Bucky Barnes - First Date

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Após dar todos os pontos, ausculto os batimentos cardíacos de Bucky, que estavam se estabilizando.

- Você estancou a ferida antes de vir para cá? - Me refiro ao quase curativo que ele tinha na barriga, antes da minha 'cirurgia'.

- Eu sou um herói de guerra... Acha que eu não sei os precedimentos? - riu fraco.

- Ha ha ha - rio falso - Você poderia ter morrido aqui! Era para ter ido ao hospital - retiro minhas luvas cheia de sangue.

- O importante é que deu tudo certo - Com dificuldade, ele senta - Você me deve uma camisa.

- E você me deve um coração novo - meu coração ainda estava disparado.

Nós dois rimos.

- Por que você foi comprar vinho se a gente ia sair para comer?

- Eu queria chamar você para jantar em casa - ele fica envergonhado.

- Você ia cozinhar para mim, soldado? - rio.

Bucky era um péssimo cozinheiro.

- Sim... - ele senta no sofá, tirando o resto de camisa.

- Deixa eu ir buscar outra camisa para você - levanto.

Bucky segura meu braço.

- NÃO! - ele quase grita - Eu vou - tenta se levantar, mas sente dor.

- Você não vai a lugar algum, precisa repousar - ajudei ele a deitar no sofá.

Vou até seu apartamento. Ao abrir a porta vejo sua cozinha toda desarrumada, com cenouras, batatas e outras comidas espelhadas pelo balcão. A mesa estava arrumada de um jeito muito lindo, com uma toalha branca, dois pratos e duas taças, os talheres, um vazo com rosas vermelhas no centro e velas.

Tudo isso para mim?

Vou até o seu quarto, pego uma blusa preta no guarda roupa e fico tentando entender se tudo aquilo era para mim. Nós já jantamos milhares de vezes juntos, mas nenhuma vez foi tão chique assim.

Volto para o meu apartamento e encontro Bucky com uma almofada na cara.

- Sua camiseta, soldado - tiro a almofada do seu rosto.

- Eu sou um idiota! - ele solta em russo.

Eu falo agora ou depois que meu russo está evoluído?

- Por que? - pergunto em russo também.

Assim que ele passa a cabeça pela camisa, vejo seu olhar assustado.

- O que você planejou para hoje? - voltei a falar nosso idioma - Estava tudo muito arrumado...

Barnes ficou com as bochechas vermelhas.

- Não ia ser um jantar... Era mais um... Um...

- Encontro? - concluo por ele.

O homem em minha frente desvia o olhar para o chão.

Ok. O homem mais lindo do mundo ia me chamar para um encontro. Eu não estou tendo um ataque interno nesse momento.

- Mas eu estraguei tudo - seu tom era triste.

- Você ia estragar tudo com a sua comida - dou de ombros, rindo em seguida.

Meu amigo não achou nada engraçado.

- Qual é Bucky, foi só uma piada - bati de leve em seu ombro.

Em um movimento rápido, Barnes segura meus braços e me puxa para ele, fazendo com que eu me sentasse em seu colo. Sua cara ainda transbordava raiva.

- Será que você não entendeu ainda, Betsy? Eu gosto de você! E suas piadinhas não ajudam em nada.

Silêncio. De ambas as partes. Eu não acreditava no que eu havia ouvido e Bucky parecia não acreditar no que havia falado.

Gradativamente ele foi soltando os meus braços.

- Me desculpa por iss... - não deixo ele terminar de falar.

Dou um selinho demorado no homem em minha frete, que faz todos os meus pelos se arrepiarem.

Nos separamos e eu pude ver que ele estava ainda mais assustado do que eu. Queria muito rir da sua cara de desacreditado, mas me contive.

Bucky tira uma mecha de cabelo do meu rosto e coloca atrás da minha orelha. Depois, segura o meu rosto com seu braço humano e junta nossos lábios, iniciando um beijo de verdade.

Aquele era o melhor momento da minha vida. Bucky beijava muito bem para quem ficou 100 anos sem fazer isso.

- Nossa - sopro quando nos separamos.

- O que? Foi ruim? - ele fica preocupado.

- Foi Bucky, foi péssimo - falo irônica e puxo o homem para mais um beijo.

Levo minhas mãos até o seus ombros, apertando de leve. Barnes aperta a minha cintura com a sua mão metálica, o que me faz arfar, devido a temperatura fria.

As coisas começam a esquentar, mas quando vou retirar sua blusa acabo batendo a mão em seu machucado, o que faz Bucky se contorcer de dor.

- Me desculpa! - exclamo.

- Tudo bem, é um sinal para a gente ir mais devagar - ele fala rindo.

- Eu tive uma ideia! Vem! - puxo Bucky pelo braço de metal.

Levo ele até seu apartamento.

- Senta aqui - aponto a cadeira da mesa arrumada - Vou fazer esse 'encontro' acontecer.

One-Shots {Marvel} [PARADA]Where stories live. Discover now