Entro devagar, a casa está escura, o silêncio é assustador.
- Mãe? - sussurro.
Vou devagar até a velha cozinha que conheço tão bem. A bancada, a mesa, a porta para o quintal. Não tem nada aqui. Vou então para o quarto dela. Quando abro a porta vejo minha mãe, amarrada em uma cadeira, as pernas e as mãos presas a cadeira com fita. Ela chora e tem fita tapando sua boca também. Corro em direção a ela e tiro a fita.
- Judy...você veio...ele vai te matar!
Sinto um choque contra minha cabeça. O Dino está em cima de mim, uma arma apontada para meu rosto.
- Sentiu saudade do papaizinho? - ele fala.
Está diferente, com barba e um pouco mais forte. Não é nada do homem que conheci há muito tempo.
- O que você quer Dino? - falo, minha boca tem gosto de sangue.
- Vingança primeiro. Depois, vou te amarrar e foder com sua mãe, com você olhando. Depois vou amarrar ela e foder com você, com ela olhando. Depois mato os dois.
- Você não vai sair impune dessa vez! - cuspo em sua cara.
Ele limpa o sangue e me da um tapa. Depois pega meu queixo e o aperta. Ele me beija e morde meu lábio, sinto seus dentes rasgarem minha boca, com toda a força que tenho o chuto lá embaixo. Ele cai para o lado.
Corro até minha mãe e arranco as fitas de seus braços e pernas.
- Corre mãe! CORRE!!
Dino pula em cima de mim no mesmo momento em que minha mãe corre. Ele me empurra e vai atrás dela. Me levanto rápido, pego uma caneta em cima da cômoda e o furo na costa. Ele uiva de dor e minha mãe corre pela porta.
Ele se vira dando um soco em minha barriga. Eu caio no chão sem ar. Ele fica sobre mim e tenta me estrangular. A arma está perto da minha mão. Só mais um pouco e eu consigo. Ele percebe e acerta minha mão em cheio com o cotovelo. A dor é horrível. Eu choro, minha boca sangra, minha mão dói.
Lembro de mim há alguns anos, na mesma situação, ferido, chorando, sem esperança, mas não posso deixar de lutar.
- Você fez isso tudo, porque sempre me quis não é Dino?
Ele paralisa, cerra os olhos.
- Que joguinho é esse Judy? Acha que vou cair nessa?
O único jeito de me livrar dele e fazendo isso, eu vou conseguir.
- Se é transar comigo que você quer...então vá em frente, não luto mais.
Consigo soltar minhas mãos e levanto a camisa devagar. Ele me olha ainda desconfiado, mas desse a cabeça lentamente até meu peito, sinto sua língua rodar pelos mamilos.
- Senti tanto a sua falta Judy...- ele geme.
Esse cara é louco e eu me seguro para não vomitar. Com a força que tenho, bato com meus cotovelos em sua cabeça, ele vai para trás e chuto seu rosto. Ele bate contra a parede.
Me arrasto até a parede, mas ele é mais rápido e me chuta. Os chutes me acertam em todo o corpo, meus olhos começam a inchar. Ele se inclina sobre mim, não tenho mais forças. Ele pega a arma e coloca contra a minha cabeça.
- Acabou para você.
Um disparo. Não sinto nada, acho que a morte é assim mesmo. Ouço vozes.
Vejo minha mãe segurando uma arma e chorando. Depois uma policial entra e a tira de lá. Meu anjo guerreiro aparece correndo pela porta. Tentam impedir ele de entrar, mas ele é mais forte. Ele se aproxima e segura minha cabeça em seus braços.
- Você tá salvo agora...não se preocupa.
- Estou sonhando?
Ele sorri para mim e é como um sol dentro do quarto.
- Se é um sonho - ele fala - é um sonho bem real.
Sorrio fracamente e desmaio.
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O Destino do Amor - LIVRO 3 (Romance Gay)- CONCLUÍDO
RomanceDepois de descobrir que Lucas não é seu irmão, Judy tenta contata-lo de várias formas, mas é tudo em vão. Lucas simplesmente sumiu. O tempo passa e Judy resolve ingressar em um Universidade em Nova York, um dos principais motivos é descobrir o parad...