[Twenty]

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1 dia em cativeiro.
Acordei desta vez dentro de uma espécie de cela com apenas uma luz fraca a piscar, uma cama que nem colchão tinha e uma bacia de água.
Estava atirada num sujo e bolorento chão e não tinha reação, já não conseguia gritar ou chorar estava num estado de choque que não conseguia controlar o meu próprio corpo.
Ouvi um barulho de uma porta a ranger e olhei com medo...
"Levanta-te!" Gritou friamente um outro homem armado. Lentamente levantei-me e reparei que me encontrava descalça.
O homem pegou no meu braço com brutidão e encaminhou-me para uma sala com diversos objetos que nem conseguia identificar, mas de facto aquilo arrepiou-me e levou-me a pensar que talvez eles me fossem dissecar..
Apareceu uma jovem com um ar deslavado que disse:
"Deita-a!" Eu apenas me deixei deitar e senti as lágrimas a correrem novamente.
"O que vão fazer comigo?" Perguntei trémula.
"Vamos te levar ao paraíso.." Fiquei sem entender o que ela quis dizer mas antes que pudesse protestar senti uma agulha a entrar no meu pulso e em instantes sentia-me outra... Sentia uma adrenalina a percorrer todo o meu corpo, uma energia inexplicável que atravessava todos os meus órgãos e sentia-me leve como uma pena.
Eles desamarraram-me e eu mal conseguia andar por isso eles carregaram-me de volta á cela. Só me conseguia rir rir rir, a sensação era boa mas acabou dentro de poucas horas.
Quando voltei a tomar consciência olhei assustada para o meu pulso que se encontrava roxo e fui em direção á porta e gritei:
"O que me injetaram???? O que me meteram no organismo?!" Não havia respostas apenas risos do outro lado.
"Daqui a uns dias já estás tão habituada que não vais querer outra coisa!" Disse uma outra voz.
Eles tinham-me drogado... NÃO NÃO NÃO!!!!
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5 dias em cativeiro.
Á medida que o tempo passava acabei por me aperceber que não era a única rapariga mantida em cativeiro, haviam cerca de mais 70 na mesma situação...
Já não conseguia depender de outra coisa, aquela droga neste momento era a minha melhor amiga, era injetada 3 vezes por dia com aquilo e a verdade é que já nem sabia quem eu era... Sentia-me bem e apesar do meu coração acelerar como sinal de protesto eu só queria mais daquele líquido que me fazia sentir nas nuvens..
Lá estava eu na minha cela a ver fadas a voar por todo o lado até que comecei a ouvir tiros e gritos por todo o lado e em vez de me sentir assustada sentia de novo aquela adrenalina pulsante por todo o meu corpo.
De repente a porta da minha cela foi aberta e uma espécie de soldado encarou-me com a sua metralhadora e disse:
"Menina Obama? Soldados a menina Obama está na cela 56!" Gritou ele e eu gargalhei.
"Quem é a menina Opana?" Perguntei sem entender a quem é que aquele homem se referia...
Do nada chegaram mais dois deles e carregaram-me até ao exterior.
"Larguem-me! Seus anormais!" Gritava sem saber aonde é que eles me levavam e novamente senti uma agulha no meu pescoço, mas desta vez não fui levado para o paraíso, mas sim para a escuridão.
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Acordei numa maca e olhei em volta, estava numa espécie de laboratório ou quarto de hospital? Encontrava-se um homem que me encarava sentado numa cadeira que sorriu e disse a chorar ao mesmo tempo:
"Oh Malia! Tive tanto medo de te perder..." Eu não sabia quem ele era, mas eu nem sequer suportava ser tocada, por isso afastei-me bruscamente e olhei para ele com uma cara de interrogação.
"Tu não sabes quem eu sou?" Perguntou ele assustado e eu não conseguia responder á pergunta.
De repente entrou uma mulher com uma bata mas esta não era igual áquela que me dava o líquido bom...
Ela olhou para o homem que se encontrava na sala e disse:
"Senhor presidente,infelizmente não tenho boas notícias..." O homem suspirou e disse:
"O que se passa com a minha filha?" Mas o que significa isso?
"Detetámos no sangue da menina Malia uma dose assustadora de cocaína, estimámos que ela foi injetada todos os dias e isso levou a que ela alucina-se, perdesse peso e levou também á falta de memória..." O homem derrubou a mesa que se encontrava ao meu lado e gritou desesperado:
"NAOOOOOOO!" A médica estremeceu e disse:
"Senhor, temos que proceder a uma desintoxicação durante um mês e esta perda de memória pode ser apenas temporária, acreditamos que com a desintoxicação ela poderá recuperar memórias, terá que ser paciente até lá..." O tal de presidente olhou para mim e eu consegui ver aquela mágoa através dos seus olhos, quem me dera poder lembrar dele...
Neste momento não me conseguia lembrar do que me aconteceu para vir cá parar, apenas não conseguia ser tocada por quem quer que fosse...
Apenas sabia o meu nome é Malia Obama e que era filha de um presidente, de resto não me lembrava de nada...
"Ela precisa de descansar senhor, talvez devesse ir dormir." Disse a médica o mais amável possível e de seguida injectando-me algo que me fez adormecer.
Na manhã seguinte acordei e aquele homem já não se encontrava no quarto, mas sim um outro que mais uma vez não sabia quem era...
"Malia!" Disse ele tentando passar a não no meu rosto, mas eu desviei. Ele encarou-me apreensivo com os seus olhos verdes e disse:
"Não te lembras de mim?"
Acenei negativamente e ele suspirou...
"O meu nome é Jacob Ballard e eu sou o comandante das forças armadas, nós somos grandes amigos e tu foste raptada no dia do meu casamento..." Calma aí eu fui raptada? Perguntava ao meu subconsciente.
"Raptada?" Repeti em choque e ele balançou a cara e eu notava uma certa preocupação e medo nos seus olhos.
"A verdade é que me sinto culpado pelo que te aconteceu.." Já não entendia o que ele queria dizer..
"Como assim?" Perguntei incrédula.
"Deixa estar." Disse ele encarando-me.
"Tive tanto medo Malia..." Sussurrou ele sentando-se ao pé de mim e o seu tom indicava que nós erámos de algumas forma muito próximos...
"Senhor precisa de sair.." Disse uma enfermeira que após ele ter saído injectou me algo e segundo o que ela me disse hoje começava o meu processo de desintoxicação e a verdade é que este mês foi o mais doloroso de toda a minha vida apesar de não me lembrar de nada acerca dela...
Todos os dias era injetada e os efeitos colaterais eram horríveis, sentia que algo picava todo o meu corpo, passava noites sem dormir e a gritar com dores e cada vez mais sentia falta daquele líquido que me fazia voar e sentir-me bem....

Ps: sem revisão...

A Filha do PresidenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora