Depois daquele momento tenebroso com harry, ele saiu fechando a porta me deixando sozinha imersa em pensamentos de medo e angústia.
Eu precisava sair dali, alguém tinha que me ajudar se não definharia ali sozinha.Acordei assustada com o barulho na porta, acabei dormindo e nem sabia que horas eram.
- Olá - sorriu Harry entrando no quarto.
Não disse nada, minha perna ainda estava doendo devido ao corte que ele fez.
Ele se aproximou e tirou o pano da minha boca que só percebi o alívio depois de retirado, eu não estava conseguindo mexe-la de tão dormente que estava.- Que horas são ? - disse seca.
- Pra que quer saber as horas ? - perguntou.
- Eu tenho que trabalhar, comecei a uns dias meu chefe vai ficar louco - falei, mas isso era a última coisa que eu me importava no momento.
- Bom... Você não tem que se preocupar com isso mais - disse ríspido - Você está aqui comigo, e é claro que eu não vou deixar você sair daqui.
- Me deixe ir embora, por favor Harry - chorei - Eu não falo nada sobre você ou o que fez - supliquei - Por favor.
- Como você é ingênua meu amor - disse - Você ainda não percebeu o que eu sou ? Você poderia me entregar pra quem fosse mas eles nunca iam conseguir me pegar - falou com seus olhos negros como a noite.
- O que você é ? - perguntei chorando com medo da resposta.
- Eu ? Eu sou o mal em pessoa, eu sou o caos e a catástrofe, eu sou o próprio demônio que veio pra matar, roubar e destruir - disse com orgulho se levantado e me olhando com desdém.
- Um... Um demônio ? - perguntei horrorizada com tantas palavras maldosas.
- Sim, não vê ? Ou eu preciso te mostrar mais do que já mostrei ? - disse sarcástico - Na verdade, você verá querida.
De repente veio na minha cabeça a voz daquela mulher velha que encontrei na rua.
- Tenha cuidado minha jovem - ela falou com uma voz trêmula.
- Cuidado ? - disse recolhendo meu braço.
- Cuidado com o mal, ele quer tê-la por inteiro - ela falou dessa vez com os olhos preocupado - Não deixe.
(...)
Agora tudo faz sentindo, eu acho. Ele é o mal. Ele gargalhou falando:
- Sim, eu sou o mal - disse.
- V-voce leu meus pensamentos ? - perguntei assustada.
- Não tenho esse poder diretamente - falou.
Fechei os olhos tentando acordar, mesmo sabendo que não era um pesadelo ainda tinha esperanças de abrir os olhos e estar na casa dos meus pais comendo a torta de amora da mamãe.
Ao lembrar disso comecei a chorar compulsivamente, eu não queria que ele fizesse mal a minha família, eu amava demais eles pra acontecer algo por minha culpa.
- Eu não vou machuca-los a não ser que você tente fugir ou escapar de mim - disse sério.
- Pare de ler meus pensamentos seu imbecil - cuspi.
- Então pare de pensar intensamente sua vadia - retrucou.
Ele saiu me deixando sozinha naquele quarto, eu não sabia que horas eram, não sabia o que ele ia fazer comigo, não sabia se sairia viva daquele lugar, eu estava acabada, desgastada fisicamente e mentalmente.
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The devil in I | H.S. (Revisando)
FanfictionSeria possível um ser dotado de maldade e crueldade ter a capacidade de desenvolver algum tipo de sentimento a não ser Ódio ?