Capítulo 8

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Sofia viu a longa fila de carros e suspeitou que não se ia divertir.

— Não quero entrar, Cat — declarou, alimentando a esperança parva de que a sua amiga tivesse pena dela e a levasse de volta para casa. Sentia-se embaraçada e e incômoda com seu vestido de festa, os pés comecavam a doer-lhe dentro dos sapatos altos e, por mais que Cat a visse bonita, ela sentia-se um palhaço com demasiada maquiagem.

— Não sejas parva. — Foi a resposta de Catarina, que estacionou o carro e inclinou-se para agarrar a mala. — Já te disse centenas de vezes que não pode fechar-te em casa e fazer de conta que o mundo não existe.
Tinha razão, como sempre, Sofia sabia disso muito bem, mas não se sentiu melhor por isso. Viu um grupo entrar na casa iluminada, as suas silhuetas recortando-se contra a luz do vestíbulo, os fatos elegantes, as joias brilhantes e os penteados elaborados. Houve muitos beijos, risos que pareciam tinir na noite, conversas fáceis, superficiais e excitadas. Todos pareciam convencer-se e partilhar os mesmos gostos. Ao fundo ouvia-se música, uma orquestra ao vivo, o som invadia a paz fria da noite. As árvores tinham sido decoradas com centenas de luzes brancas.
    Tudo convidava a festa, mas Sofia não sentia-se festiva. Desejava estar em casa, deitada no sofá, com a Jade meio aborrecida sobre ela e a ler um livro, sem deixar de ver vagamente a televisão.

— Então? — inquiriu Cat, com a mão na porta. — Estás pronta?

— Que remédio — replicou Sofia, decidida a despachar aquilo o quanto antes.
   A mãe de Anabela estava à espera na porta, uma mulher gorducha e pequena, incongruentemente vestida com um caríssimo vestido azul eléctrico com tule. Abraçou Catarina, a quem conhecia desde criança, e virou-se com um sorriso para Sofia.

— Que alegria que tanhas vindo, Sofia— disse, carinhosamente. — Quase nunca te vemos.

   Na realidade, Sofia via muitas vezes a Sheila Simpson na povoação e nos actos de caridade que organizava, mas era outro ambiente.

— Obrigada, senhora Simpson — declarou, e inclinou-se para a beijar na face. — Como está o seu marido?

— Está a recuperar, querida  —  a mulher fê-las entrar, conversando sobre a doença de Charles, que acabava de se recuperar de um ataque cardíaco.  —  Claro que desta terá que mudar de vida.

    Os olhos da mulher não perdiam de vista os seus convidados enquanto falava, uma massa humana que se movimentava entre as salas, deambulando com copos nas mãos. Sofia identificou os jovens londrinos amigos de Anabela. Alguns rostos eram familiares da época em que Anabela costumava trazer seu amigos para a povoação durante as férias da universidade.

— Queridas, tenho de vos deixar  — a anfitriã deu uma palmadinha na mão de Sofia, como se faz para dar ânimo a um inválido e acrescentou: — vão arranjar-se sozinhas, não vão?

— Claro, senhora Simpson. — Replicou Cat, que tinha seus olhos a brilhar.

— Anabela deve estar por aí... — a senhora Simpson fez um gesto vago com as mãos, mas a sua atenção dirigia-se para um grupo de recém-chegados.

    Cat arrastou Sofia para dentro da sala depois de passar de u vestiário, que era tão grande que poderia albergar um exército.

— Muito bem, vamos ver quem veio.

    Sofia anuiu, dado que já que ali estava era ridículo fugir. Quando viu um empregado com uma bandeja de taças de champanhe, agarrou numa e bebeu rapidamente, para ver se se descontraia para circular com Cat sem parecer idiota. Quando chegaram ao pé de Anabela, Carolina e seus amigos, sentia-se bastante animada para suportar as conbersas frívolas sem sobressaltos.
    Olhava por cima das outras mulheres do grupo, algo que previra ao calçar sapatos de salto alto, mas depois de quatro taças de champanhe, isso deixou de a preocupar. Um dos homens, um louro com óculos e de cabelo cumprido, parecia, como reconheceu com um inesperado prazer, algo mais interessado por algo que ela dizia.

— Porque é que Anabela te tem tido escondida por tanto tempo? — declarou, sem parar de a observar.

— Porque, John, querido — interveio Anabela, interrompendo uma história que estava a contar aos outros. — ... Sofia esconde-se como uma pequena ostra.

— Que rasgo tão adorável — comentou john, com o seu culto tom e snobe. — Gosto muito de Ostras — o que levou a uma conversa absurda sobre os gostos masculinos. Pouco depois Cat e Sofia afastaram-se do grupo. Cumprimentaram os outros convidados, todos eles dispostos a divertir-se.
   O jantar foi servido tarde. Havia uma enorme mesa de manjares com flores e frutas entre os copos de cristal brilhante.
    Naquela altura, já o álcool fizera efeito em muitos. As vozes eram mais altas que o normal, risos excessivos, os gestos mais íntimos. Cat desaparecera na direcção a orquestra e Sofia, depois de se servir de um prato de comida, foi procurá-la.
   Apoiou-se numa parede e observou as pessoas a dançarem com animação enquanto ela tentava comer sem que o copo caísse. De repente, uma voz aguda ao seu lado declarou:

— Perguntava-me se virias.

    Sofia sentiu-se apreensiva e virou-se para cumprimentar o Gregory Wallace. Felizmente, não continuara a beber e estava mais ou menos sóbria.

— Oh, és tu.

  Vestia um fato formal como os outros homens na sala, mas por algum motivo, nele parecia mais elegante. Trazia uma taça de champanhe na mão e olhava longamente para ela, a sorrir.

— Por favor — pediu, a ouvi-la. — Não mostres tanta alegria por me ver.

     Sofia não lhe seguiu a brincadeira. Tinha namoriscado com uma série de homens que conhecera naquela noite, mas seu instinto dizia-lhe que não deveria namoriscar com aquele. Levou um pedaço de salmão a boca.

— Não te tinha visto. — Declarou, quando acabou e pousou o seu prato numa bandeja que trazia uma empregada. Bebeu um gole de champanhe e olhou para ele.

— E tinhas muita pena?

— Pois, mesmo que te surpreenda, não.

      O homem voltou a rir, claramente de bom humor.

— Vamos para um lugar mais calmo? — Inclinou-se para ela, para se fazer ouvir sobre o barrulho da música.
























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O Atraente Milionário Where stories live. Discover now