A família Assunção

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Na mansão Assunção, Valente  descia a escadaria apressado,  ele estava atrasado, tinha uma reunião importante na empresa, mas por culpa naquela babá incompetente que deixou  o filho suja-lo com o suco que estava bebendo ,  teve que ir trocar de roupa e aquilo acabou por atrasa-lo.
—Na enorme sala de jantar,  a mãe dele perguntou.
—Filho não vai tomar café da manhã?

—Não tenho tempo dona Clara, estou atrasado e aquele motorista ainda não tirou o meu  carro— Ele indaga a menor  sem paciência.

—Filho  dei folga para ele hoje querido —A mãe respondeu.

—Mamãe, a senhora não pode fazer isto sem me consultar, a senhora Castinho sempre cuidava desses detalhes,  desde que ela se aposentou,  a senhora não contratou ninguém para a vaga dela, precisa fazer isto mamãe contratar outra governanta— Ele falou pegando a pasta e saindo indo em direção a garagem e pegando o seu carro e saindo pelos portões da mansão.
Ele dirigia no congestionamento da cidade naquele horário.
Tudo corria bem no caminho para a empresa.

Dirigia o meu carro pela avenida quando de repente eu parei e um carro parou bruscamente   atrás do meu.
—Era só o que faltava— pensou  descendo do carro.
Valente desceu do carro,  ele estava furioso e disse.
—Só podia ser mulher mesmo é ainda por cima é uma ...... Ele parou de falar.
—Uma negra vai,fala estou acostumada com pessoas como você racista— Ela fala  nervosa com o evidente preconceito daquele homem, primeiro por eu ser uma mulher no volante e depois por ser negra.

—Olha só o que você fez, ainda bem que não amassou o meu carro sua mulherzinha— Ele falou furioso.

—Mulherzinha como se atreve, você não passa de um granfino metido a besta —Ela  falou  indo para o meu carro que por sorte não tinha acontecido nada, foi um probleminha com a marcha.

—Espero nunca mais ter o desprazer de encontrar uma criatura feito você— Ele fala furioso .

Eu olhei para ele e disse.
—Digo o mesmo,  odeio gente racista cheia de preconceito,  espero nunca mais ve-lo—ela falou  dando partida no seu velho uno.
Ela  dirigia ainda espumando de raiva, o encontro com aquele elitista lhe  tirou o bom humor,  fora as entrevistas frustradas para os empregos que foi  ver hoje.
Então  volto para casa e encontro com sua  mãe que pergunta .
—Filha teve mais  sorte hoje?— A  mãe perguntou enquanto terminava de fazer o almoço.
—A mamãe não sabe como é difícil para uma mulher negra como eu arrumar uma colocação de professora,  mesmo sendo super preparada para o cargo,  tem muita gente procurando emprego mamãe e nós negro temos que provar nosso valor duas vezes mais, mas eu não vou desistir, vou continuar procurando e o papai?— Ela quis saber  fazendo carinho no Bruce o  cachorro da família.
—Querida vai dar tudo certo, irá encontrar um emprego logo, mas o que aconteceu chegou nervosa da rua? —Perguntou a mãe.
—E que   quase dei uma batida em um carro de um ricaço, destes de nariz em pé, a senhora precisava ver o que aquele homem me falou,  mamãe racista,  preconceituoso .precisava ver o jeito como ele me olhava— Ela  comentou  lembrando-se de como ele era bonito,  os cabelos loiros os olhos claros —O que estou pensando esse cara é  um cretino, espero nunca mais ter que ve-lo.

Na Assunção  Empreendimentos Valente estava em sua sala,  quando sem querer ele se lembrou daquela negra que o havia irritado, aquela infeliz.
—Querido posso entrar?— Ava   perguntou da porta da sala dele.
—Oi querida, entra, não posso lhe dar muita atenção, tenho vários contratos para ver aqui na corretora, a bolsa de valores hoje,  esta  uma loucura— Ele falou dando um beijo rápido nela.
—Sem problemas meu amor, vou espera-lo aqui —Ela responde .
Amava o Valente,  mas odiava aqueles piralhos que eram os filhos dele Nicole,  Nick eram umas pestinhas,  só  sei que quando me casar com ele vou arrumar um jeito de mandar aqueles dois para um Colégio interno na Europa,  o mas longe possível —Ela  pensava folhando uma revista de moda que tinha trazido comigo e já ia me preparando psicologicamente para o jantar na mansão com a mãe dele,  aquela mulher me odeia e as crianças preciso ser muito simpática com elas, se quero me tornar a futura  senhora Assunção, a esposa de Valente Assunção, ele o meu homem é  muito rico, com o meu pai  beira da  falência  preciso me garantir— Ela  pensava vendo ele trabalhando.

