capítulo 8

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Todas aquelas palavras, fizeram meu desejo sobre ele queimar em meu corpo.  Sentia-me constantemente atordoada. Eram muitas coisas para assimilar. Eram muitas coisas para decidir. Ressentia que se aceitasse, talvez o que tivéssemos a clamar mais tarde, prejudicaria nossos caminhos. O "eu não faço sexo casual", podia trazer consigo algo muito pior do que pensava, ou talvez idealizei uma ideia errada sobre ele. Idealizei alguém errado nele. A maioria de minhas relações, foram com pessoas que idealizei em minha mente. Por isto era sempre fodida. 

A verdade é que, em menos de um mês eu já me encontrava presa á ele. Já havia idealizado, ilusões de seu ser antes mesmo de toda essa sua cumplicidade e diversidade de desejos, e olhe, ainda nem conheci metade deste homem. Pessoas levam consigo partes, que nem sempre temos o privilégio de conhecer todas elas. Nunca temos a ideia de que capitulo estamos. 

Eu já estava ferrada a partir do momento que minha mente começou a imaginar coisas sobre ele. O seus encantos com o meu corpo, mexiam com minha cabeça, minha sanidade, seriedade e minha saúde temperamental; o que nenhum homem conseguiu fazer em anos. Ele derretia-me e baixava-me as defesas somente com um sorriso. E Harry quase nunca sorria. A minha atração insana por ele me perseguiria até que desfrutasse de seu corpo por uma noite. 

Dei um passo para frente, todos os pelos de meu braço estavam para cima com a insegurança térmica de meu corpo. Os arrepios que ele me causava faziam abalos sísmicos dentro de meu corpo.

"Acho que posso lidar com isto, Mr.Styles" Estava muito próxima de seus lábios, o sorriso em meu rosto não sabia muito bem o que demonstrava.

Luxuria. Desejo e talvez, um pouco de desespero. 

As mãos dele envolveram meu rosto, o quente pareceu congelar toda a minha pele. Um choque térmico gostoso, fazia os espinhos em minha mente desaparecerem, quando seus lábios invadiram os meus, não com leveza, com calma. Eram avassaladores. Levavam tudo de mim; o que enfatizei agora, fazia sentido: ele não me beijava como outro homem qualquer, Harry me beijava com a alma, com o que tinha de pior em si e tirava todo o redor do caminho. 

O resquício de barba por fazer arranhava levemente meu rosto e meu colo conforme foi descendo os beijos. Não tive a  menor vontade de mandá-lo fazer a barba. Havia feito isto com todos que passaram pelo mesmo caminho anteriormente. O toque que antes odiava, agora cabia muito bem á situação. 

"Sem um grito, Miss Moore" A voz rouca invadiu meus tímpanos, o som baixo de sua voz e o tom de aviso foi o suficiente. 

Minhas pernas pairavam no ar um pouco antes de entrelaçar sua cintura, conforme sua mão me encaixava em seu corpo. Foi uma sensação maravilhosa sentir seu cheiro tão próximo, seu peito no meu e seus lábios famintos querendo mais. Imaginei que não fosse me carregar até o seu quarto, esperei seus beijos cessarem para que pudesse manter ambos dos pés presos ao chão. 

"Vamos sair daqui" Os seus sonetos faziam versos e rimas ao redor de meus hormônios.

Peguei sua mão quando começou a andar, voltando para a caixa de metal novamente. Não tinha nenhuma condição de manter uma conversa, minha voz estava falha e a respiração nem se ouvia. Seu corpo não desgrudou do meu, de algum modo ele precisava me tocar.
Caminhamos até o outro lado do apartamento, vendo um corredor extenso, as paredes em um preto opaco e as portas eram quase um off-white. Somente uma tinha a tonalidade diferente, puxada mais para o azul marinho, a maçaneta de puro ouro -brilhava mais do que qualquer outro objeto ali. Harry encurralou meu corpo contra a parede, pegando meu rosto em suas mãos, o seu quadril preso dentre minhas pernas. Passei minha mão por seu abdômen até chegar em seus ombros, suspirando forte quando seus lábios deram uma pausa em meu pescoço. O mesmo iria ficar marcado, sentia minha pele sendo puxada com força, um ardor ficaria naquele local.

bad intentions h.sWhere stories live. Discover now