5* He is dangerous

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⚠ Aviso ⚠ Cenas de violência explícita, se for um leitor sensível aconselho a tentarem não lerem os pormenores.

Pov. Yasmin

Enquanto via o homem que me ameaçou a sair apressado daquela sala não conseguia parar de tremer. Será que ele realmente era tão poderoso assim?

Saí sem me despedir de ninguém. Não fui buscar o meu carro. Comecei a vaguear pela cidade, apesar de Los Angeles ser uma cidade bastante movimentada, não se encontrava ninguém nem nenhum carro naquele sítio. Vi um pequeno parque e decidi subir para o escorrega que se encontrava lá. Sentei-me no topo e permiti-me chorar.

Ele era perigoso. Ele avisou-me e eu não prestei atenção naquilo que ele me disse. Peguei no meu telemóvel e marquei o número da pessoa que eu tinha a certeza que iria aparecer. Depois de alguns minutos Noah apareceu em cima do escorra e sentou-se à minha beira. Eu abracei-o e chorei mais alto.

- Ele ameaçou-me Noah! Ele disse que me matava só porque não acreditei nele... Ele é periogoso Noah, muito perigoso.- enquanto as palavras saiam desesperadas pela minha boca ele fazia carinho no meu cabelo tentando acalmar-me.

- Anda vamos para casa já está na hora. Precisas de descansar.- Noah ofereceu-me a sua mão depois de se levantar para que me ajudasse e eu aceitei a sua ajuda e saímos os dois dali de cima. Ele levou-me até ao meu carro e fui a conduzir calmamente até ao meu apartamento. Enquanto ouvi-a uma música triste (coloquem a música da mídia). Os momentos desta noite passaram-me pela cabeça.

Lucca parecia uma boa pessoa, talvez só me disse aquilo por estar magoado. Talvez o que o irmão lhe fez é mais grave do que aquilo que eu penso. Ou talvez seja mesmo mau, cruel. Eu pensava nisto enquanto estava deitada na minha cama a olhar para o teto.

Passei a noite em claro, rolava na cama mas sem sucesso a encontrar uma posição confortável para adormecer. As palavras que Lucca me dirigiu repetiam-se incansavelmente na minha mente. "Posso matar-te e ninguém dar por nada." O olhar de ódio puro na sua expressão ficou marcado nas minha memórias.

Na manhã seguinte decidi tentar esquecer aquilo tudo. Realizei algumas tarefas diárias enquanto Noah estava a trabalhar. Reparei que tinha de ir às compras. O supermercado ficava a cerca de 200 metros do meu apartamento.

Saíde casa e comecei a caminhar em direção da loja. Comecei a sentir que estava a ser perseguida porém quando olhava para trás não via ninguém. Continuei a andar e cada vez mais senti que estava a ser observada e seguida por alguém.

Tentei ter calma talvez fosse só uma paranoia qualquer. Quando entrei no supermercado expirei de alívio. Fiz as minhas compras e sai do supermercado para ir para minha casa. Comecei a andar e de repente sinto uma mão na minha boca e perdi os sentidos.

Acordei sentada numa cadeira e amarrada, a minha visão estava atordoada e não conseguia ver as coisas muito bem. Com o tempo a minha visão começou a melhorar e notei a presença de dois homens sentados à minha frente. Fitavam-me mas não diziam uma única palavra.

Depois de algum tempo começaram a falar uma outra língua, talvez espanhol ou até italiano mas eu não percebi nada. Os dois dialogavam até que um deles saiu. Minutos depois o homem que saiu voltou mas desta vez um outro homem entrou também. Ele era lindo. Não havia outra palavra para o definir a sua aparência física sem ser perfeição.

- Olá minha querida, espero que estes brutamontes não te tenham tratado mal.- o homem falou com um sotaque bastante carregado, parecido ao de Lucca.

- Quem és tu e o que é que eu estou a fazer aqui?- olhei-o com raiva e com o maxilar travado disse as palavras com fúria.

