I Had The Life Of Ordinary, I Spat It Out.

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Harry não conseguiu pegar no sono até tarde, ansioso e animado demais com manhã do dia seguinte. Ele tinha ficado um pouco estressado com sua audição para o X-Factor. Por um lado, ele queria uma opinião profissional sobre sua voz, alguém que não fosse sua mãe. Por outro lado, isso era como ser transmitido pela televisão e ele não tinha certeza se seria capaz de lidar com a rejeição se não gostassem dele. Ainda assim, Anne tinha o empurrado até que ele concordou e se inscreveu, não havia como sair dessa a não ser que ele se sinta doente ou consiga se matar antes.

Ele tinha dormido em sua cama de solteiro no quarto rodeado de pôsteres dos Arctic Monkeys e fotos que ele mesmo tinha tirado. Quando ele acordou estava em uma cama king size super fofa em uma sala ricamente decorada que ele definitivamente não conhecia.

Harry sentou-se, olhando em volta e franzindo a testa. Ele tinha o hábito de falar dormindo e sonambulismo, mas ele nunca tinha parado na cama de outra pessoa, especialmente fora de sua própria casa, pois o quarto não parecia nada com Anne ou Gemma.

Onde quer que estivesse, parecia caro. A cama era enorme, suave ao toque e um cobertor grosso e quente que tinha sido empurrado para a ponta da cama e deixou Harry descoberto. Havia pinturas abstratas penduradas na parede, junto com fotografias que ele não olhou muito de perto, e uma enorme tela plana do outro lado da sala. Harry olhou em volta e viu roupas espalhadas descuidadamente pelo chão, um telefone caro na mesa de cabeceira, e a porta entreaberta.

Ele podia ouvir alguém cantando, como se o rádio estivesse ligado e alguém estivesse cantando junto, e um claro riso por cima de tudo isso. Soou um pouco distante, provavelmente do outro lado do prédio, seja lá onde Harry estava. Ele pensou que talvez ele tenha perambulado pela casa de alguma pessoa rica e caído no sono em um quarto de hóspedes, embora o quarto certamente parecia ter alguém vivendo nele.

Harry suspirou, balançando as pernas para o lado da cama e levantando-se, imaginando que ele deveria tentar fugir e encontrar o caminho de casa, ou talvez pedir desculpas aos donos da casa e tentar conseguir uma carona para casa. Ele estava vestindo boxers negras desconhecidas, mas realmente não pensou muito nisso até que atravessou a sala e um movimento chamou sua atenção.

Era ele no espelho, mas não realmente. O Harry no espelho parecia totalmente diferente, alto onde Harry era pequeno, magro e musculoso onde Harry ainda tinha gordura de bebê. Haviam tatuagens por todo o peito e os braços, alguns até mesmo em seus pés e tornozelos. Este Harry parecia mais velho, com cabelos mais longos, menos encaracolados e completamente diferente do que Harry estava acostumado, ele passou mais de um minuto apenas escancarado a si mesmo no espelho.

Harry olhou para baixo e teve certeza que haviam andorinhas no peito e uma borboleta sobre seu abdômen - ele tem um abdômen definido pelo amor de Deus! - e o espelho não estava de forma alguma mentindo ou o enganando. Ele parecia que tinha envelhecido durante a noite e a diferença de como Harry era antes de ter dormido é surpreendente.

- Que porra é essa? - Ele murmurou para si mesmo, e até mesmo sua voz era diferente, mais profunda. Ele coçou a borboleta - ou era uma mariposa? - em sua barriga para ter certeza de que não era uma tatuagem temporária ou alguém tinha feito nele de brincadeira. Nada descascava sob as unhas e ele respirou fundo, tentando acalmar o pânico que ele podia sentir até em sua garganta.

- Harry! - Alguém chamou parecendo distante, mas se aproximando. A voz era definitivamente masculina, mas era muito mais fina do que a sua. - Ande logo, o café da manhã está esfriando.

Harry assustou-se, e estranhamente seu primeiro pensamento foi cobrir-se. Ele estava muito confuso para fazer mais do que isso e apressadamente correu atrás das roupas no chão até que encontrou um longo par preto de skinny jeans que parecia que caber nesse corpo estranho e magro que ele estava dentro. Lutou um pouco para colocá-los e bem na hora que ele tinha fechado e abotoado a porta do quarto foi aberta.

- Você ainda está se vestindo? - A pessoa do outro lado disse, inclinando-se contra a porta e olhando divertido. - Você não é muito de ser preguiçoso, Harry.

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