05 - Motivos

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Nas terras altas além pântano lago e qualquer outra coisa como todos sabem, fica o grande monte, e dali adiante uma grande floresta de árvores pequenas, diferente da floresta das árvores gigantes, que era grandiosa em todos os aspectos, pois bem, nessa floresta (além monte) existe uma aldeia, formada por umas pessoinhas bem pequenas, eles vivem à se cobrir com máscaras coloridas e pintar seus corpos com listras vermelhas, amarelas e qualquer outra cor que conseguirem produzir com os pigmentos da floresta. Bem, assim que anoiteceu essas tais pessoinhas prepararam uma grande fogueira e a acenderam, fazendo com que todos prestassem atenção às chamas. Cantaram músicas alegres e dançaram girando ao redor da grande chama sob o céu estrelado. Aquela celebração era comum na primavera, sabe-se lá porque, mas assim acontecia, mas um fato anormal e completamente surpreendente fez com que fosse celebrado tal rito em pleno verão, isso fez com que entender esse povo se tornasse ainda mais difícil. Mas o fato é: O ritual foi celebrado pois, as criaturas assustadoras e que assombravam às pessoinhas, simplesmente desapareceram, puff! A noite caiu e simplesmente não estavam mais lá para persegui-los e devorá-los na escuridão; para escapar estes se enfiavam em buracos em troncos de árvores, espaços entre rochas e cavernas com pequenas entradas (eles davam seu jeito de fechar as entradas) além de simplesmente se enterrarem embaixo de folhas, eram um povo em demasia engraçado.

Recapitulando... O ritual tinha lá seu sentido de pedir algo em troca para o mundo, sim, o mundo se agradava em ver as pessoinhas dançando e pulando ao redor de uma fogata devidamente acesa e crepitante, e acabava sempre por dar algo à estes mesmos, fosse frutos doces e suculentos crescendo nas árvores, seja boa caça ou até mesmo chuva abundante! Sim, então... Era verão, alguns rios afluentes se secavam por todas as partes, deixando pedra e pó em leito seco, mas outros mantinham sua abundância constantemente, não sendo necessária muita chuva nesta estação.

Mas ao ver tão bela fogueira e frenética dança, o mundo deve de alguma forma ter entendido que queriam chuva e a mandou de uma vez.

Com isso o grande lago, que despejava por um dique de castores parte de sua água no rio comprido ficou tão cheio que a muralha de troncos acabou por se romper, lançando uma onda avassaladora, que seguiu desde alto ao delta do rio, perto do mar.

Claro, às pessoinhas simplesmente não foram afetadas, não tiveram nada além de suas peles lavadas e suas roupinhas e tocas de folha desfeitas, é se bem que pelo seu tamanho diminuto poderiam até mesmo ser levados por um vento se esse viesse em intensidade, não, não, isso seria demais, não são lá tão pequenos assim, tem por volta de meio metro ou coisa parecida, talvez um pouco mais.

Venhamos a concordar, se estes são os reais motivos(mesmo não tendo lógica alguma ) para que uma grande chuva e alagamento tenham acontecido, não dá para se saber, cabe a cada um acreditar ou não, mas faço minha parte contando e passando adiante. Mas tenho a certeza de que uma fogueira foi acesa, e que um povo dançou durante a noite sobre o céu estrelado, sei também que estes eram bastante coloridos, podem ser somente estórias desconexas que tiveram a chance de se ajuntar, e estas tais pessoinhas podem até ter sido o povo ulial. Vai saber...

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Este capítulo foge um pouquinho(muito) da história central, mas quem sabe faça sentido se algum dia houver uma continuação desse livro hehe.

O menino e seu patoWhere stories live. Discover now