Cap. XIV: ESTRANHO MUNDO NOVO

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- Por que você... - Questionei ao ver que fui levada instantaneamente para o mezanino logo acima da sala de estar panorâmica onde estávamos.

- Perdão, Rose! - Robert disse tirando a mão da minha nuca e explicando porque me levara super rápido para o andar superior da casa; perto duma varanda onde, além das paredes e janelas de vidro, uma cadeira de balanço onde minha avó apreciava os crepúsculos das tardes mais quentes do ano se movia levemente ao vento.

- Tive de fazer isso, para te preparar...

- Preparar para quê? - Eu interrompi.

- Precisa estar pronta para o que vai ver lá embaixo!

- Cartas de escolas de magia, papéis antigos que me fazem ter visões ao tocá-los, e um vampiro super veloz e imortal sem falar no fato de minha avó estar desaparecida... - Eu disse abrindo as janelas panorâmicas, e caminhando até os balaustres de madeira.

- Rose, por favor! - Robert disse tentando impedir que eu saísse na sacada.

- Espera!

- Ora; por favor, Bullen! - Eu disse passando pela cadeira de balanço da minha avó, e apoiando as mãos no batente de madeira, concluí olhando para baixo:

- O que mais poderia me surpreender?

- Rose, não é tão simples! - Robert disse se colocando à minha frente.

- Como assim? - Repliquei incomodada com aquela atitude.

- Você sempre teve muita fé, e apesar de questionar tudo, sempre foi equilibrada...

- Onde você quer chegar, Bullen? - Repliquei tentando olhar pelo vidro:

- O que é aquilo lá fora?

- Querem explicações!

- Explicações? - Questionei. - Quem?

- Sobre o que houve na cidade.

- No condomínio? - Perguntei enquanto ele acenava com a cabeça concordando.

- Mas; se não foi você... - Eu disse, ainda desconfiada, quando Robert comentou:

- Eles sabem que não fomos eu, ou minha família, mas sem dúvida já viram... Aquela coisa!

- Aquilo... No vídeos que a Tomiko gravou no laboratório?

- Pois é! - Robert concordou e me questionou:

- Rosanne; você; quer mesmo ver...

- Já chega, Robert! - Eu interrompi o raciocínio lento dele:

- Eu vou com você! - Eu disse caminhando para as escadas.

- Rose! - Ele disse parando outra vez na minha frente:

- Sim? - Questionei, irritada, quando ele disse:

- Estou tentando dizer que o mundo...

- Robert! - Eu esbravejei. - Você está na minha casa, e eu quero...

- Está bem! - Robert disse saindo da minha frente, deixando que eu finalmente descesse as escadas atrás dele:

[ UDG ] A GAROTA DA CAPA. O CONTO REPAGINADOWhere stories live. Discover now