Numa manhã de sábado eu estava indo para o trabalho, quando recebi uma ligação do meu chefe
— Senhorita Park, onde você está? - a voz do Sr. Wang era sempre agitada, ele estava sempre com pressa pra fazer algo.
— Estou a caminho do trabalho, por quê?
— Eu preciso que me faça um favor, pode fazê-lo pra mim?
— Claro, o que seria?
— Na porta da loja está um pacote que foi deixado lá para mim, pode levá-lo ao aeroporto pra mim, tem uma pessoa esperando por ele, faça o mais rápido que puder, ok?!
— Ok, mas como saberei pra quem entregar?!... Alô? Alô! - ele havia desligado.
Eu não sabia muito bem o que fazer só sabia que tinha uma tarefa a cumprir. Assim como me foi mandado, peguei o pacote, chamei um táxi e fui direto pro aeroporto. Durante o caminho notei que tinha um nome e um número de plataforma, provavelmente o destinatário. Chegando ao aeroporto, perguntei pro guarda do local onde era a tal plataforma, e ele apontou a direção pra mim e eu fui correndo até o local, mas havia tantas pessoas que eu mal podia me localizar. Quando avistei um rapaz num casaco preto, com a mão enfiada nos bolsos. Ele era asiático, e tinha uma boa aparência. Eu estava totalmente perdida, e não custava nada perguntar se ele era o dono do pacote.
— Com licença... - ele me olhou direto nos olhos com a expressão mais séria que se pode imaginar - Você é Jackson Wang?
— Sim, sou. - Ele tinha uma voz rouca e intimidante.
— O Sr. Wang me pediu para entregar esse pacote aqui no aeroporto, mas não tenho ideia de pra quem seja, seria você?
— Aaah! Meu pacote, prazer em conhecer, sou Jackson, neto do velho Wang, muito obrigada por trazer até aqui. - o ar mudou completamente quando ele falou com um sorriso no rosto.
— Por nada... - eu disse timidamente.
— Qual seu nome?
— Park Seo Hye.
— Park Seo Hye? Você é coreana? - disse o rapaz espantado.
— Não, sou americana, meu pai é coreano. - eu nunca tive certeza sobre isso, mas agora eu tinha.
— Ah sim, bacana! Bom eu tenho que ir, adeus! - disse o rapaz tomando seu caminho e acenando.
Quando eu estava prestes a sair do aeroporto, ouvi alguém gritando mei nome
— PARK SEO HYE! ESPERE!
Quando olhei, era o tal Jackson, correndo em minha direção. Eu fiquei espantada esperando ele chegar até mim.
— Desculpe incomodar de novo, mas eu não conheço muito bem este aeroporto, pode me mostrar onde fica a plataforma de embarque?
— Mas você não estava lá agora?
— Ah eu estava? Na verdade nem prestei atenção. Pode me ajudar com o caminho de volta, por favor?
— Claro, se eu puder ajudar, pois também não conheço muito bem. - Nesse meio de tempo o lugar lotou, e filas e mais filas foram se formando, eu já não sabia me situar mais, e muito menos ajudar Jackson.
Quando enfim um homem alto e sério chegou até nós e ele estava irritado.
— Onde você se meteu Jackson?! Vamos perder o voo! - o homem puxou Jackson pelo braço, me lançando um olhar frio.
Eles dois saíram correndo e eu fiquei lá sem entender nada.
Quando cheguei em casa, fui tomar um banho, pois estava bem cansada da correria. Eu só queria deitar em minha cama e quando deitei, apaguei. Dormi tão pesado que não senti as horas passarem, quando acordei, mamãe estava fazendo almoço e papai falando com alguém no telefone.
Quando estávamos enfim almoçando, papai falava sobre um colega de trabalho, enquanto Seojun morria de rir de seja lá o que for que estavam falando exatamente. Eu estava meio desligada, pois tinha dormido demais e voltei em mim quando meu pai me chamou
— SeoHye! Não vai atender o telefone?
Meu celular estava tocando.
— Sim?
— Senhorita SeoHye, preciso que ma faça um favor. - era o senhor Wang.
— Mas é domingo, Sr. ... - eu disse choramingando
— Vou te remunerar por isso!
Respirei fundo e disse
— Tudo bem... Em que posso ajudar?
— Me encontre na loja, estou te esperando.
— Assim, do nada?... Alô? - Ele tem esse habito de desligar na cara da gente.
Eu terminei meu almoço vagarosamente e fui até a loja. Tinha um carro parado na frente, quando eu cheguei, os vidros abaixaram e o Sr. Wang estava dentro.
— Vamos entre.
Eu entrei. Já conhecia o Sr. Wang há muito tempo, era seguro.
— Aonde vamos?
— Você está com seus documentos?
— Sim, por quê?
— Vamos viajar.
— COMO?!
— Será breve, eu já avisei seus pais, você é a unica funcionária capaz de cuidar da loja nova que eu abri em Seul, na Coreia, preciso que você fique lá uns dias.
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Save me
RomanceVocê já pensou como seria sua vida se ela virasse de cabeça para baixo de um dia pro outro sem nenhuma explicação? Talvez seria perfeita, ou não...