Cap. IV: DE VOLTA AO LABORATÓRIO

235 52 43
                                    

A manhã seguinte, já anunciava um inverno prestes a chegar.

Pela manhã, saí do meu quarto e ainda de camisola, desci as escadas chegando até a sala, onde me deparei com a árvore de Natal, que ajudei minha avó a montar dias antes.

Enquanto descia a escada, naquela manhã de sábado, me lembrei do colar que August havia encontrado no laboratório, e que ainda deveria estar no bolso do meu casaco.

Voltei ao meu quarto e assim que o peguei, levei até o banheiro para tentar limpá-lo um pouco.

Minha avó como sempre já havia saído para abrir a confeitaria ao menos pela manhã, como costumava fazer aos sábados.

Enquanto eu tomava um banho rápido, aproveitei para limpar a corrente e aquele estranho cilindro octogonal que ela tinha, quando meu celular tocou.

Era minha avó, dizendo que apesar da neve que começava a se acumular, o movimento na loja estava muito alto e ela precisava de ajuda.

- Vou me trocar rapidinho e correr para o ponto, vovó! - Eu disse saindo do banho e com a pressa, coloquei a correntinha já limpa no meu pescoço.

Me trocando bem rápido, peguei uma maçã na fruteira sobre a mesa da cozinha, e como sempre saí pelos fundos mesmo.

Por alguma razão, naquele sábado o ônibus não demorou muito a chegar, e logo cheguei ao centro da cidade.

Em pouco mais de uma hora, eu já estava na Ravenlicious, a confeitaria da minha avó.

Apesar da evidente chegada do inverno, aquela manhã estava agradável e ensolarada.

A​ loja; estava abarrotada!

Até meus colegas de escola apareceram por lá, para comprar algumas guloseimas natalinas.

Eu e minha avó trabalhamos feito loucas naquela manhã.

Ao entardecer, tive uma agradável surpresa: Robert apareceu na loja para me ver, e parecia muito inquieto quando o vi aparecer do lado de fora de uma das vitrines da loja.

- Robert! - Exclamei eufórica enquanto minha avó já encerrava o expediente.

- Ora, ora! - minha avó resmungou sorrindo enquanto eu corria até a porta.

- Rosanne! - Ele disse ofegante. Parecia feliz em me ver, porém bastante​ preocupado com algo que me escapava.

- Robert? - repliquei.

- O que houve? - eu disse apontando para as prateleiras de doces.

- Se quiser alguma coisa, não tem problema ainda não fechamos, okay?

- Não! Não! - Ele disse.

- Eu vim... - quase gaguejou.

- Vim ver você!

- Jura? - Deixei minha parte romântica falar.

- Mas; por quê? - a razão já interrompeu.

- Rose, - ele mudou o tom, parecia extremamente sério.

- Fui ao laboratório destruído do professor Newton.

- Você... - perguntei saindo da loja.

- Mas; como?

- Foi muito rápido! Eu aproveitei que os fundos das escola ficaram abertos lá nos fundos por causa dos caminhões no setor de carga e descarga​.

- O laboratório tem uma passagem atrás da escola, que também foi arrombada pela explosão.

- Achei... - Ele disse tirando do bolso do casaco que vestia; uma pasta surrada, e um envelope chamuscado cheio de alguns papéis amarelados.

[ UDG ] A GAROTA DA CAPA. O CONTO REPAGINADOWhere stories live. Discover now