Dois anos, será o novo cinza.

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Dois anos, será o novo cinza.

- Ahh, finalmente alguém comprou a casa dos DiConstancio – disse a mãe de Thomas Oliver Daniels.

Era uma tarde ensolarada de sexta – feira, a Sra. Daniels estva sentada na bancada da cozinha, com o seu Moto X Play bem na cara. Digitando bem tranquilamente.

Thomas abriu sua latinha de suco de maracujá, e sentou-se na mesa da cozinha saboreando o sabor de maracujá.

- Acho que um garoto se mudou para lá – disse a Sra. Daniels sem tirar o olho do telefone. – Eu ia entregar uma cesta de boas vindas para ele. Talvez você possa ir em meu lugar. – Sugeriu a Sra. Daniels.

- Meu Deus, mãe, não - Desde que a Sra. Daniels deixou de trabalhar na drogaria ela tinha virado uma dessas senhoras que vai a eventos do clube, pousa sorridente para uma foto e se preocupa com aparecia e com oque os outros iram pensar. Ela comprou uma cesta de chocolate de todos os tipos, guia de River Cut, vacas de cerâmica( a Sra. Daniels tinha uma obsessão com vacas de cerâmica), e um monte de trancalhadas. – e colocou tudo isso em uma grande cesta de vime para dar as boas vindas. A mãe de Thomas era a típica mãe que tem cada passo planejado do filho, cada programa que ira fazer, qual faculdade ele irá e ai! Se esses planos forem arruinados.

A mãe de Thomas levantou-se e passou a mão em seus cabelos danificados pela areia.

- Você ficaria muito chateado se você fosse lá bombomzinho? Talvez eu possa mandar Logan junto com você?

Thomas deu uma olhada para, Logan, que era nove anos mais velhos que ele e olhou para trás e viu seu irmão escancarado no sofá, provavelmente estava no décimo quinto sono. Então ele balançou a cabeça.

- Eu vou lá.

Na verdade ela queria ter uma boa razão para ir lá, para ver a casa de Elizabeth mais uma vez. Ele havia superado, mas suma pequena parte dela ainda não. Mesmo depois de todos esses anos, ele nem sequer olhava para o anuário do nono ano sem querer voltar no tempo e mudar todas as suas decisões. Algumas vezes, nos dias chuvosos e nublados, Thomas ainda lia todos os bilhetes e relia todas as mensagens que havia imprimido antes de trocar de celular, ele ás guardava em uma caixa de sapato da Nike, dentro do guarda-roupa. Passará todos os anos solitários em River Cut Day, desejando alguém como Eli, ou até que Eli voltasse e disse que tudo estava bem, mas isso nunca aconteceria. Eli não era uma amiga perfeita, mas mesmo com os seus defeitos, nunca alguém iria conseguir substituí-la.

Thomas pegou as chaves do Jeep Renegade de sua mãe.

- Volto daqui a pouco – disse, enquanto batia a porta da frente.

A primeira coisa que viu quando avistou a velha casa dos DiCosntancio, no topo da rua com folhas secas caídas de outono, foi uma grande de pilhas de coisas bem no meio da calçada, cheia de livros, cadernos e outras bugigangas. Ela respirou fundo, dando - se conta que algumas coisas eram de Elizabeth – Thomas reconheceu o mini sofá branco que ficava no antigo quarto de Eli. Os DiConstancio haviam se mudado a dez meses e pelo jeito, deixaram memorias e coisas para trás.

E também avia alguns livros encima da poltrona. Thomas os olhou. Alice no país das maravilhas, Orgulho e preconceito e To Kill a Mockingbird. Ele se lembrara de ler esses livros nas aulas de inglês do sétimo, oitavo e nono ano, com o Sr. Risstle. Thomas os olhava relembrando de vários momentos.

- Você quer ficar com isso?

Thomas deu um pulo. Ele viu um menino alto e magricelo, de pele morena e com cabelos castanhos escuros encaracolados. O garoto vestia uma blusa azul e jeans largos e rasgados no joelho, e vestia uma jaqueta jeans que mostrava seus ombros largos e seus braços fortes.

Cut Little LiarsWhere stories live. Discover now