Propuesta Indecente - Camren

Capítulo 5 - De su lado

Ei!

Desta vez eu realmente demorei né? Foi mal kkkk

Não vou falar muito aqui, apenas apreciem o capítulo :)

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Pov Camila

Chicago, Illinois.
19 de novembro de 2017.

Eu sabia que já era um novo dia mais meu corpo parecia não querer receber essa informação pois estava pesado, como se não tivesse obtido o descanso que necessitava. O que era verdade já que eu não consegui dormir direito depois do episódio com Lorenzo na madrugada. Fiquei preocupada que sua febre voltasse e com qualquer movimento de seu corpo eu despertava assustada.

Suspirando eu abri os olhos e a primeira coisa que vi foi o rosto adormecido de Lorenzo. Seu sono era pesado, como se seu corpo estivesse se recuperando depois da tribulação que sentiu. Estiquei meu braço e contornei delicadamente seu rosto com a palma de minha mão, sentindo sua pele quente e suave, sem me conter eu me aproximei e deixei um selinho sobre seus lábios naturalmente vermelhos.

Me perguntei internamente o que aquele rosto sereno guardava em suas lembranças. Do que ele tinha se lembrado para deixá-lo tão apavorado? Do que ou de quem ele sentia tanto medo?

Me doeu tanto ver ele daquela forma ontem, que eu queria poder arrancar sua dor e transferir para mim, somente para que ele não sofresse mais.

O amor que eu sentia por aquele homem era insano, de uma intensidade assustadora. Como se nada no mundo pudesse suprir a necessidade que eu sentia dele, e somente dele. Eu tinha plena consciência de que nossa situação não era convencional e que eu me prestava a um papel horrível, humilhante. Eu não era a certa da historia, muito menos a coitadinha. Não. Esse papel é de Samantha, a esposa enganada.

Mas... o que é certo e o que é errado? O que é moral e o que é imoral? O que pode e o que não pode?

Desde de cedo somos ensinados do que pode e o que não pode. Nossos pais na grande maioria das vezes nos repreendiam e quando perguntávamos o porque eles simplesmente diziam: porque não.

Mais para frente a vida nos ensinaria duramente o porquê.

Muitas pessoas apontariam o dedo para mim e me julgariam como a errada, uma destruidora de lares. A vadia vagabunda.

Mais seria certo desistir da minha felicidade? Desistir do amor? Somente para que outra pessoa continuasse em sua felicidade intocada? Eu não tinha nem mesmo o direito de lutar por algo que desejava tanto? Era justo comigo?

Eu digo que não. Por isso eu o aceitei pela metade. Porque, por enquanto, isso era o que ele poderia me oferecer, mais a minha luta ainda não havia acabado. Lembro até hoje quando o vi pela primeira vez.

flashback:

Reviro minha bolsa e novamente não encontro a maldita chave do meu apartamento. Teria mesmo que contratar um chaveiro para providenciar uma nova chave para mim. Não entendo como fui perder esta porcaria.

Sou despertar de meu devaneios raivosos quando sinto meu corpo se chocar com outro e um praguejar alto.

- Merda! - Ergo os olhos assustada e me deparou com um homem alto de terno e então eu me sinto sem chão.

Ele era simplesmente... perfeito. Acho que nunca havia visto um homem tão lindo em toda a minha vida. Era alto, com ombros largos, maxilar quadrado, boca vermelha e os olhos... os mais lindos olhos verdes, pareciam com o mar caribenho. Eles pareciam a janela de sua alma e meu coração se acelerou ao encara-los.