chapter twelve

678 127 52
                                    

N/a:  I'm here, na notinha inicial. Olah olah. Então, vocês nem sabem, antes eu usava dois hifens no lugar do travessão, e tipo, descobri como usar o travessão no word. Estou happy, talvez isso incomodasse aos que liam (payne) com fontes opostas a serif. But agora tá tudo certo, vamos ao capitulo, apertem os cintos e boa leitura.

Oh, aliás, iniciei um book contendo oneshots, inspirados em fanarts e escritos totalmente por mim. Amo fanarts, precisava enaltecer essas maravilhas. Seria uma honra ter vocês , 🌼

▫🔸▫

Normalmente, Harry não se importava em errar as cores ou ignora-las por completo, não incomodava-se porque não havia necessidades para fazê-lo. Seus pais eram aptos a suas limitações e seus amigos nunca reparavam o suficiente para absorverem vislumbres de imperfeição.

Para ele, no entanto, sua singularidade não era algo exclusivo ou de suma magnitude, ou não era ao menos um ponto seu que necessitasse manter nas sombras. Apenas nunca foi essencial citar, comentar, trazer à tona, entende?

Se ninguém percebia, Harry não seria quem introduziria aquilo a conversa para então, como num passe de mágica, ascender o mesmo sentimento em quem estivesse perto o bastante para ouvi-lo. Iria manisfestar-se a degradante piedade, o sentimento mais depreciativo, mesmo que imerso em boas intenções. Escutar de várias bocas a mesma frase repetitiva de “sinto muito” lançadas em sua direção como uma enxurrada triste e lamuriosa, além de não o fazer sentir melhor – talvez até tivesse efeito inverso, também não acrescentariam benefícios ou pioras em seu quadro clínico e de brinde, ele obviamente receberia um tratamento diferente, brincadeiras restritas, frases pensadas e a conversa não fluiria como tinha que ser. Previsível, contudo. Ele sabia.

De forma um tanto espontânea, seu círculo social findava por não obter pessoas que notariam além/através de seus olhos verdes perfeitos, sem pessoas que permaneceriam em sua companhia ou ligariam o suficiente para que suspeitassem sobre.

Em contraste evidente, ele não guardava consigo ao menos uma razão para reclamar por estar, agora, experimentando a interrogação brilhando em Tomlinson de um modo desigual. Talvez o que resplandecera equivalesse justamente ao encanto de ser notado desta forma, com esta delicadeza.

Tudo soava tão inédito, original e desconhecido, a todo momento.

Louis girava em torno de cores, comentava sobre elas, era parte de si, de seu jeito e manias, incluindo-as até para realizar simples pedidos, coisas como: “pegue aquela almofada verde.” ou “pode usar a colher marrom.”, Harry sabia que era involuntário de sua parte, mas isso apenas o fez perceber que seus pais haviam lhe criado em um padrão específico e costumeiro, definir coisas por meio de formas, posições, nomes e tonalidades, ignorando cores paralelas a branco e preto, utilizando estritamente as que os olhos de Harry continham eficácia para distinguir, por exemplo: “sua camisa branca está na gaveta de baixo.” ou “use a frigideira maior, a escura, é aquela que eu guardei no primeiro armário da direita.”

Seus pais não reclamavam ou estranhavam quando o rapaz chamava verde de cinza, azul-escuro de preto ou, às vezes, amarelo claríssimo de branco. Eles acostumaram-se. Inclusive, para o pequeno Harry, logo que perdeu este dom de seus olhos, ele referia-se a tudo como sendo cinza, bem, ninguém poderia o culpar, era tudo o que conseguia ver e ele era criança demais para notar quão grande o problema era na realidade, e então, eventualmente, Harry acostumou-se também.

Por obra do destino, surgiu Louis lhe lembrando a vivacidade de tons, em contrapartida a seus pais, que o familiarizaram sem eles.

Além do que, Louis se importava com o que suas palavras delineavam para fora de sua mente perspicaz, prestava atenção, a prova mais clara disso poderia ser que, em pouco tempo, ele já tinha conhecimento sobre Harry carregar algo peculiar, particular e incomum.

Cinquenta tons de Cinza (l.s)Where stories live. Discover now