Capítulo 45 - Lucas

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Estou sentado em um pequeno resturante de beira de estrada. Fica entre Nova Jersey e Nova York, é uma cidadezinha bem bonitinha. O Cameron me trouxe aqui não sei porque, ele está estranho comigo desde o dia que fui liberto do sequestro. Ao fundo toca Last Christmas. As luzes de natal no teto e as pessoas conversando junto da música, deixa esse lugar aconchegante.

Essa música me faz lembrar de muitas coisas, dos natais com a família, dos presentes e festas e do Judy é claro, nunca passamos um natal juntos. Essa música simplesmente faz eu me sentir bem.

Cameron entra na lanchonete. Ele me pediu para espera-lo aqui. Ele carrega um pequena caixa.

- Lucas - ele fala me dando um beijo na testa.

- Cam...ainda não é nem natal - falo.

- Quero lhe dar esse presente antes. Mas deixe-me falar primeiro.

Ele se encosta no banco vermelho, andou chorando.

- Amor o que foi?

- Bem...não sei como vou fazer isso e nem o porquê, mas - ele me entrega a caixa e eu abro, há um cadeado aberto lá dentro. Não entendo nada - você tá livre Lucas.

Algo como confusão, raiva e tristeza se instalam em mim.

- Mas...como...porquê? Eu...você.

- Não precisa ficar assim - ele aperta minha mão - desde que te conheci, soube que seu coração já era de outro, e esse outro veio de longe, por você.

- Mas...

- Não Lucas...ele pertence a você, assim como você pertence a ele, eu não posso quebrar essa ligação. Eu vi o modo como ele te abraçou e o beijo. Vocês foram feitos um para o outro.

- Mas estou com você...

- Não totalmente, uma parte de você ainda o quer.

Fico calado, lágrimas caem de meus olhos. Ele fala a verdade, eu amo o Judy, sempre amei e nunca deixarei de amar. E agora que sei que não somos irmãos...

- Cam...eu nunca quis te magoar.

- Eu me auto-magoei, sabia onde estava entrando e tentei mesmo assim. Olha, nunca vou esquecer dos nossos momentos e você pode continuar lá em casa...mas te digo uma coisa, corra atrás de seu grande amor.

Eu me levanto, me jogo em seu colo e o abraço.

- Eu nunca mereci você Cameron.

Ele sorri.

- Agora vá.

Dou um leve beijo nele e saio da lanchonete apertando o cadeado. Amanhã vou até o Judy, mas agora preciso do Lee.

O Destino do Amor - LIVRO 3 (Romance Gay)- CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora