Capítulo 17 - A armadilha

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Aproveitando a entrada do guarda fugi da tenda de Hassan e fui para a minha. Esperava o sinal para voltar ao cavalo e continuar a viagem. Os guardas preparavam tudo para a nossa partida para Teerã. E só uma hora mais tarde é que fui chamada para subir para o cavalo e seguir viagem. Seguimos rumo a Teerã e durante meio dia atravessamos o Monte Damavand. Depois de andarmos mais duas horas chegamos a um local muito íngreme. Olhei para baixo e vi-me numa altura extrema. Cavalguei até perto de Hassan.

- Por onde passaremos?

- Por ali.-apontou para um caminho pela pedra que parecia perigoso

- É seguro?

Ele riu e continuou a cavalgar. Descemos com cuidado pelo caminho. Tudo estava a correr bem até que sentimos um tremor de terra que assustou os animais. Pedras rolavam do desfiladeiro.

- Depressa é uma armadilha teremos de nos apressar!-gritou Hassan para os homens

Descemos rapidamente o desfiladeiro. As pedras fizeram com que alguns homens fossem esmagados e caíssem daquela altura extrema. No final do desfiladeiro Hassan procurava algo no cimo do desfiladeiro. Uma nuvem de areia atingiu-nos e prendeu-nos no sítio. Tapei os meus olhos e fiquei quieta em cima do cavalo. Comecei a ouvir gritos de guerra e destapei os meus olhos a nuvem de areia tinha desvanecido.

Vi homens a lutarem com os guardas e com Hassan

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Vi homens a lutarem com os guardas e com Hassan. Vi cair vários homens e cavalos no chão. Peguei numa espada caso fosse preciso defender-me. A batalha continuou por alguns minutos. Os ladrões estavam em minoria e não tinham muitas chances de ganhar. Hassan lutava com bravura com um ladrão que parecia ser o chefe do grupo. Hassan deixou-me ferir por ele.

- Hassan!-gritei preocupada

O chefe dos ladrões ouviu as minhas palavras e sentiu-o sorrir perversamente por baixo do pano. Ele apontou para um homem que me olhou e veio na minha direção.

- Uma mulher? Parece que vai render-me um bom dinheiro no mercado!-disse alto

Comecei a correr a fugir dele. Os poucos homens que restavam ainda lutavam e não viam que eu estava em perigo. Também sendo um homem teria de me defender! Parei de correr e peguei na espada. Enfrentei-o e ele sem nem me dar tempo tirou-lhe a espada. Agarrou-me pela cintura e colocou-me ao seu ombro ficando virada de cabeça para baixo. Bati-lhe nas costas e tentei soltar-me só que este tinha bastante força. Como faria para fugir? Só Hassan me podia ajudar. E provavelmente ele ainda devia estar a lutar com o chefe dos ladrões. Fechei os olhos e desisti. Ouço o grito do meu raptor e sinto-me cair no chão. Olho para cima e vejo Hassan sem o pano e com a cara toda coberta de sangue.

- Está bem? Ele feriu-a?

Levantei-me e beijei-o. Naquele momento não me importei com mais nada. Ele retribuiu e no fim sorriu.

- Não deveria ter gritado por mim quando fui ferido.

- Oh! Mas e a sua ferida!?-desabotoei a sua camisa e curei-lhe a ferida com magia

- Porque não se defendeu com magia?

- Naquela situação momentânea não me lembrei!

- Parece que está sempre a curar-me.

Ele sorriu e eu retribui-lhe com outro sorriso. Os guardas que haviam sobrado verificaram as condições para voltarmos a viajar e prepararam os corpos dos mortos para entregar às famílias. Descobri que até Teerã faltava apenas umas dez horas de viagem. Andamos até ao final do dia. Só quando o sol se pôs é i voltamos a parar. Desta vez paramos pouco tempo para a segurança do futuro califa, visto aquelas terras serem perigosas. Os cavalos estavam cansados assim como os camelos que carregavam todos os tesouros de Hassan. Felizmente não se havia perdido nenhum camelo nem nenhuma riqueza, mas isso só acontecera devido a várias mortes com o intuito de proteger os tesouros de seu soberano. Dei de beber e de comer ao meu cavalo e esperei a partida. Passaram-se umas duas horas e os homens esgotados não aguentaram andar nem mais um minuto preferindo andar mais duas horas na manhã seguinte e chegar ao objetivo da viagem Teerã. Arranjaram tudo para a nossa curta estadia. Entrei na minha tenda e quando percebi que todos os homens estavam a dormir fui até á tenda de Hassan. Entrei e com magia fiz um pijama curto e deitei-me a seu lado. Olhou-me sério.

- Bebeu outra vez?

- Desta vez não.-e aconcheguei-me no seu peito como na noite passada

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