Cap. II: INCIDENTE & AFFAIR

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- É bem por aí! - respondi tentando, (e não conseguindo) parecer "a estudante séria que tem cara de poucos amigos", e como toda garota americana de atitude, logo me apresentei:

- É bem por aí! - respondi tentando, (e não conseguindo) parecer "a estudante séria que tem cara de poucos amigos", e como toda garota americana de atitude, logo me apresentei:

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- Eu me chamo Rosanne Redine, mas pode me chamar de Rose. E você?

- Eu não! - Ele fez um trocadilho, mas vindo dele era um lindo trocadilho.

Rimos um pouco.

- Desculpe. - Ele disse se recompondo enquanto, com exceção dos meu amigos, todos nos observavam com aparente irritação e despeito.

- O meu nome é Bullen! Robert Bullen.

- Bu-Bullen? - gaguejei. Que ótimo eu estava parecendo uma idiota agora.

- Bullen... Das empresas Bullen de Biotecnologia? - Sussurrei atônita por conhecer alguém tão rico, assim, bem ali, de repente entrando atrasado pela porta aberta.

- Xiii! - Ele sussurrou colocando o dedo indicador na minha boca.

- Acabei de chegar à cidade! - Ele quase balbuciava, então coloquei em prática meus conhecimentos de leitura labial.

- Desculpe! - Eu respondi envergonhada - ficaria ruborizada se minha pele fosse tão branca quanto a dele, mas apesar de minha pele negra esconder bem, não conseguia evitar que minhas bochechas queimassem com aqueles olhos penetrantes.

- Desculpe! - Sussurrei diante do fato dele acabar de me contar que não queria fazer amizades com pessoas interesseiras, como sempre acontecia nas escolas onde já havia estudado.

- Mas meus amigos são legais! - Eu murmurei enquanto ele rabiscava uma folha e olhava atentamente para o meu rosto.

- Você com certeza vai gostar... - Eu murmurei me auto interrompendo ao ver o que ele tanto rabiscava naquela folha:

- Você...

Minhas palavras ainda fugiam diante de tamanho talento e pela curiosidade sobre os olhos dele.
Um era incrivelmente esmeralda e o outro... Estava mais para um tom de mel, quase alaranjado, porém mal escondido por aquela lente de contato verde.
Entretanto ele pareceu ter percebido, e abaixando a cabeça pediu licença para ir ao banheiro.

Mal tinha acabado de conhecê-lo, mas parecia já ser tempo o bastante para comprar aquela folha pelo preço de um quadro de milhões de dólares.

Uma preta linda, de cabelos crespos cacheados e esvoaçantes, com uma boca linda, as maçãs do rosto, levemente visçosas e os olhos cor de esmeralda evocavam o rosto perfeito.

- Que linda! - Ele murmurou olhando para a folha, assim qie voltou do banheiro.

- Olha só essa pele... - Ele parecia eufórico com sua criação, enquanto me chamava para analisar melhor, minha própria imagem.

- Isso não é uma... - eu reclamei quando fui interrompida:

- Caricatura? - a professora disse se aproximando.

[ UDG ] A GAROTA DA CAPA. O CONTO REPAGINADOWhere stories live. Discover now