Capítulo 5 - either you kill or you are die.

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12 DE DEZEMBRO DE 2023

LOS ANGELES

10 horas e 26 minutos para o fim da purificação anual.

Ponto de vista — Justin Bieber. 

Ali, diante de seu corpo vestido num terno aparentemente caro o qual acompanhava uma mascara ridícula de porco, o garoto alguns centimetros mais alto que eu mantinha o cano de seu fuzil mirado exatamente dentre minhas sobrancelhas. Quando a atenção deste caiu sobre a morena que mal conseguia se manter acordada em meus braços, sua risada fluira no ambiente, como um gás para minha furia eminente, que eu tentava ao máximo controlar por Selena.

Embora minha face permanecesse neutra, por dentro, o medo tomava conta de cada célula minha. Um desespero que crescia ao ver as lágrimas trilhando o rosto redondinho da minha garota, que eu sentia estar tão apavorada quanto eu, ainda mais por estarmos ambos a mercê da morte. Eu sempre soube me virar quando estava cara-a-cara com a encranca, e a morte já agarrou-me pelo pescoço várias vezes, porém eu nunca a temi. E eu ainda não o fazia. O tal medo que me castigava no momento era por Selena, que nem sequer tinha culpa do que estava acontecendo, e que provavelmente estaria cem por cento segura se eu não tivesse sido um fodido egoísta ao invadir a casa dela pensando somente em mim.

Eu não podia deixá-la pagar por mais um vacilo meu.

— E então, parece que temos o vencedor deste pega-pega, não é? — Ousei debochar, pois sabia que não era Trevor por trás da máscara.

E sinceramente, o garoto não parecia muito seguro do que estava fazendo.

— Cale a boca, Bieber. Você não está em condição de fazer piadinhas.

A voz rouca carregada por um sotaque britânico entregara o rapaz na hora. Era Tom, o melhor amigo de Trevor. Um verdadeiro bundão, não puxaria aquele gatilho nem que sua vida dependesse disso.

— Então vamos lá, garotão! Faça o que tem que fazer! — Sorri, incentivando-o num tom claro de sarcasmo.

— Você está tão ferrado — o menino retornara com sua conversa fiada.

Mal sabia como reagir a tamanha pressão. E era exatamente isso que nos tiraria daquela furada.

— Vamos lá, Tom. Faça — arrisquei avansar um passo, o dedo dele tremendo no gatilho.

— Fique parado aí, caralho! — O alto tom de voz o entregara diante de seu desespero.

— Faça! — Repeti.

Ainda mais alto. Mais um passo a frente.

— Eu vou atirar, Justin! Não se aproxime, eu vou atirar!

Os dedos masculino chacoalhando sobre o gatilho.

Ele irá desistir, eu torci.

— Faça! — Gritei, e esta fora a última vez.

O pipoco pegara-me de tal forma que desabei sobre o piso gelado. O corpo em meus braços fora pressionado contre meu peito, enquanto eu escondia minha face sobre seus cabelos negros e apertava os olhos. Momentaneamente, eu achei de fato que daquela vez, eu não havia escapado.

O silêncio me derá esta certeza.

Mas eu ainda a sentia.

Seus pulmões desesperados por oxigênico fazendo seu peito subir e descer desesperadamente. O doce cheiro de baunilha de seus cabelos presenteando minhas narinas. O cheiro dela era uma de minhas coisas favoritas no mundo. E então, eu arrisquei encará-la, e seu rosto gordinho num tom avermelhado enquanto esta se esforçava para esboçar um sorriso foi a minha a certeza de que não fora daquela vez que a morte nos pegou.

12 HOURS - JELENA.Where stories live. Discover now