Capítulo 40 - O cisne negro

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Acordei lentamente. Sentia-me observada. Abri um olho para espiar, quem me estaria a ver. Ninguém! Que estranho. Olhei para o lado. Diego ainda dormia. Vi os bandidos, a arrumarem as tendas. Hiram parecia particularmente aborrecido. Será melhor não me meter no seu caminho hoje. Quanto tempo faltaria para chegarmos? Espero que demore! Assim Hassan teria tempo de voltar, antes de eu sei vendida! Nem quero imaginar! Decidi que estava na hora de acordar Diego. Vou pregar-lhe um susto tão grande, que ele se vai arrepender de estar do lado de Kaim.

- Acorda!!!!!-gritei-lhe ao ouvido, tal tal forma que ele saltou com o susto

Ele rolou pela encosta a baixo. Corri atrás dele. Só parou quando bateu noutra pedra.

- Está bem? Está magoado?-questionei, preocupada

- Penso que não. Ei! Qual foi a sua ideia de me acordar dessa forma?! Podia ter-me magoado a sério!!!

Eu tentei esconder o meu sorriso. Mas não deu para evitar, comecei a rir de tal forma, que o vi a ficar mais zangado.

- Acha que tem piada? Eu digo-lhe a piada!-puxou-me uma perna e eu caí a seu lado

Bati em cheio com a cara na areia. Diego começou a rir-se da minha cara. Eu como vingança, peguei numa mão cheia de areia. Só que antes de eu poder lançar-lha, Hiram aparece.

- Deixem-se de brincadeiras e vamos!-agarrou nas minhas correntes e levou-me até ao camelo, ajudei Diego depois a subir

Percorremos quase todo o caminho mais rápido do que da última vez. Até porque Hiram sabia atalhos para chegar ao porto. Estavamos perto, eu conseguia sentir pelo cheiro. Ao longe avistei o mar.

- Chegámos?-questionei a Diego

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- Chegámos?-questionei a Diego

- Sim. Estamos perto da cidade. Falta pouco para chegarmos.

Os cavalos já estavam cansados, assim como os camelos. O ritmo abrandara, contudo à medida que me sentia mais perto do mar, mais estressada ficava. Depois de mais uns minutos a andar, entramos na cidade. Todos pareciam ocupados com o seu dia-a-dia. Ninguém olhava, nem reparava, nos forasteiros que passavam pelas ruas. Descemos dos nossos respectivos animais, e deixamos-os num estábulo da cidade. Continuamos o resto do caminho a pé. Andamos por uma hora até chegar a uma espécie de taberna. "Cisne Negro". A tabuleta assustava um pouco, estava velha e ferrugenta. Entramos facilmente. Hiram abriu um sorriso muito grande quando viu uma mulher morena à entrada.

- Olá Hiram! Trouxeste amigos desta vez?-olhou-me curiosa- E uma mulher? Pensas vendê-la amanhã?

- Sim, Renea. Achas que me vai render algo?-disse olhando-a

- Talvez. Até pode ser que interesse à Madame Noir.

- Explêndido!

- Que tipo de sítio é este?-perguntei baixo a Diego

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