A Filha do Presidente

[Eighty-two]

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Olá minhas lindas!!
Quero pedir-vos mil desculpas e mesmo assim sei que não é o suficiente por esta ausência de quase 1 ano, por isso percebo perfeitamente se o interesse por esta história não seja o mesmo...
Primeiro que tudo, aconselho-vos a ler pelo menos os 4/5 capítulos anteriores para se situarem no tempo da ação.
E em segundo, tenho a anunciar que até ao final deste ano irei terminar o livro e de agora em diante comprometo-me aqui a postar todos os santos dias com exceção de sábados e domingos!!
Obrigada a todas e mais uma vez desculpem por isto!
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[Charlie na imagem acima]
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"Será que há algum dia em que não estejas deslumbrante?" Perguntou o Charlie com aquele toque de ironia assim que entrei no restaurante e me aproximei da mesa onde ele estava sentado.
"És ridículo." Atirei secamente enquanto me sentava.
"Sempre tão querida..."
"Mas vá, chega de mim! Como estás?" Perguntei.
"Deprimido desde que te foste embora." Aquela típica ironia mais uma vez.
"Eu sei que pode ser doloroso passar muito tempo sem mim..."
"Nem consigo encontrar concentração para treinar..."
"Dás-me vontade de vomitar todas as minhas últimas refeições deste dia." Disse não contendo o sorriso e começando a olhar para o cardápio e para ser sincera, diverti-me mais do que imaginei durante esta noite e consegui de certa forma meter de lado os últimos acontecimentos.
Depois do jantar, enquanto caminhávamos pela Times Square consegui-me finalmente sentir como mais uma rapariga normal no final de um encontro ao lado da pessoa pela qual possui uma crush.
A diferença e a verdade inegável nesta situação, é que a crush em questão, era na verdade por outra pessoa e maldita seja essa pessoa que persistia em vaguear pela minha mente sem permissão para tal...
"Estás muito calada, em que tanto pensas?" Perguntou ele retirando-me dos meus devaneios e entregando-me um pau de algodão doce que acabara de comprar numa rolote próxima.
Estou apenas a pensar em nada mais nada menos na pessoa com quem estou perdidamente apaixonada e que por coincidência é teu comandante! Respondi interiormente e censurando logo a seguir o pensamento carregado de ironia.
"No quão normal é esta noite para uma pessoa como eu." Disfarcei.
"Espero que isso seja uma coisa boa, porque já falhei a hora de recolha, o que significa que devia estar na base há uma hora atrás." Disse ele entre gargalhadas e eu olhei chocada para o relógio.
"Oh meu deus, desculpa! Perdi complemente a noção do tempo!" Disse sentindo um grande aperto no estômago, pois sabia que o castigo por chegar tão tarde era pesado.
"Malia! Eu não estaria aqui se não quisesse, acredita." Disse ele encarando-me com aqueles olhos cinza profundos, ele era atraente não dá para negar e neste momento pergunto-me se nós teríamos potencial para avançar para outro patamar se nunca tivesse conhecido o Jake.
"Tu tens noção do castigo que poderás levar?"
"Só se vive uma vez e eu não tenho medo de arriscar, se é isso que te estás a perguntar..." Disse ele e desta vez senti uma certa profundidade que me assustou, uma vez que não queria alimentar falsas esperanças a uma pessoa tão boa e genuína como ele.
"Por acaso não, mas obrigada pelo esclarecimento..." Disse devorando o meu algodão doce.
"Tens sempre estes homens assustadores atrás de ti?" Disse ele referindo-se obviamente à equipa de body guards que me acompanhava para tudo quanto era canto.
"Até me admira que tenhas reparado neles, visto que são tão discretos que ás vezes se confundem com cidadãos normais."
"Não te esqueça que eu soldado do corpo de fuzileiros navais apto para reparar em tudo à sua volta." Respondeu ele simplesmente levando-me para um banco próximo.
"Invejo-te."
"Ainda não cheguei a perceber ao certo a tua saída repentina.."
"Uma longa história, podemos deixar para outro momento?" Perguntei e ele apenas esboçou um sorriso revelando aqueles tão alinhados e brancos dentes.
"A tua vida não é fácil, imagino...." Disse ele encarando-me.
"Nem imaginas o quanto, mas chega de falar de mim! Tens irmãos?" E no segundo a seguir estava ele a revelar a sua carteira com três fotos de uma duas raparigas e um rapaz incrivelmente parecido com ele.
"Emma, Millie e Jackson." Respondeu ele à pergunta que fiz mentalmente e sorri.
"Eles são lindos!" Exclamei.
"A genética é boa." Disse ele entre gargalhadas.
"Tu não te incluís nessa genética, lamento informar." Apenas o estava a picar como era óbvio e cada vez mais me sentia péssima por estar a deixar esta conversa avançar.
"A quem é que queres enganar exatamente, a mim ou a ti?"
"Devo dizer que nunca senti esse teu ego tão elevado."
"Tu sabes como é que me sinto em relação a ti não sabes?" Perguntou ele apanhando-me completamente de surpresa e desarmando-me.
"Charlie..." Comecei mas fui cortada.
"Sabes ou não, Malia?" E desta vez senti-o mais próximo de mim.
"Não faças isto." Disse apenas sem saber o que mais fazer. Ele era bom demais para mim e a triste realidade é que não conseguia pensar em mais ninguém sem ser no estúpido do Jake.
"Ainda não me respondeste." O seu fresco hálito era hipnotizante...
"Sei." Atirei o mais rápido que pude e afastando-me dele antes que fizesse algo que me viesse a arrepender.
"Era tudo o que precisava de saber." Senti o seu sorriso.
"Estás te a divertir com isto?"
"É engraçado ver-te sem jeito e sem resposta, para variar." E desta vez foi uma gargalhada.
"És ridículo e o pior de tudo é que tens a plena noção." Disse terminando o meu algodão.
"Já é a segunda vez nesta noite que me chamas ridículo, não achas que devias começar a mudar o vocabulário?"
"Já devias era estar na base!" Disse finalmente preocupada com o raspanete que ele terá que lidar amanhã de manhã.
"Que forma tão indelicada de despachar um rapaz." E desta vez não sei explicar se fui eu ou ele quem se aproximou, só sei que em questão de segundos já tinha os meu lábios selados nos seus num beijo lento e ardente.
Afastei-me para recuperar o meu fôlego e ele apenas me cravava com os seus olhos e não sei dizer ao certo, mas sentia-me a corar cada vez mais..
Mas que raio Malia? O que tens na cabeça?