A manhã seguinte, já anunciava um inverno prestes a chegar.
Pela manhã, saí do meu quarto e ainda de camisola, desci as escadas chegando até a sala, onde me deparei com a árvore de Natal, que ajudei minha avó a montar dias antes.
Enquanto descia a escada, naquela manhã de sábado, me lembrei do colar que August havia encontrado no laboratório, e que ainda deveria estar no bolso do meu casaco.
Voltei ao meu quarto e assim que o peguei, levei até o banheiro para tentar limpá-lo um pouco.
Minha avó como sempre já havia saído para abrir a confeitaria ao menos pela manhã, como costumava fazer aos sábados.
Enquanto eu tomava um banho rápido, aproveitei para limpar a corrente e aquele estranho cilindro octogonal que ela tinha, quando meu celular tocou.
Era minha avó, dizendo que apesar da neve que começava a se acumular, o movimento na loja estava muito alto e ela precisava de ajuda.
- Vou me trocar rapidinho e correr para o ponto, vovó! - Eu disse saindo do banho e com a pressa, coloquei a correntinha já limpa no meu pescoço.
Me trocando bem rápido, peguei uma maçã na fruteira sobre a mesa da cozinha, e como sempre saí pelos fundos mesmo.
Por alguma razão, naquele sábado o ônibus não demorou muito a chegar, e logo cheguei ao centro da cidade.
Em pouco mais de uma hora, eu já estava na Ravenlicious, a confeitaria da minha avó.
Apesar da evidente chegada do inverno, aquela manhã estava agradável e ensolarada.
A loja; estava abarrotada!
Até meus colegas de escola apareceram por lá, para comprar algumas guloseimas natalinas.
Eu e minha avó trabalhamos feito loucas naquela manhã.
Ao entardecer, tive uma agradável surpresa: Robert apareceu na loja para me ver, e parecia muito inquieto quando o vi aparecer do lado de fora de uma das vitrines da loja.
- Robert! - Exclamei eufórica enquanto minha avó já encerrava o expediente.
- Ora, ora! - minha avó resmungou sorrindo enquanto eu corria até a porta.
- Rosanne! - Ele disse ofegante. Parecia feliz em me ver, porém bastante preocupado com algo que me escapava.
- Robert? - repliquei.
- O que houve? - eu disse apontando para as prateleiras de doces.
- Se quiser alguma coisa, não tem problema ainda não fechamos, okay?
- Não! Não! - Ele disse.
- Eu vim... - quase gaguejou.
- Vim ver você!
- Jura? - Deixei minha parte romântica falar.
- Mas; por quê? - a razão já interrompeu.
- Rose, - ele mudou o tom, parecia extremamente sério.
- Fui ao laboratório destruído do professor Newton.
- Você... - perguntei saindo da loja.
- Mas; como?
- Foi muito rápido! Eu aproveitei que os fundos das escola ficaram abertos lá nos fundos por causa dos caminhões no setor de carga e descarga.
- O laboratório tem uma passagem atrás da escola, que também foi arrombada pela explosão.
- Achei... - Ele disse tirando do bolso do casaco que vestia; uma pasta surrada, e um envelope chamuscado cheio de alguns papéis amarelados.
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[ UDG ] A GAROTA DA CAPA. O CONTO REPAGINADO
Romance"E SE A VIDA QUE VOCÊ DEVERIA VIVER, NÃO PERTENCESSE À REALIDADE ONDE ESTÁ?" Rosanne Redine é uma jovem, que assim como muitas outras pessoas do século XXI, sempre questiona a vida que leva e a realidade onde vive. Graças a um estranho incidente no...