Último capítulo!!!!! Final Feliz?

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— Posso continuar? — perguntou antes de seguir para o segundo botão.

Apenas murmurei um sim.
O nervoso começava a me consumir por dentro. Aos 22 anos, eu estava à pouco de ter minha primeira vez, com um homem que eu amava, mas infelizmente numa despedida. Nossa triste despedida.

Essa era a consequência de ter seguido apenas o coração. Entrei numa rua sem saída, e no final ela foi ficando escura, me sentia sozinha e precisava voltar para a luz. Porém, deixaria no final dessa rua um grande amor, e não podia levá-lo comigo, enquanto eu o puxava com uma mão, sua vida de casado o puxava  do outro lado. Eu estava em desvantagem.
Quanto mais meu amor ia aumentando, mais eu ia me sufocando. Não caberia nós três naquele espaço, alguém tinha que sair, e eu era a peça que estava sobrando.

No mundinho que criamos, Johnnie e eu nos encaixávamos perfeitamente, conhecíamos as caras e bocas um do outro, os sonhos, o humor, nos conhecíamos por dentro. Um possível casal perfeito. Pena que nos apaixonamos por meio de uma traição.

Às vezes eu nem acreditava que fui capaz de fazer o que fiz. Como fui capaz de entrar numa história onde já existia os personagens principais? Como eu pude me permitir ser feliz enquanto estava de braços dados com o marido de outra pessoa. Dois anos me envolvendo com um homem casado. Sendo um ano presente; vendo, conversando, sorrindo, abraçando, enquanto o ano seguinte se deu apenas pela conversa através de um aparelho de celular. Mas foram dois maravilhosos anos, sendo feliz às escondidas.

— Não se preocupe, minha linda! — segurou o botão e beijava a pele descoberta. — Nós vamos no seu ritmo, com calma. Quero que seja tão bom para você, quanto será para mim.

Assim que desabotoou o segundo e último, pôs as mãos no meu ombro e fez a camisa deslizar pelos meus braços, caindo junto aos meus pés.
Com delicadeza, abriu o fecho do meu sutiã enquanto me beijava docemente e quando retirou pôs em cima da camisa. Incrivelmente, não senti vergonha por estar com os seios à mostra. Ele me transmitia segurança, me sentia autoconfiante ao seu lado.

Em questão de segundos, seu short também se juntou às peças do chão. Me pegou nos braços e levou até a cama.
Começou com uma mordida de leve na orelha, e deixando uma trilha de beijos desceu a boca até  o meio meus seios.
O quarto não estava tão claro, afinal a tarde já estava chegando ao fim. Mesmo assim ainda dava para ver quase nitidamente. E eu queria ver, ouvir, sentir tudo que acontecesse naquele quarto. Dizem que a primeira vez é sempre inesquecível. E já sentia era a mais pura verdade.

Quando a boca dele tocou meu seio direito, fechei os olhos, absorvendo a sensação extasiante. Segundos depois, mudou para o outro seio e voltou a me beijar.

— Nervosa?

— Um pouco. Mas feliz — segurei seu rosto com as duas mãos e beijei. Mordendo o lábio no final.

— Tu sabe me enlouquecer na medida certa. — gemeu baixinho. — Sempre soube.

Senti sua mão tocar na minha calcinha. E antes de começar a puxá-la, passeou com os dedos por cima do tecido. Meu corpo arqueou ao ser tocado em um ponto específico. Já estava bem excitada.

— Droga! Não tenho camisinha! — Falou apressado.

Uma parte de mim duvidava que ele não tivesse nenhuma em sua carteira. Mas talvez ele não quisesse que eu soubesse. Vai entender! Homens também tem suas esquisitices.

— Capinhas protetoras! — Lembramos e falamos em uníssono, rindo.

Ele levantou à procura, e eu ainda rindo, me encostei no travesseiro.

— Esse nome é tão... tão... esfria qualquer clima, não acha? — peguei o travesseiro que estava encostada e sacudi nele.

— Encontrei. Aí estão!— voltou para cama e pegou uma.
Fábio foi bastante estratégico em ter colocado uns pacotes bem embaixo do travesseiro.

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