capítulo 4

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Quatro dias 4 dias mais tarde, Sofia decidiu ver com os próprios olhos o que estava acontecendo na mansão Ashdown.
Não parava de ouvir comentários sobre a remodelação da velha casa e disse para si que a curiosidade a obrigava a verificar os rumores. Por outro lado, tinha um dia livre, Jade estava na escola embora estivesse frio o dia era de sol com era de sol e, convidava a passear.
   O Gregory Wallace estava estava em Londres, segundo as informações de Cat, que parecia estar a par da sua vida íntima melhor do que a sua própria secretária, o que não era de estranhar Ashdown, onde a intimidade era inexistente e a vida Secreta, uma ilusão.
  Depois de deixar Jade na creche, voltou para a sua casa e tirou a bicicleta da garagem. Agasalhou-se e dirigiu-se Alegremente para a mansão.
    O local não estava afastado da povoação, mas situava-se numa paisagem pitoresca no cimo de uma colina que dominava os campos adjacentes, oferecendo uma bela vista do conjunto.
   Na sua época tinha sido um lugar mais importante da povoação. Ângela Frank tem namorado lá com seu marido e o seu filho. Belas personagens tinham desfilado por aqueles jardins a beber champanhe e vestidos a última moda. Tinham organizado partidas de croquet e festas que duravam até ao amanhecer. À Sofia, as histórias tinha chegado a segunda ou terceira mão, pelo qual não lhes dava demasiada credibilidade.
   A única coisa que sabia com certeza era que no dia em que o marido e filho de Ângela Frank tinham morrido no acidente de viação, a sua vida social de Ashdown parara dramaticamente. Aquilo aconteceram há 30 anos atrás até ao dia em que decidira vender a propriedade, Ângela tinha morado sozinha rodeada pelas suas lembranças, com a casa semi-abandonada e cada vez mais triste e decadente.
«Até agora» pensou Sofia pedalando pela estrada da Colina. O vento enrolação o seu cabelo e a jovem sabia que demoraria horas a pentea-lo. Até o cavaleiro andante, Gregory Wallace, se dignara a aparecer na povoação e despertara a bela casa adormecida para a vida. Agora dispunha-se a tornar-se no dono e amo da povoação.     Perante aquela ideia, franziu a testa instintivamente com o gesto de censura até chegar à casa pela parte traseira, deixando atrás dela os vastos campos que a rodeavam.
  Ouviu barulhos de obras, mas em vez de se dirigir diretamente à parte da frente da casa, deixou a bicicleta na relva e continuou a pé. Passeou pela fachada traseira, olhando pelas janelas abertas e verificando que, efetivamente, as coisas estavam a mudar.            Não podia ser outra maneira, com um homem rico e especialista em construção. Provavelmente bastava-lhe bater palmas para ter a melhor equipe de operários a cumprir os seus desejos. Porque a verdade é que ele era o dono.
   O homem portava-se como se fosse a encarnação da sedução e do encanto, mas ela sabia que aquela imagem era para esconder a determinação egoísta dos oportunistas por nascimento. Podia ser divertido e agradável com o mundo exterior, mas quando fechava as portas e tirava a máscara, não era mais do que um homem capaz de pisar os outros para permanecer no topo.
  Abraçou-se repentinamente e olhou pela janela de uma sala aonde os homens trabalhavam com eficácia. Estavam colocar papel na parede e os rolos de papel pintado descansavam num canto do quarto. Ela tentou ver o desenho, mas não conseguiu.   Catarina não lhe mentira ao dizer que o lugar estava a sofrer uma revolução. Evitou um canteiro de flores por debaixo de uma janela e apoiou-se no marco da seguinte janela, olhando para o seu interior, quando uma voz soou nas suas costas.
___Estás a divertir-te?
  A surpresa de ser descoberta quando pensava estar sozinha quase a fez cair sobre sobre as flores mas conseguiu virar-se com dignidade e enfrentar o próprio Gregory Wallace, que olhava para ela com um gesto divertido.
___ O que é que está a fazer aqui?___ Sofia fez a pergunta incoerentemente, enquanto se ruborizava profundamente por ter sido apanhada a fazer algo que nunca faria em circunstâncias normais, espiar um vizinho. ___O que é que estou a fazer aqui?___ o homem refletiu intensamente e depois declarou: ___ Oh! Já me lembro, eu moro aqui!
  Uma rabanada de vento fez com que o cabelo de Sofia lhe tapasse o rosto e ela retirou-o com fúria, enquanto respondia-lhe:
___ Disseram-me que estava em Londres.
___ Não se pode confiar nas coscuvilhices, não é?___ olhou com uma compaixão fingida, enquanto o rosto de Sofia se tornava vermelho. ___ Tinha de ficar em Londres até amanhã, mas tive de voltar para ver como ia a obra.
    Sofia conseguiu observar que vestia um fato cinzento por debaixo do casaco e a sua vestimenta urbana parecia aumentar a sua estatura, tornando-o mais impressionante.
___ Desculpe-me por ter entrado na sua propriedade. ___ desculpou-se Sofia, com rigidez, e procurou com o olhar a sua bicicleta.
___ Mas estava a passar por aqui, não é?
___ Não.
___ Então quer dizer que veio principalmente para ver o que estava a acontecer?
___ Sim ___ agora que não se mexia sentia mais frio que no início. Estava gelada.
___ Não ví nenhum carro na entrada.
___ Vim de bicicleta. ___ fez um gesto na direcção de onde deixara a bicicleta e reprimiu o desejo de correr para ela.
___ Está frio ___ o homem olhou à sua volta, divertido. O vento obedeceu à sua indireta e uma rabanada mais violenta abanou as árvores.___ Porque é que não entramos em casa? Posso mostrar-te o que estamos a fazer com mais pormenores e assim satifazer a tua curiosidade.
___ Não tenho assim tanta curiosidade, obrigada.
___ Oh, meu deus, mas o que é que tens?
___ Não tenho nada e faz demasiado frio para discutir, se me permitir  vou-me embora...
___ Não sejas parva ___ contou,  com impaciência. ___ Todos sentem curiosidade pelas reformas e é o mais natural do mundo. Se não o conheces é porque és hipócrita.

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