança. E é aqui que tu entras, sinceramente estava a ver que aquele homem nunca mais arranjava uma namorada, eu não o posso atacar diretamente estás a perceber? Ele tem poder a mais para eu lhe fazer isso por isso vou atacá-lo usando a namoradinha.- naquele momento as nossas caras estavam quase coladas enquanto ele me olhava com um sorriso psicótico.
- Por favor, eu não quero ter nada a ver com esse homem só quero distância!- comecei a chorar desesperadamente com medo do que me iria acontecer.
- Não me digas que ele já te ameaçou? Bem! Ele realmente não brinca em serviço.- ele soltou uma gargalhada que me fez estremecer de medo.- Mas para ele chegar ao ponto de conversar com uma mulher em público tu deves significar alguma coisa para ele.
- Por favor não me faças mal eu não fiz nada de errado só conversei com ele naquela estúpida festa.- proferi as palavras com raiva de mim mesma. Ele olhou-me e saiu da sala deixando-me sozinha naquela sala macabra. Adormeci depois de alguns minutos.
Algumas horas depois...
Acordei rapidamente quando ouvi a porta a ser aberta e era aquele homem outra vez. Desta vez trazia um copo de água na mão e no outro trazia uma câmera.
Ele colocou o copo na minha boca e eu bebi com uma certa necessidade a água que ali estava.
- Bem que tal gravarmos um pequeno vídeo para mandar para o Lucca e mostrar o quanto nos estamos a divertir.- enquanto dizia isso o mesmo rodeava-me com a câmera apontada para mim.
- Para por favor!- eu comecei a chorar desesperada.
- Isso minha querida chora mais! Ele vai adorar ver isto.- ele olhava para mim com um certo entusiasmo que me repugnava. Assim que ele se aproximou mais de mim cuspi-lhe na cara com nojo. O olhar dele passou de entusiasmo para um de raiva numa fração de segundo. Vi-o tirar o seu cinto e o meu corpo estremeceu.
Pousou a câmera em cima de uma caixa virada para mim. Chegou-se perto de mim, desatou-me da cadeira e virou-me. Senti uma ardência extremamente forte na minha coxa esquerda e gritei por causa da dor. Aquilo durou pelo que pareceu horas, senti-o a largar-me, eu chorava silenciosamente.
Toda a parte de trás do meu corpo ardia com dores. Ele apenas me abandonou ali no chão a gemer com dores desejando estar morta para não sofrer aquilo.
Não consegui adormecer mais, depois de algum tempo a porta foi aberta por um dos homens que estava a falar italiano e ele trazia algo nas mãos. Um tabuleiro com comida.
Eu olhei para ele com os olhos cheios de lágrimas e notou-se no olhar dele que ele sentiu pena de mim.
- Por favor eu imploro-lhe ajude-me a sair daqui por favor!- assim que soltei as palavras comecei a chorar de novo. Ele apenas pousou o tabuleiro e levantou-me, deitou-me de barriga para baixo num velho colchão que se encontrava no chão daquela sala e do tabuleiro pegou num pano que continha um líquido qualquer.
Com gentileza ele levantou-me o vestido e começou a passar devagar o pano sobre as feridas em carne viva que tinha nas coxas. Gritei assim que percebi que a substância que estava no pano fazia as feridas arderem ainda mais. Álcool.
Depois de alguns minutos de sofrimento ele fez um curativo nas feridas e saiu da sala. Sozinha, novamente.
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Um tal Mafioso • I.S •
Teen Fiction"Tudo nele era errado, até a maneira como olhava para mim, mas talvez era por essa razão que ele parecia mais do que certo" Yasmin vive uma vida normal até se cruzar com Lucca, um mafioso de olhos tão azuis que era possível afogar neles. Lucca, dono...