- Tem calma meu amor! Não preciso tanta agressividade. O meu nome é Lorenzo Santoro e estás aqui por pura vingança.- o homem rodeava-me dizendo as palavras com uma calma agonizante.

- Mas eu não te fiz nada! Eu não faço mal a ninguém!

- Claro que não fizeste nada mas talvez conheças alguém chamado Lucca Moratti, bem podemos dizer que ele me arruinou a vida e eu quero vingança. E é aqui que tu entras, sinceramente estava a ver que aquele homem nunca mais arranjava uma namorada, eu não o posso atacar diretamente estás a perceber? Ele tem poder a mais para eu lhe fazer isso por isso vou atacá-lo usando a namoradinha.- naquele momento as nossas caras estavam quase coladas enquanto ele me olhava com um sorriso psicótico.

- Por favor, eu não quero ter nada a ver com esse homem só quero distância!- comecei a chorar desesperadamente com medo do que me iria acontecer.

- Não me digas que ele já te ameaçou? Bem! Ele realmente não brinca em serviço.- ele soltou uma gargalhada que me fez estremecer de medo.- Mas para ele chegar ao ponto de conversar com uma mulher em público tu deves significar alguma coisa para ele.

- Por favor não me faças mal eu não fiz nada de errado só conversei com ele naquela estúpida festa.- proferi as palavras com raiva de mim mesma. Ele olhou-me e saiu da sala deixando-me sozinha naquela sala macabra. Adormeci depois de alguns minutos.

Algumas horas depois...

Acordei rapidamente quando ouvi a porta a ser aberta e era aquele homem outra vez. Desta vez trazia um copo de água na mão e no outro trazia uma câmera.

Ele colocou o copo na minha boca e eu bebi com uma certa necessidade a água que ali estava.

- Bem que tal gravarmos um pequeno vídeo para mandar para o Lucca e mostrar o quanto nos estamos a divertir.- enquanto dizia isso o mesmo rodeava-me com a câmera apontada para mim.

- Para por favor!- eu comecei a chorar desesperada.

- Isso minha querida chora mais! Ele vai adorar ver isto.- ele olhava para mim com um certo entusiasmo que me repugnava. Assim que ele se aproximou mais de mim cuspi-lhe na cara com nojo. O olhar dele passou de entusiasmo para um de raiva numa fração de segundo. Vi-o tirar o seu cinto e o meu corpo estremeceu.

Pousou a câmera em cima de uma caixa virada para mim. Chegou-se perto de mim, desatou-me da cadeira  e virou-me. Senti uma ardência extremamente forte na minha coxa esquerda e gritei por causa da dor. Aquilo durou pelo que pareceu horas, senti-o a largar-me, eu chorava silenciosamente.

Toda a parte de trás do meu corpo ardia com dores. Ele apenas me abandonou ali no chão a gemer com dores desejando estar morta para não sofrer aquilo.

Não consegui adormecer mais, depois de algum tempo a porta foi aberta por um dos homens que estava a falar italiano e ele trazia algo nas mãos. Um tabuleiro com comida.

Eu olhei para ele com os olhos cheios de lágrimas e notou-se no olhar dele que ele sentiu pena de mim.

- Por favor eu imploro-lhe ajude-me a sair daqui por favor!- assim que soltei as palavras comecei a chorar de novo. Ele apenas pousou o tabuleiro e levantou-me, deitou-me de barriga para baixo num velho colchão que se encontrava no chão daquela sala e do tabuleiro pegou num pano que continha um líquido qualquer.

Com gentileza ele levantou-me o vestido e começou a passar devagar o pano sobre as feridas em carne viva que tinha nas coxas. Gritei assim que percebi que a substância que estava no pano fazia as feridas arderem ainda mais. Álcool.

Depois de alguns minutos de sofrimento ele fez um curativo nas feridas e saiu da sala. Sozinha, novamente.

Um tal Mafioso • I.S •Where stories live. Discover now