Prólogo

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Quinze anos atrás

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Quinze anos atrás...


          Eu estava na sala de parto pronto para acompanhar o nascimento da minha filha Nicole, o momento que a gente tanto havia sonhado finalmente tinha chegado e eu não poderia estar mais nervoso possível.

— Muito bem. Vamos lá. É só ficar calma e prestar atenção nas minhas orientações e logo, logo sua filha vai estará em seus braços. — Doutor falou para minha esposa.

— Está doendo muito, AAAAAAAAAAIIIII. — Ela gritou de dor. 

—  Isso, Luana, faz força. — O médico incentivou.

—  Força, amor. — Incentivei também.

—  Rafael, segura a minha mã... AAAAAAAAAAIIIII. Está doendo muito! — Peguei na mão dela.

— Calma amor, eu estou aqui com você.

          Já estávamos há um bom tempo aqui na sala de parto e nada da Nicole nascer, até que o choro da Nick invadiu a sala de parto. Depois de muita luta e sofrimento, ela finalmente nasceu.

          A enfermeira enrolou a Nick em uma manto azul e trouxe pra mim e para Luana ver. Minha esposa pegou a nossa filha por alguns instantes no colo e tiramos algumas fotos juntos.

— Desde do instante que soube que você estava no meu ventre, eu te amei cada segundo como se fosse o último. Eu te amo tanto, minha filha. Seja bem-vida!

          Ela deu um beijo na bochecha da nossa filha, depois disso uma enfermeira levou a Nicole para os primeiros exames.

— Rafael? — Luana me chamou.

— Oi, meu amor? Agora vai ficar tudo bem, a nossa filha é linda. 

— Eu não estou me sentindo muito bem.

— O que você está sentido? Calma aí, vou avisar o doutor. — Disse já preocupado.

— Não Rafa, fica aqui comigo, por favor. — Ela segurou a minha mão, me impedindo de se afastar.

— Está tudo bem, meu amor, já já eles vão te levar pro quarto. 

— Escuta bem o que vou te dizer. 

— Pode falar, que estou te ouvindo. 

— Estou muito feliz por ter ganhado a  Nicole, era o meu sonho de ser mãe e esse foi o maior presente que eu poderia receber. — Falou em meio às lágrimas. 

— Eu também estou muito feliz, meu amor. —  Falei deixando umas lágrimas escapar, pois eu já sentia o que vinha pela frente. 

— Diga a Nick que eu a amo muito e minha maior alegria foi poder pegar ela no colo nem que tenha sido por alguns instantes. Que não importa onde eu esteja, vou estar sempre com ela. 

— Amor,  você vai falar isso pra ela, vai ficar tudo bem com você. Para de falar isso, Luana.

— Não, não vai e você vai ter que ser forte pra cuidar da nossa menina. Eu não estou aguentando Rafael, eu estou sentindo que vou morrer.

— NÃO! — Me exaltei e comecei a chorar. — Não... você não pode me abandonar, não vou saber viver sem você Luana. Sem você eu morro!

— Não fala isso meu amor, a Nicole vai precisar muito de você. Rafa, me faz um favor? — Pediu.

— Quê favor?

— Tem aquele colar que você me deu quando a gente completamos um ano de casados? Que eu gosto muito e que só uso pra ocasião especial?

— Sim, sei. 

— Quando a Nick fizer quinze anos, no dia do aniversário dela, dá pra ela de presente e fala que é um presente meu?

— Luana, para de falar como se fosse morrer. 

— Me desculpa por está fazendo você sofrer. Cuida dela Rafael! Promete pra mim que vai cuidar da Nicole? só assim vou morrer em paz. 

— VOCÊ... — Eu me calei por alguns instantes e respirei fundo. —  Você não vai morrer. 

— Por favor, Rafael. Promete pra mim? 

— Para de falar assim, por favor.

— Então promete! — Eu fiquei mudo e chorei mais ainda. Não sei se eu seria capaz de cumprir essa promessa, sem Luana eu surtaria, eu morreria.

— Me beija, Rafael? —  Pediu. Eu aproximei o meu rosto do dela e beijei seus lábios carinhosamente.

— Eu te amo, Luana. — Falei contra seus lábios.

— Eu te amo, Rafael. — Eu beijei ela novamente e ela correspondeu, mas depois de alguns segundos ela parou de mexer os lábios e os equipamentos começaram a apitar. Eu olhei pro rosto dela e ela estava com os olhos fechados.

—  Luana, meu amor? Não faz isso comigo, fala comigo. —  Mas eu não tive resposta nenhuma, eu cheguei perto do nariz dela pra sentir sua respiração ainda desacreditado, mas ela não respirava mais. — NÃÃÃÃOOO... — gritei. —  Não me deixa Luana, por favor, não faz isso comigo. Eu te amo, eu não vou saber viver sem você. Acorda, abre os olhos meu amor, volta, não morre. — Eu falava desesperadamente, chorando compulsivamente. —  NÃO LUANAAAA. — Gritei. Os médicos se aproximaram correndo e agarram os meus braços tentando me tirar de perto à força, porque eu não queria me afastar de jeito nenhum.

           Eles começaram a dar choque nela tentando reanimá-la, mas ela não voltava. Quando os médicos pararam de tentar trazer a Luana de volta a vida, só me lembro do barulhinho biiiiiiiiiiip, antes de eu apagar.

          A única coisa que eu desejava naquele momento, era de não poder acordar nunca mais.

[...]

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