Capítulo 07

406 23 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


Cheguei em casa vindo direto da casa da Manu e encontrei minha mãe na sala, bem na hora em que ela colocava o telefone no gancho.

— Mãe. — Chamei sua atenção.

— Até que fim chegou, acabei de ligar pro Rober pra ver se você dormiu lá, sumiu e não deu nenhuma notícia. — Diz preocupada, se aproximando de mim.

— Calma, dona Mariana, já falei para não ficar se preocupando comigo, já sou bem grandinho e estou bem. — Abracei ela.

— Nunca vou deixar de ser preocupar com você e com sua irmã, não importa quantos anos vocês tenham. — Me abraçou e beijou meu rosto. — Na onde passou a noite?

— Na casa de uma mulher que conheci esses dias, encontrei ela na balada ontem, levei ela pra casa e acabei dormindo lá. — Falei sendo franco. Não gosto muito de mentir, pois parece que gostou fazendo coisa errada e eu não estou.

— Rober falou isso, mas não quis me dizer quem era porque isso era assunto seu. — Me olhou desconfiada.

— Exatamente! — Pisquei sorrindo, beijei sua testa e fui me sentar no sofá, contando mentalmente os segundos para soltar o discurso ensaiado de sempre.

— Rafael, meu filho, quando tu vai tomar jeito e arrumar alguém de verdade? Essas mulherzinhas que você vive saindo, não quer nada com nada sério com você, apenas as vantagens que pode conseguir ao dormir com o Rafa Borges. — Me segurei para não revirar os olhos.

— De novo esse assunto não, mãe, por favor. — Estava bem e não queria me aborrecer com isso. Sei que ela se preocupa com meu bem estar, mas só queria que ela entendesse e respeitasse o meu espaço.

— De novo sim e vou continuar falando até você arrumar alguém. Já estou velha meu filho e não quero morrer sem saber que você está com uma vida instável ao lado de alguém. Vou morrer bem mais tranquila se eu souber que tem alguém cuidando de você. — Sorri com a jogada da vez.

— Você não está velha, dona Mari, e tem uma saúde de ferro. Sei que isso são só argumentos pra me convencer.

— Que seja, já usei todos os meus argumentos nesses últimos anos. — Deu de ombros e sentou-se ao meu lado. — Você só vai me dar ouvidos, quando você engravidar alguém por aí.

— Credo mãe, vira essa boca pra lá. Depois dessa, vou até subir pro meu quarto e trocar de roupa.

— Depois não diz que eu não avisei. Vai, que o almoço já tá saindo. E o Rober já já está aí com a família dele, pra almoçar aqui. — Eu assenti.

— Cadê a Nicole? — Perguntei pela minha filha.

— Como você saiu, ela foi dormir na casa da Marcela. Mas elas daqui a pouco estão por aí.

— Ok. Vou subir, tomar um banho e tirar essa roupa. — Dei um beijo na bochecha da minha mãe e fui pro meu quarto.

Tento fugir sempre que eu posso desse assunto de arrumar alguém, com a minha mãe. Ela sabe o quanto fiquei destruído com a morte da minha esposa e como tenho levado essa vida de luto, a persistência dela é de medo que nunca me recupero e que eu vou ficar sozinho para sempre.

Uma Nova ChanceOnde as histórias ganham vida. Descobre agora