—Como esta amiga? —Megan  quis saber ao se sentarem na lanchonete  daquela praça de alimentação do Shopping.
—Bem amiga e você como anda no seu novo emprego na tal corretora de valores?— Ela  perguntou  bebendo seu suco de laranja.
—Não  é  fácil trabalhar para o senhor Valente,  ele é  muito exigente —Ela comenta .
—E eu que ainda não encontrei nada —Ela  falou  olhando para a amiga .
—Mas você é  tão qualificada Maira, pensei em uma coisa,  já pensou em trabalhar como governanta,  na mansão do meu patrão estão contratando uma, adivinha quem foi encarregada de selecionar as candidatas —Megan falou.
—Mas isto não seria justo com as outras candidatas amiga— Ela afirmou .

—Imagine amiga,  eu só  vou pegar o seu  currículo ,é  a senhora Michellane Assunção   quem vai escolher, depois sei que você é  super qualificada para o cargo,  fala vários idiomas,  sabe  tocar piano  é  formada em pedagogia —inumerou  Megan.
—Mas sou negra,  com certeza  essa mulher não me escolhera, essa gente rica constuma ser muito preconceituosa— Maira afirma.

—Não  conhece a senhora Clara, ela é  um amor de pessoa,  nem parece ser a mãe do senhor Valente— Megan falou.

—Esta bem, não custa tentar —Ela responde  se despedindo dela e voltando para casa.

Em meu quarto me deitei  em minha cama e sem querer me vejo  pensando naquele preconceituoso.
O que está acontecendo comigo,  nunca  deixei  que um estranho me afetase tanto.

No quarto do motel Valente estava na cama com Ava,  ele sem querer se lembrou da negra, o fato daquela mulher ter lhe olhado de maneira altiva enfrendo ele, era aquilo que  não tolerava ,  esperava não ter que voltar a encontra-la,  odiava a infeliz como odiava aquela raça. Ele pensava entediado.
—Querido tem certeza que não quer que eu vá  com você a essa viagem?  —Ava perguntou  toda sedutora beijando o peito dele que estava nu sobre a cama,  esse homem é  um monumento a perfeição,  loiro e lindo, a gente combina muito e o melhor de tudo,  ele é  rico,  muito rico— Ela  pensava  voltando a beija-lo.

—Megan obrigado por ter vindo me ajudar na seleção das candidatas, vamos ver,  quero conhecer primeiro essas duas aqui, Vanessa Dias , Barbara  Santana.
—Como a senhora desejar, vou marcar a entrevista para a manhã— Megan falou desapontada, ela  estava certa que a mulher iria escolher a amiga.

No dia seguinte....
—Querido quanto tempo vai durar a sua viagem?— Clara  quer saber  vendo o motorista descer com as malas dele.
—Ainda não sei mamãe, mas deixo tudo em suas mãos,  o cuidado com as crianças e administração da casa— Ele falou dando um beijo frio nela.
—Cuidarei de tudo em sua ausência querido,  não se preocupe— A mãe dele assegura .
—Dez candidatas e nenhuma que me agradece, eu pego os currículos  e vejo a foto da moça Maira Da Silva,  ela era negra, mais muito bonita,  começo a ver suas qualificações e vejo que tem todos os requisitos para  ocupar o cargo de governanta da mansão, mas falta o principal a entrevista, então  peço para que Megan marque aqui na mansão mesmo.
Por sorte a moça tinha horário disponível para aquela tarde e ela tinha pressa de encontrar a nova a governanta antes da volta do filho.

—Megan tem certeza que essa senhora quer me entrevistar? —Maira perguntou animada.

Enquanto isto na casa simples daquele subúrbio.

—Querido  não estou gostando da nossa filha ir trabalhar nesta casa de gente rica e se ela encontrar aquela mulher, meu amor,  eu não quero perder a nossa filha—  Katarina fala   para o marido e........

Queridos leitores história nova espero que gostem comentem e deixem votos adoro escrever e ler espetos comentários e votos beijos

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