23 💚 Surpresa!

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— Posso falar com o Adrian? — Claro! — Júlia diz, soltando de seu abraço

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— Posso falar com o Adrian?
— Claro! — Júlia diz, soltando de seu abraço. — Estou indo, vou deixar vocês conversarem.

Se despediu e saiu em seguida. A mãe de Alana também se retirou, finalmente entendendo que a filha precisava daquele momento.

— Não se preocupa, linda…  — disse Adrian, pegando a mão da garota. — Estou do seu lado.
— Preciso te contar a verdade, Adrian. Não posso mais te enganar, você não merece isso.
— Do que está falando?

Ela olhou em seus olhos, a imensidão azul daqueles olhos que Adrian tanto amava.

— Você merece alguém que te valorize e ame de verdade — disse.
— Claro que sim! E sei que você me ama, não ama?

Alana parou e respirou fundo, só para depois voltar a encará-lo.
— Não, Adrian. Eu não te amo.
— O que disse?
— Adrian, eu…
— Você está me dizendo que está comigo por nada? Não estou te entendendo!
— Adrian, só estou te enganando, eu não te amo, mas gosto muito de você e...
— Você só pode estar brincando! Não diz isso, por favor! Não brinca assim comigo.
— Só fiquei com você porque me trazia conforto, ficava do meu lado! — continuou. — E quando o Paulo terminou comigo, você foi o único que encontrei que me apoiasse e…
— Eu não acredito nisso, Alana! — O garoto gritou. — Eu só queria te fazer feliz e você me iludi desse jeito? Isso só pode ser brincadeira!
— Adrian, eu só estou te dizendo isso porque gosto de você! Quero te ver feliz, não quero mais mentir.

O garoto chegou mais perto e a encarou, profundamente.
— Se quisesse me ver feliz, você teria me dito a verdade desde o início. — Falou. — Não teria agido como uma menina mimada e egoísta, que é o que você é.
— Adrian!
— Vai dizer que estou errado?
— Não! Você não está, satisfeito? Eu sou assim, mas quero mudar! Quero ter o seu perdão e provar que ainda podemos ser amigos.
— Desculpe, mas não quero sua amizade — disse, andando até a porta. — Eu posso até estudar na mesma escola que você, mas por favor, não dirija mais a palavra a mim.

Com isso, o garoto a deixou ali, sozinha. Alana não chorou, sentiu-se aliviada de lhe contar a verdade. Ela precisava mudar e esse era o primeiro passo.

Adrian andava à passos firmes para casa, estava nervoso, com raiva, sentindo-se um completo idiota porém também disposto a fazer tudo para que seu jantar com Daniela fosse o mais agradável possível. Quando adentrou a porta, encontrou as luzes apagadas e presumiu que não estivesse em casa, então tirou os sapatos e deitou no sofá, precisava chorar e descarregar tudo aquilo que sentia. Foi quando escutou gemidos vindo da cozinha e saiu do sofá em um pulo.

Caminhou em direção aos gemidos e viu a cena que acabara de vez com seu dia: a mãe caída no chão enquanto balbuciava alguma coisa, com uma garrafa de bebida em mãos. Ao seu lado, uma faca. Seu corpo gelou. Sua mão sangrava muito, havia um corte profundo que fez seu coração acelerar. Discou os números da SAMU rapidamente no celular e correu para tentar estancar o sangue que escorria pelo chão.

Daniela fora levada ao hospital e pegou apenas alguns pontos, algumas horas depois, foi liberada. Foi apenas um susto, por sorte.

E então, todo o ritual se repetiu. Arrastou-a para baixo do chuveiro e realizou todo o procedimento do qual já estava acostumado, depois ajudou-a a deitar na cama e ficou ao seu lado até que dormisse.

Adrian poderia disfarçar na frente da mãe, mas quando ela pegou no sono e ele voltou para a sala, desabou a chorar no sofá, agarrando as pernas, em posição fetal. O garoto não tinha ideia de quando tempo ficou dessa forma, até que foi surpreendido pelo som que indicava uma mensagem de texto em seu celular. Apenas após a insistência da amiga, ele  visualizou:

Júlia: Oi! Como foi a conversa com a Alana, ela tá melhor?

Eu não quero mais ver ela na minha frente

Júlia: Como assim????? O que houve?

Não quero falar sobre isso agora, aconteceu algo aqui que precisa bem mais da minha atenção

Júlia: Tá tudo bem? Quer que eu vá aí?

Não, quero ficar só. Obrigada.

Júlia: Ok, estou pegando o elevador agora.

O que???

O garoto foi surpreendido quando em poucos minutos, a menina abriu a porta do seu apartamento — que ele nem lembrava de ter deixado aberta. Ele ainda estava no sofá, abraçando os joelhos quando Júlia fitou a calça ensopada de lágrimas que ele usava, então o abraçou sem lhe pedir permissão ou dizer qualquer coisa.

— Não precisa aguentar tudo sozinho, eu estou aqui!  — dizia.

Ele precisava daquele abraço. Então apenas segurou forte as mãos da garota que o envolviam, com as suas. Júlia trouxe o conforto que ele mais precisava, no momento em que menos queria.

Esse capítulo foi muito importante e tenso de escrever! É uma fase difícil é de virada na vida do nosso protagonista, estaremos juntos com ele nessa! ❤️

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Esse capítulo foi muito importante e tenso de escrever! É uma fase difícil é de virada na vida do nosso protagonista, estaremos juntos com ele nessa! ❤️

Obrigada pelo carinho de vocês e desculpe a ausência, nunca irei desistir desse livro, mesmo que minha rotina esteja corrida. Só tenho que agradecer pelos resultados incríveis que venho tendo com essa história, vocês são DEMAIS!💚

Mais Perto do Que se Imagina (COMPLETO)Where stories live. Discover now